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Fraqueza: sintomas associados e possíveis condições

Sensação persistente de perda de força pode ser sinal de doenças neurológicas e exige atenção médica

Sentir-se fraco de vez em quando é algo normal, especialmente após um dia cansativo ou uma noite mal dormida. No entanto, quando a fraqueza se torna constante ou vem acompanhada de outros sinais, como dificuldade para andar, falar ou até respirar, ela pode indicar algo mais sério. 

Fraqueza

O que é fraqueza e quando ela preocupa?

A fraqueza é caracterizada pela dificuldade ou incapacidade de mover um músculo do corpo com a força habitual, mesmo que a pessoa se esforce para isso. Torna-se preocupante quando essa fraqueza muscular vem acompanhada de outros sintomas, pois poderia estar ligada a diversas condições neurológicas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, ELA (esclerose lateral amiotrófica), AVC (acidente vascular cerebral), EM (Esclerose múltipla) e hérnia de disco na região do pescoço.

Por isso, é importante ficar atento quando essa fraqueza se agrava com o passar dos dias ou vem acompanhada de sinais como dificuldade para respirar, levantar a cabeça ao estar deitado, caminhar, falar, mastigar ou engolir. Nessas situações, é fundamental procurar um neurologista o quanto antes.

Fraqueza muscular x cansaço físico: entenda a diferença

A sensação persistente de fraqueza muscular pode ir muito além do cansaço comum. Em muitos casos, conforme explicamos, trata-se de um sintoma relacionado a doenças neurológicas que comprometem o funcionamento adequado dos nervos e músculos. 

No AVC, por exemplo, que ocorre quando o fluxo de sangue no cérebro é interrompido, seja por obstrução (isquêmico) ou por sangramento (hemorrágico), essa falha pode levar à perda de movimentos, da fala e até da sensibilidade corporal. Portanto, quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de evitar sequelas graves. 

Já a hérnia de disco cervical ocorre quando os discos da coluna na região do pescoço se desgastam, podendo pressionar nervos e até a medula espinhal. Isso pode causar dor irradiada para os braços, perda de força nas mãos e, em casos mais avançados, dificuldade para andar e até alterações urinárias.

Na EM, o sistema imunológico ataca por engano o sistema nervoso central, resultando em sintomas como fadiga intensa, rigidez muscular, perda de equilíbrio e até sensação de formigamento. 

doença de Parkinson, conhecida pelos tremores e rigidez muscular, também leva à perda progressiva da força e dos movimentos. Os pacientes enfrentam dificuldades crescentes para manter o equilíbrio e executar tarefas simples do dia a dia. 

Por fim, a ELA é uma das condições mais severas, uma vez que afeta diretamente os neurônios responsáveis pelos movimentos voluntários, levando à paralisia muscular progressiva. 

Condições que podem causar fraqueza geral

A sensação de fraqueza geral, ou seja, do corpo como um todo, pode estar associada a diversas condições de saúde, ligadas tanto ao físico quanto à mente. Entre as mais comuns estão a má qualidade do sono, que compromete a recuperação do corpo e o estresse crônico e o esgotamento mental,  fatores cada vez mais presentes na rotina e que também levam à sensação constante de cansaço. Outras causas frequentes de fraqueza e cansaço são:

 

  • Quadros de depressão, que afetam não só o estado emocional, mas também a disposição física. 
  • Hipotireoidismo, que desacelera o metabolismo devido à baixa produção de hormônios pela tireoide, o que resulta em fadiga e lentidão.
  • Anemia, que reduz a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue, dificultando o transporte de oxigênio e causando fraqueza. 
  • Problemas no fígado, como as doenças hepáticas, que podem provocar cansaço inexplicável, além de sintomas como tonturas e enjoos. 

Doenças neurológicas e fraqueza crônica

A fraqueza muscular crônica pode estar associada a diversas doenças neurológicas que afetam diretamente o funcionamento dos nervos e músculos. Entre as causas mais comuns estão o AVC, a hérnia de disco cervical, a esclerose múltipla, a doença de Parkinson e a ELA. 

Esses quadros podem evoluir com perda de força, alterações na coordenação e dificuldades progressivas para realizar tarefas simples do dia a dia. Diante de sintomas persistentes, é essencial buscar avaliação médica especializada para diagnóstico preciso e início do tratamento.

Como o médico avalia esse sintoma?

