Revisado em: 01/10/2025
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Mamografia e ultrassom juntos aumentam a chance de detectar alterações
O câncer de mama é uma das doenças que mais afetam mulheres em todo o mundo, mas quando identificado precocemente, as chances de tratamento bem-sucedido aumentam consideravelmente.
Entre os exames mais importantes para esse rastreamento está a mamografia, um método de imagem capaz de detectar alterações nas mamas mesmo antes do surgimento de sintomas.
Mais do que um exame de rotina, ela representa uma ferramenta essencial para salvar vidas, reduzindo a mortalidade e ampliando as possibilidades de cura. Porém, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre sua realização, idade recomendada, diferenças entre os tipos de mamografia e o papel de exames complementares, como o ultrassom de mama.
A mamografia é um exame de imagem responsável por auxiliar na detecção precoce do câncer de mama. Ele ajuda a identificar a neoplasia mesmo antes do aparecimento dos sintomas, ainda em estágio inicial, sendo uma estratégia na redução da mortalidade e contribuindo para o aumento na taxa de cura.
O chamado rastreamento mamográfico deve ser feito por mulheres entre 50 e 74 anos, a cada dois anos. Apesar dessa faixa etária ser a prioritária, o SUS não restringe o acesso a esse exame para mulheres entre 40 e 49 anos e acima dos 74 anos.
Elas não precisam apresentar sinais e sintomas, apenas devem manifestar o desejo de realizar a mamografia, mas precisam ser orientadas pelos profissionais de saúde sobre os prováveis riscos e benefícios da prática.
A mamografia é realizada por um técnico em radiologia e a interpretação das imagens para ver se há alguma alteração deve ser feita por um médico especialista, como o mastologista. A mamografia pode ser digital ou convencional.
De acordo com o Ministério da Saúde, o exame é realizado pelo mamógrafo. As mamas são colocadas numa placa de acrílico e uma outra faz a compressão, de modo que a mama fique numa espessura uniforme.
A pressão dura alguns segundos e pode gerar desconforto. O raio-x emitido pelo mamógrafo permite que sejam formadas imagens da mama.
Esse procedimento é necessário porque ajuda a identificar lesões suspeitas que possam estar escondidas atrás do tecido mamário. Dessa maneira, a mamografia auxilia a identificar anormalidades nas mamas, mas o diagnóstico só é confirmado ao fazer uma biópsia.
O objetivo deste tipo de mamografia é o mesmo do tipo convencional. A diferença entre elas está no tempo de realização que é menor, o conforto que é maior e as imagens são de melhor qualidade, com mais detalhes, facilitando a visualização do tecido mamário e das glândulas.
A ultrassonografia da mama e a mamografia são considerados exames de imagem que fornecem informações complementares, mas de modos diferentes.
Enquanto a imagem na mamografia é dada através da emissão de raio-x, na ultrassonografia ela é fornecida pela emissão sonora, sendo realizada por um médico ultrassonografista ou radiologista.
Sendo assim, é indicada às mulheres com alterações visualizadas na mamografia. Pela forma como o exame é feito, ele pode complementar a mamografia em pacientes com mamas densas (com mais glândula mamária do que gordura). Isso porque, a sensibilidade para detectar lesões e nódulos que possam estar escondidos atrás das glândulas é alta.
Nesses casos, a imagem somente da mamografia pode ficar confusa, já que o câncer é denso, assim como a mama, estão as imagens produzidas podem ficar da mesma tonalidade.
Então, caso surja o questionamento: “fiz mamografia e o médico pediu ultrassom”, é preciso levar em conta que é para ter uma melhor visualização das mamas.
A ultrassonografia de mama é um complemento para avaliar a saúde das mamas, já que capta nódulos e alterações benignas, como os cistos. Por outro lado, tem um baixo desempenho na identificação de calcificações, principalmente aquelas que representam tumores iniciais. Sendo mais utilizado para fazer diferenciações.
Ela é indicada, geralmente, como complemento para rastreio do câncer de mama em mulheres com mama densa; para diferenciar lesões sólidas das lesões císticas, detectadas na mamografia e durante a gravidez, pois o ultrassom não usa radiação.
