07/05/2025
Revisado em: 07/05/2025
Sensação persistente de perda de força pode ser sinal de doenças neurológicas e exige atenção médica
Sentir-se fraco de vez em quando é algo normal, especialmente após um dia cansativo ou uma noite mal dormida. No entanto, quando a fraqueza se torna constante ou vem acompanhada de outros sinais, como dificuldade para andar, falar ou até respirar, ela pode indicar algo mais sério.
A fraqueza é caracterizada pela dificuldade ou incapacidade de mover um músculo do corpo com a força habitual, mesmo que a pessoa se esforce para isso. Torna-se preocupante quando essa fraqueza muscular vem acompanhada de outros sintomas, pois poderia estar ligada a diversas condições neurológicas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, ELA (esclerose lateral amiotrófica), AVC (acidente vascular cerebral), EM (Esclerose múltipla) e hérnia de disco na região do pescoço.
Por isso, é importante ficar atento quando essa fraqueza se agrava com o passar dos dias ou vem acompanhada de sinais como dificuldade para respirar, levantar a cabeça ao estar deitado, caminhar, falar, mastigar ou engolir. Nessas situações, é fundamental procurar um neurologista o quanto antes.
A sensação persistente de fraqueza muscular pode ir muito além do cansaço comum. Em muitos casos, conforme explicamos, trata-se de um sintoma relacionado a doenças neurológicas que comprometem o funcionamento adequado dos nervos e músculos.
No AVC, por exemplo, que ocorre quando o fluxo de sangue no cérebro é interrompido, seja por obstrução (isquêmico) ou por sangramento (hemorrágico), essa falha pode levar à perda de movimentos, da fala e até da sensibilidade corporal. Portanto, quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de evitar sequelas graves.
Já a hérnia de disco cervical ocorre quando os discos da coluna na região do pescoço se desgastam, podendo pressionar nervos e até a medula espinhal. Isso pode causar dor irradiada para os braços, perda de força nas mãos e, em casos mais avançados, dificuldade para andar e até alterações urinárias.
Na EM, o sistema imunológico ataca por engano o sistema nervoso central, resultando em sintomas como fadiga intensa, rigidez muscular, perda de equilíbrio e até sensação de formigamento.
A doença de Parkinson, conhecida pelos tremores e rigidez muscular, também leva à perda progressiva da força e dos movimentos. Os pacientes enfrentam dificuldades crescentes para manter o equilíbrio e executar tarefas simples do dia a dia.
Por fim, a ELA é uma das condições mais severas, uma vez que afeta diretamente os neurônios responsáveis pelos movimentos voluntários, levando à paralisia muscular progressiva.
A sensação de fraqueza geral, ou seja, do corpo como um todo, pode estar associada a diversas condições de saúde, ligadas tanto ao físico quanto à mente. Entre as mais comuns estão a má qualidade do sono, que compromete a recuperação do corpo e o estresse crônico e o esgotamento mental, fatores cada vez mais presentes na rotina e que também levam à sensação constante de cansaço. Outras causas frequentes de fraqueza e cansaço são:
A fraqueza muscular crônica pode estar associada a diversas doenças neurológicas que afetam diretamente o funcionamento dos nervos e músculos. Entre as causas mais comuns estão o AVC, a hérnia de disco cervical, a esclerose múltipla, a doença de Parkinson e a ELA.
Esses quadros podem evoluir com perda de força, alterações na coordenação e dificuldades progressivas para realizar tarefas simples do dia a dia. Diante de sintomas persistentes, é essencial buscar avaliação médica especializada para diagnóstico preciso e início do tratamento.
Quando uma pessoa relata fraqueza, o médico precisa descobrir se é uma perda real de força muscular ou apenas cansaço excessivo (fadiga). Isso ajuda a entender se o problema está no cérebro, nos nervos, nos músculos ou em outro ponto do corpo.
