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Um diagnóstico de câncer de pulmão envolve uma equipe de médicos. Saiba a função de cada um e a importância da abordagem multidisciplinar.

O resultado de um exame de imagem chega e, com ele, a apreensão. A menção a um "nódulo pulmonar" ou uma "lesão suspeita" pode gerar um turbilhão de dúvidas e medos. A primeira pergunta que surge é quase sempre a mesma: qual médico devo procurar agora?
Diferente de outras condições, o câncer de pulmão não é tratado por um único especialista. O acompanhamento é realizado por uma equipe multidisciplinar, um grupo de profissionais de saúde de diferentes áreas que trabalham de forma integrada para oferecer o cuidado mais completo e personalizado possível.
Essa abordagem é o padrão-ouro no tratamento oncológico moderno. Cada especialista contribui com seu conhecimento específico em diferentes fases da jornada do paciente, desde a investigação inicial e o diagnóstico preciso até o planejamento do tratamento e a reabilitação.
Essa equipe abrange diversos profissionais, como oncologistas, cirurgiões torácicos, pneumologistas, radioterapeutas, patologistas, radiologistas e, em alguns casos, especialistas em nutrição, anestesiologia e cientistas clínicos. Este cuidado completo assegura uma abordagem especializada desde o diagnóstico até a prevenção e o tratamento. Conhecer o papel de cada um ajuda a entender melhor o processo e a se sentir mais seguro.
A composição da equipe pode variar conforme o caso, mas alguns profissionais são centrais no diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão. A colaboração entre eles é fundamental para definir a melhor estratégia terapêutica para cada paciente.
Muitas vezes, o pneumologista é o primeiro especialista que o paciente consulta. Ele é o médico especialista em doenças do sistema respiratório. Sua atuação é essencial na investigação de sintomas como tosse persistente, falta de ar ou dor no peito, e na avaliação de achados em exames de imagem, como radiografias ou tomografias.
Para garantir o melhor tratamento e diagnóstico de nódulos pulmonares, que podem ser um sinal de câncer, uma equipe multidisciplinar é fundamental.
Este profissional pode solicitar e realizar exames importantes para o diagnóstico, como a broncoscopia, um procedimento que visualiza o interior das vias aéreas e permite a coleta de amostras de tecido (biópsia).
Quando uma biópsia é necessária para confirmar o diagnóstico ou quando a remoção do tumor é uma opção de tratamento, o cirurgião torácico entra em ação. Ele é o especialista habilitado para realizar procedimentos cirúrgicos no tórax, incluindo os pulmões.
Sua função vai desde a realização de biópsias cirúrgicas até cirurgias complexas para a retirada do tumor, que podem ser feitas por métodos minimamente invasivos, como a videotoracoscopia ou a cirurgia robótica.
O oncologista clínico é o médico especialista no tratamento do câncer. Ele geralmente assume a coordenação do cuidado após a confirmação do diagnóstico. Sua função é planejar e administrar tratamentos que agem no corpo todo (sistêmicos).
Isso inclui terapias como:
Também chamado de radioterapeuta, o radio-oncologista é o especialista em usar radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas e reduzir o tamanho dos tumores. A radioterapia pode ser usada isoladamente ou em combinação com cirurgia e quimioterapia.
Este tratamento é planejado com extrema precisão para atingir a área doente, minimizando os danos aos tecidos saudáveis ao redor.
Embora o paciente raramente tenha contato direto com ele, o patologista desempenha um papel indispensável. Ele é o médico que analisa as amostras de tecido (biópsias) em laboratório para confirmar se há câncer, determinar o tipo exato do tumor e identificar marcadores moleculares.
O laudo do patologista é a peça-chave que guia todas as decisões de tratamento do oncologista e do cirurgião.
Além dos médicos citados, outros profissionais são fundamentais para o cuidado integral do paciente, garantindo qualidade de vida durante e após o tratamento. Entre eles, destacam-se:
A decisão sobre o plano de tratamento ideal não é tomada por um único médico. Os especialistas se reúnem nos chamados "tumor boards" ou comitês de tumores.
Nessas reuniões, eles discutem em conjunto todos os detalhes do caso do paciente, como o tipo e o estágio do tumor, as condições de saúde gerais e as preferências do indivíduo.
Se houver um achado suspeito no pulmão, o caso deve ser revisado por uma Equipe Multidisciplinar de Tumores Torácicos, que reúne vários especialistas para decidir sobre os próximos passos do diagnóstico.
Essa discussão colaborativa permite que a equipe avalie todas as opções disponíveis e defina a sequência de tratamentos mais eficaz, combinando cirurgia, radioterapia e terapias sistêmicas da forma mais benéfica possível.
Se você tem sintomas respiratórios persistentes ou um exame de imagem com alterações, o caminho mais indicado é procurar um clínico geral ou um pneumologista. Eles são os profissionais mais preparados para conduzir a investigação inicial.
A partir da avaliação inicial, eles poderão solicitar os exames necessários e, se a suspeita se confirmar, encaminharão você para os outros especialistas da equipe multidisciplinar de forma coordenada e ágil. O importante é não adiar a busca por ajuda médica.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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