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Aquele incômodo ou queimação no estômago se tornou frequente? Entenda qual profissional pode diagnosticar e tratar o problema.

Aquela queimação no estômago depois do almoço, que antes era esporádica, tornou-se sua companheira diária. A dor na "boca do estômago" acorda você no meio da noite e antiácidos já não oferecem o mesmo alívio.
Essa situação é familiar para muitas pessoas e pode ser um sinal de úlcera péptica, uma condição que exige atenção médica especializada. Marque a sua consulta com um especialista da Rede Américas.
A úlcera péptica é uma ferida aberta que se desenvolve no revestimento interno do sistema digestivo. O estômago possui uma camada protetora de muco que o defende da acidez do suco gástrico. Quando essa barreira falha, o ácido pode danificar o tecido, formando uma lesão.
As duas causas mais comuns para essa falha na proteção são a infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) e o uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e aspirina.
A infecção pela bactéria Helicobacter pylori é considerada a principal causa, sendo encontrada em 60% a 80% dos pacientes com úlcera péptica. Quando não tratada, essa infecção pode levar a complicações sérias, como o desenvolvimento de câncer gástrico em cerca de 2% dos casos infectados. A dor característica ocorre quando o ácido gástrico entra em contato direto com a ferida.
O termo "péptica" refere-se à pepsina, uma enzima digestiva. Embora usados como sinônimos, os tipos de úlcera se distinguem pela localização:
Ambas são tratadas de forma semelhante, mas a localização pode influenciar o padrão dos sintomas. Por exemplo, a dor da úlcera duodenal frequentemente melhora após comer, enquanto a da úlcera gástrica pode piorar.
O médico especialista no diagnóstico e tratamento da úlcera péptica é o gastroenterologista. Este profissional tem formação específica em doenças do aparelho digestivo, que inclui esôfago, estômago, intestinos, fígado e pâncreas.
É fundamental procurar a orientação de um gastroenterologista para o manejo adequado e a identificação de riscos associados à úlcera péptica. Em situações de saúde mais complexas, como em pacientes com câncer, pode ser necessário o acompanhamento de outros especialistas, como oncologistas, para um cuidado integrado.
No entanto, muitas vezes o primeiro contato do paciente é com um clínico geral ou médico de família. Este médico pode realizar uma avaliação inicial, solicitar exames preliminares e, se suspeitar de uma úlcera, encaminhar o paciente ao gastroenterologista para uma investigação aprofundada.
Não ignore dores abdominais persistentes. É fundamental buscar avaliação médica se você apresenta um ou mais dos seguintes sintomas de forma recorrente:
Alguns sintomas podem indicar uma complicação grave e requerem atendimento médico de urgência. Procure um pronto-socorro se tiver:
Em casos de úlcera péptica com sangramento, manifestado por vômito com sangue ou fezes muito escuras, a busca por atendimento imediato é crítica. O tratamento por especialistas, incluindo a realização de endoscopia, deve ser iniciado em até 24 horas para reduzir significativamente o alto risco de complicações graves.
O diagnóstico definitivo da úlcera péptica é geralmente realizado por meio de uma endoscopia digestiva alta. Neste exame, o gastroenterologista insere um tubo fino e flexível com uma câmera na ponta (endoscópio) pela boca do paciente para visualizar diretamente o esôfago, o estômago e o duodeno.
Durante a endoscopia, o médico pode realizar biópsias, que são pequenas amostras de tecido. Esse material é analisado para confirmar a presença da bactéria H. pylori e descartar outras condições mais graves.
O tratamento da úlcera péptica visa aliviar os sintomas, cicatrizar a ferida e prevenir complicações. A abordagem depende da causa identificada.
Se a causa for a infecção por H. pylori, o tratamento envolve o uso de uma combinação de antibióticos para eliminar a bactéria. Além disso, são prescritos medicamentos que reduzem a produção de ácido no estômago, como os inibidores da bomba de prótons (IBPs) ou os bloqueadores H2. Esses fármacos promovem um ambiente favorável à cicatrização da mucosa.
Se o tratamento inicial da úlcera não apresentar resultados após duas tentativas (terapias de primeira e segunda linha), é importante buscar a orientação de um especialista, como o gastroenterologista, para avaliar opções de tratamento de terceira linha, que podem ser mais complexas.
Vale dizer que mudanças no estilo de vida, como evitar o consumo de álcool, não fumar e suspender o uso de AINEs (sempre sob orientação médica), são fundamentais para o sucesso do tratamento. A automedicação nunca é recomendada.
Sim. Quando não tratada adequadamente, a úlcera péptica pode levar a complicações sérias. As principais são:
O manejo de úlceras pépticas complicadas, como sangramento ou perfuração, envolve frequentemente uma equipe multidisciplinar. Esta equipe pode incluir cirurgiões, gastroenterologistas e radiologistas, trabalhando em conjunto para garantir o melhor desfecho para o paciente. Por isso, o acompanhamento com um especialista é essencial para garantir um tratamento eficaz e seguro, evitando a evolução para quadros mais graves.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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