A consulta começa com perguntas sobre o que o paciente sente no dia a dia. “Tem dificuldade para andar, subir escadas, pentear o cabelo ou falar?". Também é investigado quando a fraqueza começou, se piora com o tempo e aparece em momentos específicos, como após esforço ou em dias quentes. E se há sintomas como dor muscular, febre, alteração na urina, perda de peso, tristeza ou falta de ar.
O histórico de saúde da pessoa, uso de medicamentos, álcool, drogas, viagens recentes e casos na família também são levados em conta.
Por fim, o médico faz um exame físico completo, observando os reflexos, a força dos músculos, a forma de andar, a coordenação e a sensibilidade. Com todas essas informações, ele pode decidir quais exames complementares são necessários para chegar ao diagnóstico.
Nesses casos, os médicos adotam uma abordagem investigativa que começa com a avaliação da função respiratória, especialmente se houver qualquer dificuldade para respirar. Testes pulmonares são os primeiros a serem realizados, pois ajudam a prever riscos de insuficiência respiratória aguda.
Depois disso, a escolha dos exames depende da suspeita clínica. Se o problema for neurológico, por exemplo, exames de imagem como a ressonância magnética do cérebro ou da coluna são fundamentais. Caso a RM não possa ser feita (por conta de marca-passos ou fragmentos metálicos no corpo), pode-se optar por uma tomografia computadorizada ou uma mielografia por TC, que envolve a injeção de contraste na região lombar para analisar a medula espinhal.
Em situações em que se suspeita de danos nos nervos ou nas conexões entre nervo e músculo, são realizados exames como a eletromiografia e os estudos de condução nervosa. Esses procedimentos medem a atividade elétrica dos músculos e a velocidade com que os nervos transmitem sinais.
Se o foco for uma possível doença muscular (miopatia), além desses testes, o diagnóstico pode envolver ressonância magnética dos músculos, análise de enzimas musculares no sangue, biópsia muscular e até testes genéticos.
Mesmo quando nenhum sintoma adicional é evidente, exames laboratoriais podem revelar pistas valiosas. Hemogramas, dosagem de eletrólitos (como potássio, cálcio e magnésio), níveis de glicose, hormônios da tireoide e marcadores inflamatórios como a velocidade de hemossedimentação (VHS) são frequentemente solicitados. Também é comum a avaliação da função renal e hepática, além da testagem para hepatites virais.
O tratamento da fraqueza depende das causas subjacentes que podem ser inúmeras. Listamos abaixo as principais e os seus respectivos tratamentos:
Movimentos repetitivos ou exercícios intensos podem levar a um esgotamento dos músculos, dificultando atividades simples e causando dores generalizadas. Isso é mais frequente em pessoas com baixo preparo físico ou que não praticam exercícios com regularidade.
Tratamento: descanso e ingestão de líquidos ajudam na recuperação. Para prevenir episódios recorrentes, é recomendado adotar uma rotina de atividade física com orientação profissional.
Ambientes muito quentes ou exposição prolongada ao sol podem provocar queda na pressão arterial, resultando em fraqueza, sensação de desmaio e sonolência. A falta de hidratação adequada piora o quadro.
Tratamento: manter-se bem hidratado, buscar locais arejados ou com sombra e, se necessário, deitar-se com as pernas elevadas para favorecer a circulação.
Com o avanço da idade, é comum ocorrer uma perda gradual da massa e força muscular, conhecida como sarcopenia. Isso interfere na mobilidade e aumenta o risco de quedas.
Tratamento: a prática de exercícios de fortalecimento e uma alimentação rica em proteínas são fundamentais para preservar a força e a autonomia.
Alguns medicamentos, como os que controlam a pressão arterial ou atuam como diuréticos, podem diminuir a energia e causar fraqueza, além de provocar sonolência, tontura e visão embaçada.
Tratamento: caso exista suspeita de que o medicamento esteja causando esses efeitos, o ideal é procurar o médico responsável para ajustar a dosagem ou avaliar substituições. Nunca interrompa o uso sem orientação.