Este exame de imagem se utiliza das ondas sonoras de alta frequência por meio de um equipamento chamado transdutor, colocado em diferentes partes e ângulos da mama. O som passa pela pele e tecidos mamários produzindo imagens com base na densidade dos tecidos.
Os achados na mamografia são classificados por um sistema de padronização chamados BI-RADS. Ele possui uma escala de 0 a 6 e mostra o risco que um achado tem de ser um câncer de mama, não sendo considerada uma classificação diagnóstica.
Fonte: Dasa e Sanarmed
Baseado nesse sistema, o ultrassom de mama é utilizado quando é necessário ser feita uma avaliação adicional, pois o achado da mamografia é incompleto ou inconclusivo. Para além das alterações já citadas, a ultrassonografia permite visualizar secreções nos mamilos e espessamento do tecido mamário.
Não existe preparo para a mamografia digital, mas algumas medidas podem oferecer mais conforto:
Para a realização da ultrassonografia de mama também não existe um preparo específico, mas existe também a recomendação para não ser realizado no período menstrual, sobretudo em pacientes com alta sensibilidade nos seios.
Ainda assim, mesmo com o incômodo que a paciente possa sentir, o fator não é impeditivo para a realização do exame. Além disso, não existe contraindicação para que seja feito.
Concluir que “fiz mamografia e o médico pediu ultrassom” não deve ser motivo de preocupação é fundamental para compreender o papel complementar desses exames.
A solicitação do ultrassom, na maioria das vezes, tem como objetivo oferecer uma visão mais detalhada das mamas, principalmente em casos de mamas densas, achados inconclusivos ou necessidade de diferenciar lesões.
Isso não significa, necessariamente, a confirmação de um diagnóstico grave, mas sim o cuidado do médico em garantir maior precisão na avaliação. Portanto, tanto a mamografia quanto o ultrassom são aliados indispensáveis no rastreamento e na detecção precoce do câncer de mama, ampliando as chances de cura e assegurando um acompanhamento mais completo e seguro da saúde feminina.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
BVSMS / Ministério da Saúde. 05 de fevereiro: Dia Nacional da Mamografia. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/05-02-dia-nacional-da-mamografia-3/. Acesso em: 30 set. 2025.
Ministério da Saúde / INCA. Ministério da Saúde padroniza informações para acesso ao exame de mamografia no SUS. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2025/ministerio-da-saude-padroniza-informacoes-para-acesso-ao-exame-de-mamografia-no-sus. Acesso em: 30 set. 2025.
FEMAMA. Mamografia e ultrassom das mamas: entenda cada exame. Disponível em: https://femama.org.br/site/blog-da-femama/mamografia-e-ultrassom-das-mamas-entenda-cada-exame/. Acesso em: 30 set. 2025.
INCA. Outubro Rosa. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/campanhas/2024/outubro-rosa. Acesso em: 30 set. 2025.
DASA – Nav. Mamografia digital: o que é, como é feita e vantagens. Disponível em: https://nav.dasa.com.br/blog/mamografia-digital. Acesso em: 30 set. 2025.
SanArmed. Mamografia e ultrassom das mamas: entenda cada exame. Disponível em: https://sanarmed.com/mamografia-e-ultrassom-das-mamas-entenda-cada-exame-colunistas/. Acesso em: 30 set. 2025.
DASA – Nav. Diferenças entre mamografia e ultrassonografia da mama. Disponível em: https://nav.dasa.com.br/blog/diferencas-entre-mamografia-e-ultrassonografia-da-mama. Acesso em: 30 set. 2025.
DASA – Nav. Ultrassom da mama: o que é, como é feito e preparo. Disponível em: https://nav.dasa.com.br/blog/ultrassom-da-mama. Acesso em: 30 set. 2025.
BRASIL. Lei nº 13.733, de 16 de novembro de 2018. Dispõe sobre atividades da campanha Outubro Rosa e institui o Outubrinho Rosa. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 16 nov. 2018. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13733.htm. Acesso em: 30 set. 2025.
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