04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Lesão pode ser classificada em três diferentes graus conforme a gravidade
A entorse de tornozelo é uma das lesões articulares mais frequentes, afetando tanto pessoas ativas quanto atletas de diferentes modalidades esportivas. Segundo artigo publicado na Revista Brasileira de Ortopedia, essa lesão representa cerca de 25% de todas as lesões físicas no esporte, sendo especialmente comum em atividades que envolvem saltos, mudanças bruscas de direção e contato físico.
Por exemplo, em jogadores de basquete, as entorses de tornozelo correspondem a aproximadamente 34% das lesões, enquanto no vôlei essa taxa pode chegar a 45%.
A entorse de tornozelo é uma lesão articular que ocorre quando há um movimento brusco que força os ligamentos além de sua capacidade normal. O problema afeta geralmente os ligamentos laterais do tornozelo, responsáveis por sua estabilidade.
O movimento inesperado pode resultar no estiramento ou até na ruptura dos ligamentos, causando dor, inchaço e dificuldade para caminhar.
As principais causas de entorse no tornozelo são as quedas. Elas podem gerar um movimento brusco na articulação, levando ao estiramento ou ruptura dos ligamentos.
Outras causas frequentes são pisar de forma inadequada no solo, seja em terrenos irregulares, buracos ou degraus inesperados, o que pode provocar uma torção involuntária do tornozelo, e lesões durante a prática esportiva, especialmente em modalidades que envolvem saltos, mudanças rápidas de direção ou contato físico, como futebol, basquete e corrida.
Graus de entorse
As entorses são classificadas em três graus de gravidade. O grau 1 (leve) é caracterizado por um estiramento sutil dos ligamentos, resultando em dor e inchaço discretos, mas sem comprometer a estabilidade do tornozelo.
No caso do grau 2 (moderada), há uma ruptura parcial dos ligamentos, causando dor mais intensa, inchaço e alguma instabilidade ao movimentar ou apoiar o pé.
Já o grau 3 (grave) é a forma mais severa da lesão, envolvendo a ruptura completa dos ligamentos, o que gera dor intensa, inchaço significativo, hematomas e grande instabilidade, impossibilitando a pessoa de apoiar o pé no chão.
Os sintomas da entorse de tornozelo podem variar conforme a gravidade da lesão, mas, em geral, incluem dor intensa, inchaço e a formação de hematomas, ou seja, manchas na pele que podem ser roxas, azuis ou vermelhas devido ao extravasamento de sangue interno, conhecido como equimose.
Além disso, a pessoa pode sentir dificuldade para caminhar ou realizar movimentos laterais com o pé.
Quanto mais severa for a lesão, mais evidentes e limitantes serão esses sinais. Para um diagnóstico preciso, é fundamental buscar a avaliação de um especialista em ortopedia e traumatologia, que analisará os sintomas e indicará o melhor tratamento.
Para um atendimento de primeiros socorros adequado, o passo a passo é:
O tratamento da entorse de tornozelo varia conforme a gravidade da lesão e pode envolver desde cuidados simples até intervenção cirúrgica.
A abordagem inicial segue o protocolo PRICE, que inclui proteção da articulação, repouso, aplicação de gelo, compressão e elevação do tornozelo. Essas medidas ajudam a reduzir o inchaço e aliviar a dor nos primeiros dias após a lesão. O uso de órteses semi-rígidas ou botas ortopédicas pode ser necessário para restringir o movimento e proteger a região afetada, especialmente nos casos mais graves.
A reabilitação fisioterápica é um passo essencial no tratamento, e a mobilização precoce controlada do tornozelo, associada à carga progressiva, acelera a recuperação e reduz o tempo de afastamento das atividades diárias e esportivas. A fisioterapia funcional desempenha um papel fundamental nesse processo, utilizando exercícios que melhoram o controle postural e neuromuscular. Esse tipo de reabilitação tem demonstrado grande eficácia, evitando novas torções e permitindo uma recuperação mais completa.
No entanto, se o tratamento conservador não for suficiente e o paciente continuar apresentando instabilidade crônica e dor persistente, a cirurgia pode ser indicada. O procedimento cirúrgico envolve a reconstrução dos ligamentos lesionados, muitas vezes utilizando técnicas minimamente invasivas, como a artroscopia. Após a cirurgia, o paciente passa por um processo de reabilitação gradual, com uso de botas ortopédicas e fisioterapia, até que possa retomar plenamente suas atividades, o que normalmente ocorre entre três e quatro meses após o procedimento.