Quando o corpo apresenta deficiência de hemoglobina, o transporte de oxigênio fica comprometido, causando cansaço excessivo..
Tratamento: é essencial buscar um hematologista para diagnóstico e tratamento. A abordagem pode incluir suplementos de ferro, vitamina B12 ou outras intervenções específicas.
Desequilíbrios nos níveis de minerais como sódio, potássio, cálcio e magnésio afetam a função muscular, podendo provocar fraqueza, além de confusão mental, cãibras e dores de cabeça.
Tratamento: a correção do equilíbrio de minerais pode envolver ajustes na dieta, uso de suplementos ou, em casos graves, tratamentos como hemodiálise.
Em doenças neurológicas como AVC, EM e doença de Parkinson, que interferem no controle dos movimentos e podem causar fraqueza muscular.
Tratamento: vai depender da causa subjacente que afetou o sistema nervoso, mas, de modo geral, envolve medicamentos para evitar a progressão da condição, terapias para ajudar na mobilidade, força e equilíbrio, além de acompanhamento contínuo por um neurologista para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida em cada um desses casos.
Para recuperar a energia e afastar o cansaço do dia a dia, alguns hábitos simples podem fazer grande diferença. Primeiramente, dormir bem é essencial. Ter entre sete e oito horas de sono por noite melhora a disposição, o humor e contribui para a saúde a longo prazo.
A prática regular de exercícios físicos, como caminhada, corrida ou musculação, ao menos três vezes por semana, também contribui para aumentar a energia e prevenir doenças. Assim como uma alimentação equilibrada, rica em verduras, legumes e folhas verdes-escuras.
Além disso, conviver com amigos e familiares ajuda a aliviar o estresse e promove bem-estar emocional, sendo tão importante quando momentos de descanso e lazer e terapias de manejo de estresse, como ioga, meditação e psicoterapia.
A fraqueza no corpo pode ter diversas origens, desde causas simples até condições mais complexas. Entre os motivos mais comuns estão o esforço físico excessivo, o calor intenso e a desidratação, que podem levar à queda de pressão e à sensação de cansaço. O envelhecimento natural também contribui com a perda progressiva de massa muscular (sarcopenia).
A fraqueza no corpo pode ser provocada por diferentes fatores, desde situações passageiras até problemas de saúde mais sérios. Entre os mais comuns estão a fadiga muscular após esforços intensos, a exposição ao calor excessivo e a desidratação, que comprometem a circulação e a oxigenação dos músculos.
Condições como a perda natural de massa muscular com o envelhecimento, desequilíbrios nos níveis de minerais no sangue e o uso de certos medicamentos também podem desencadear esse sintoma. Além disso, doenças como anemia, diabetes mal controlado e distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla, AVC ou Parkinson, podem interferir na força muscular e provocar sensação de fraqueza generalizada.
O primeiro passo é identificar a causa subjacente à fraqueza, o que deve ser feito por meio de um diagnóstico médico. Após identificar a causa, fica mais fácil tomar as medidas e tratamentos necessários para cada caso, que podem ir desde apenas mudanças de hábitos, como alimentação saudável e prática de exercícios, até casos mais complexos, como AVC, que exigem um acompanhamento contínuo.
A fraqueza pode se apresentar de diferentes formas e afeta o corpo de maneiras distintas, dependendo da causa. Um dos tipos mais comuns é a fraqueza muscular, que compromete a força dos músculos, dificultando movimentos simples do dia a dia.
Também existem casos de fraqueza generalizada, quando a sensação de cansaço afeta o corpo todo, geralmente relacionada a infecções ou doenças crônicas. Já a fraqueza localizada ou regional atinge áreas específicas, como braços ou pernas, e pode ser causada por lesões ou problemas neurológicos. Há ainda a fraqueza sistêmica, que envolve o corpo inteiro e costuma vir acompanhada de fadiga intensa, sendo comum em quadros mais graves.
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