Quando uma pessoa relata fraqueza, o médico precisa descobrir se é uma perda real de força muscular ou apenas cansaço excessivo (fadiga). Isso ajuda a entender se o problema está no cérebro, nos nervos, nos músculos ou em outro ponto do corpo.

A consulta começa com perguntas sobre o que o paciente sente no dia a dia. “Tem dificuldade para andar, subir escadas, pentear o cabelo ou falar?". Também é investigado quando a fraqueza começou, se piora com o tempo e aparece em momentos específicos, como após esforço ou em dias quentes. E se há sintomas como dor muscular, febre, alteração na urina, perda de peso, tristeza ou falta de ar. 

O histórico de saúde da pessoa, uso de medicamentos, álcool, drogas, viagens recentes e casos na família também são levados em conta.

Por fim, o médico faz um exame físico completo, observando os reflexos, a força dos músculos, a forma de andar, a coordenação e a sensibilidade. Com todas essas informações, ele pode decidir quais exames complementares são necessários para chegar ao diagnóstico.

Exames indicados em caso de fraqueza frequente

Nesses casos, os médicos adotam uma abordagem investigativa que começa com a avaliação da função respiratória, especialmente se houver qualquer dificuldade para respirar. Testes pulmonares são os primeiros a serem realizados, pois ajudam a prever riscos de insuficiência respiratória aguda.

Depois disso, a escolha dos exames depende da suspeita clínica. Se o problema for neurológico, por exemplo, exames de imagem como a ressonância magnética do cérebro ou da coluna são fundamentais. Caso a RM não possa ser feita (por conta de marca-passos ou fragmentos metálicos no corpo), pode-se optar por uma tomografia computadorizada ou uma mielografia por TC, que envolve a injeção de contraste na região lombar para analisar a medula espinhal.

Em situações em que se suspeita de danos nos nervos ou nas conexões entre nervo e músculo, são realizados exames como a eletromiografia e os estudos de condução nervosa. Esses procedimentos medem a atividade elétrica dos músculos e a velocidade com que os nervos transmitem sinais. 

Se o foco for uma possível doença muscular (miopatia), além desses testes, o diagnóstico pode envolver ressonância magnética dos músculos, análise de enzimas musculares no sanguebiópsia muscular e até testes genéticos.

Mesmo quando nenhum sintoma adicional é evidente, exames laboratoriais podem revelar pistas valiosas. Hemogramas, dosagem de eletrólitos (como potássio, cálcio e magnésio), níveis de glicosehormônios da tireoidemarcadores inflamatórios como a velocidade de hemossedimentação (VHS) são frequentemente solicitados. Também é comum a avaliação da função renal e hepática, além da testagem para hepatites virais.

Tratamentos possíveis de acordo com a causa

O tratamento da fraqueza depende das causas subjacentes que podem ser inúmeras. Listamos abaixo as principais e os seus respectivos tratamentos:

Cansaço muscular após esforço físico

Movimentos repetitivos ou exercícios intensos podem levar a um esgotamento dos músculos, dificultando atividades simples e causando dores generalizadas. Isso é mais frequente em pessoas com baixo preparo físico ou que não praticam exercícios com regularidade.

Tratamento: descanso e ingestão de líquidos ajudam na recuperação. Para prevenir episódios recorrentes, é recomendado adotar uma rotina de atividade física com orientação profissional.

Temperatura elevada e falta de hidratação

Ambientes muito quentes ou exposição prolongada ao sol podem provocar queda na pressão arterial, resultando em fraqueza, sensação de desmaio e sonolência. A falta de hidratação adequada piora o quadro.

Tratamento: manter-se bem hidratado, buscar locais arejados ou com sombra e, se necessário, deitar-se com as pernas elevadas para favorecer a circulação.

Redução muscular associada ao envelhecimento

Com o avanço da idade, é comum ocorrer uma perda gradual da massa e força muscular, conhecida como sarcopenia. Isso interfere na mobilidade e aumenta o risco de quedas.

Tratamento: a prática de exercícios de fortalecimento e uma alimentação rica em proteínas são fundamentais para preservar a força e a autonomia.

Reações adversas a medicamentos

Alguns medicamentos, como os que controlam a pressão arterial ou atuam como diuréticos, podem diminuir a energia e causar fraqueza, além de provocar sonolência, tontura e visão embaçada.

