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Hepatite medicamentosa: o que é, sintomas e tratamento

Complicação pode ser causada pelo excesso no uso de medicamentos

A hepatite medicamentosa é caracterizada por uma agressão às células do fígado provocada de forma direta ou indireta por alguns remédios. 

hepatite medicamentosa

Ela pode acontecer mesmo em dosagens adequadas e com medicamentos comuns, como antibióticos e anti-inflamatórios. 

Convidamos o Dr. Rodrigo Luz, hepatologista da Rede Américas, para explicar os principais aspectos dessa doença. 

Sintomas de hepatite medicamentosa

Muitos casos de hepatite medicamentosa não apresentam sinais específicos, sendo diagnosticados apenas por meio de exames. Os sintomas mais comuns são:

  • Enjoo;
  • Vômito;
  • Dor abdominal;
  • Colúria (urina escura);
  • Icterícia (pele e olhos amarelados). 

Qual a diferença entre cirrose e hepatite medicamentosa?

O especialista explica que a hepatite medicamentosa é uma doença aguda recente, benigna na maior parte dos casos e que tem cura. 

Já a cirrose é uma doença crônica, ou seja, é resultado de uma hepatite persistente que causa uma transformação na estrutura normal do fígado, tornando-o mais endurecido e levando à perda progressiva da função deste órgão, que é vital. 

Fatores de risco da hepatite medicamentosa

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da alteração no fígado são:

  • Idade avançada;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Possíveis doenças hepáticas preexistentes;
  • Uso de determinadas medicações. 

Diagnóstico e tratamento

Com relação ao diagnóstico, nos casos em que há suspeita de hepatite medicamentosa, é fundamental realizar uma análise abrangente de todos os medicamentos e outras substâncias (como chás e suplementos esportivos) usados nas últimas semanas.

Já para os pacientes que não apresentam sinais, a detecção da doença se dá por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem em busca de sinais de lesão hepática. 

Covid-19: hepatite medicamentosa por ivermectina

Durante a fase mais severa da pandemia de Covid-19, muitas pessoas aderiram ao “kit-covid", um coquetel de medicamentos – azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina – sem eficácia comprovada contra o coronavírus. Como resultado houve o aumento de casos de hepatite medicamentosa por ivermectina. 

A questão é tão séria que, para os quadros mais complexos, pode ser necessário realizar transplante hepático para que o paciente volte a ter um órgão saudável. 

Quais os medicamentos que podem causar hepatite medicamentosa?

Ela pode acontecer com uma ampla gama de remédios, incluindo antibióticos, antiinflamatórios, anticonvulsivantes, estrógenos, anabolizantes, anticoncepcionais e fitoterápicos. 

De acordo com o hepatologista, a hepatite medicamentosa decorre de aspectos como:

  • Tempo de uso do medicamento;
  • Dosagem;
  • Interação com outros remédios;
  • Predisposição genética;
  • Hipersensibilidade a alguma substância presente na fórmula da medicação. 

Hepatite medicamentosa tem cura?

Apesar de grave, felizmente a hepatite medicamentosa tem cura. A reabilitação passa pela suspensão imediata do remédio que está causando a inflamação.

“Além disso, o paciente também deve se hidratar para que a substância seja excretada mais rapidamente. Enquanto isso, aqueles que evoluem para falência hepática recebem indicação para transplante", explica o médico. 

Esteja atento aos sinais da hepatite medicamentosa

A hepatite medicamentosa é uma condição séria que pode afetar o fígado mesmo com o uso de medicamentos comuns e em doses recomendadas. 

A suspensão imediata do medicamento causador e a adoção de medidas de suporte, como hidratação adequada, são essenciais para a recuperação do paciente. 

Diante dos riscos, é fundamental o uso consciente de remédios, sempre sob orientação médica, para prevenir danos ao fígado e garantir a segurança da saúde.

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