Prevenir novas entorses de tornozelo pode ser um desafio, especialmente para quem pratica esportes ou transita por terrenos irregulares. No entanto, algumas medidas podem reduzir significativamente os riscos.
Em primeiro lugar, realizar exercícios específicos de propriocepção. Isso porque eles fortalecem a musculatura ao redor da articulação, melhoram a estabilidade e aumentam a capacidade do corpo de reagir a movimentos bruscos, reduzindo o risco de torções no longo prazo.
Além disso, o uso de imobilizadores semi-rígidos, como tornozeleiras, pode proporcionar maior estabilidade à articulação, especialmente para quem já sofreu entorses anteriormente.
Também é fundamental utilizar os equipamentos corretos, principalmente calçados adequados para cada tipo de atividade física, e manter atenção às condições do solo, evitando superfícies escorregadias, irregulares ou esburacadas. Por fim, reduzir a intensidade na prática esportiva pode ser uma estratégia eficaz para minimizar impactos e prevenir novas lesões.
É importante procurar um ortopedista quando a entorse de tornozelo causar dor intensa, inchaço significativo ou impossibilitar o apoio do pé no chão. Além disso, caso haja deformidade visível na articulação, o atendimento médico deve ser imediato para evitar complicações e garantir o tratamento adequado.
Para garantir uma recuperação segura da entorse de tornozelo e evitar recaídas, é essencial seguir corretamente o tratamento, além de adotar medidas preventivas.
Sendo assim, nos primeiros dias, o protocolo PRICE, conforme explicamos anteriormente. Depois, a fisioterapia é fundamental para fortalecer os ligamentos e melhorar a estabilidade da articulação, permitindo um retorno gradual às atividades sem sobrecarga.
O uso de tornozeleiras pode oferecer suporte adicional, enquanto exercícios de propriocepção ajudam a prevenir novas lesões. Além disso, é importante escolher calçados adequados e ter atenção ao tipo de solo para evitar torções.
O tempo de recuperação de uma entorse de tornozelo depende da gravidade da lesão. Casos leves (grau 1) costumam melhorar em 7 a 15 dias, enquanto entorses moderados (grau 2) podem levar de 6 a 8 semanas para uma recuperação completa. Já as entorses graves (grau 3), que envolvem a ruptura total dos ligamentos, podem exigir de 8 a 12 semanas, chegando a 4 meses nos casos mais severos, especialmente se houver necessidade de cirurgia.
O tratamento da entorse de tornozelo depende da gravidade da lesão. Inicialmente, aplica-se o protocolo PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão e elevação) para reduzir o inchaço e aliviar a dor. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de órteses ou botas ortopédicas para restringir o movimento. A fisioterapia é essencial para recuperar a estabilidade do tornozelo, acelerar a reabilitação e prevenir novas lesões.
Se a instabilidade persistir e a dor for recorrente, a cirurgia pode ser indicada para reconstrução dos ligamentos. A recuperação total pode levar de algumas semanas a meses, dependendo da gravidade da lesão.
Quais são os 3 tipos de entorse?
Uma entorse de tornozelo pode ocorrer de três formas principais, dependendo da direção do movimento da articulação. A inversão acontece quando o tornozelo se desloca para dentro, causando lesões nos ligamentos da parte externa do pé, sendo o tipo mais comum de entorse.
Já a eversão ocorre quando a articulação se move para fora, afetando os ligamentos da parte interna do tornozelo, um tipo menos frequente, mas que pode ser mais grave. Por fim, a rotação envolve a torção ao longo do eixo do tornozelo, podendo ser interna ou externa, o que pode comprometer diversos ligamentos e estruturas da articulação.
Não é recomendável andar com uma entorse no tornozelo, independentemente da gravidade da lesão. O ideal é suspender qualquer atividade física e evitar apoiar o pé no chão para não agravar o quadro. Além disso, é fundamental buscar avaliação médica para determinar o grau da lesão e seguir o tratamento adequado quando os sintomas persistirem.
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