Tratamento: caso exista suspeita de que o medicamento esteja causando esses efeitos, o ideal é procurar o médico responsável para ajustar a dosagem ou avaliar substituições. Nunca interrompa o uso sem orientação.

Anemia 

Quando o corpo apresenta deficiência de hemoglobina, o transporte de oxigênio fica comprometido, causando cansaço excessivo..

Tratamento: é essencial buscar um hematologista para diagnóstico e tratamento. A abordagem pode incluir suplementos de ferro, vitamina B12 ou outras intervenções específicas.

Alterações no equilíbrio de eletrólitos

Desequilíbrios nos níveis de minerais como sódio, potássio, cálcio e magnésio afetam a função muscular, podendo provocar fraqueza, além de confusão mental, cãibras e dores de cabeça.

Tratamento: a correção do equilíbrio de minerais pode envolver ajustes na dieta, uso de suplementos ou, em casos graves, tratamentos como hemodiálise.

Problemas que afetam o sistema nervoso

Em doenças neurológicas como AVC, EM e doença de Parkinson, que interferem no controle dos movimentos e podem causar fraqueza muscular.

Tratamento: vai depender da causa subjacente que afetou o sistema nervoso, mas, de modo geral, envolve medicamentos para evitar a progressão da condição, terapias para ajudar na mobilidade, força e equilíbrio, além de acompanhamento contínuo por um neurologista para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida em cada um desses casos.

Hábitos que ajudam a recuperar a energia

Para recuperar a energia e afastar o cansaço do dia a dia, alguns hábitos simples podem fazer grande diferença. Primeiramente, dormir bem é essencial. Ter entre sete e oito horas de sono por noite melhora a disposição, o humor e contribui para a saúde a longo prazo. 

A prática regular de exercícios físicos, como caminhada, corrida ou musculação, ao menos três vezes por semana, também contribui para aumentar a energia e prevenir doenças. Assim como uma alimentação equilibrada, rica em verduras, legumes e folhas verdes-escuras.

Além disso, conviver com amigos e familiares ajuda a aliviar o estresse e promove bem-estar emocional, sendo tão importante quando momentos de descanso e lazer e terapias de manejo de estresse, como ioga, meditação e psicoterapia.

Perguntas frequentes

O que leva a pessoa a ter fraqueza?

A fraqueza no corpo pode ter diversas origens, desde causas simples até condições mais complexas. Entre os motivos mais comuns estão o esforço físico excessivo, o calor intenso e a desidratação, que podem levar à queda de pressão e à sensação de cansaço. O envelhecimento natural também contribui com a perda progressiva de massa muscular (sarcopenia). 

O que pode causar fraqueza no corpo?

A fraqueza no corpo pode ser provocada por diferentes fatores, desde situações passageiras até problemas de saúde mais sérios. Entre os mais comuns estão a fadiga muscular após esforços intensos, a exposição ao calor excessivo e a desidratação, que comprometem a circulação e a oxigenação dos músculos. 

Condições como a perda natural de massa muscular com o envelhecimento, desequilíbrios nos níveis de minerais no sangue e o uso de certos medicamentos também podem desencadear esse sintoma. Além disso, doenças como anemia, diabetes mal controlado e distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla, AVC ou Parkinson, podem interferir na força muscular e provocar sensação de fraqueza generalizada.

O que fazer quando dá fraqueza?

O primeiro passo é identificar a causa subjacente à fraqueza, o que deve ser feito por meio de um diagnóstico médico. Após identificar a causa, fica mais fácil tomar as medidas e tratamentos necessários para cada caso, que podem ir desde apenas mudanças de hábitos, como alimentação saudável e prática de exercícios, até casos mais complexos, como AVC, que exigem um acompanhamento contínuo. 

Quais são os tipos de fraqueza?

A fraqueza pode se apresentar de diferentes formas e afeta o corpo de maneiras distintas, dependendo da causa. Um dos tipos mais comuns é a fraqueza muscular, que compromete a força dos músculos, dificultando movimentos simples do dia a dia.

Também existem casos de fraqueza generalizada, quando a sensação de cansaço afeta o corpo todo, geralmente relacionada a infecções ou doenças crônicas. Já a fraqueza localizada ou regional atinge áreas específicas, como braços ou pernas, e pode ser causada por lesões ou problemas neurológicos. Há ainda a fraqueza sistêmica, que envolve o corpo inteiro e costuma vir acompanhada de fadiga intensa, sendo comum em quadros mais graves.  

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