28/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
Quando associada a outros sintomas específicos, dores nas mamas pode ser indício de câncer de mama
A dor nas mamas, também chamada de mastalgia, é um sintoma frequente que afeta cerca de 70% das mulheres em algum momento da vida. Essa condição pode ter diversas causas, desde alterações hormonais naturais do ciclo menstrual e da menopausa até fatores externos, como o uso de certos medicamentos ou o impacto de traumas na região mamária.
Na maioria dos casos, a mastalgia não representa um problema grave, mas pode causar desconforto e interferir na rotina diária. É importante estar atenta a dores persistentes, intensas ou associadas a outros sintomas, como nódulos, alterações na pele da mama e secreção anormal nos mamilos, pois esses sinais podem indicar problemas mais sérios, incluindo o câncer de mama.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, o Dr. Victor Araujo Machado, oncologista clínico da Rede América, explica os diferentes tipos de dor mamária, suas causas e quando é necessário buscar ajuda médica.
Mastalgia é o nome que se dá às dores localizadas na região da mama. Geralmente, essa sensibilidade se manifesta apenas como uma dor desconfortável e logo desaparece. Ela é dividida em três níveis:
Boa parte dos casos em que o bico do peito fica dolorido é consequência do ciclo menstrual ou de eventos específicos, como atritos e batidas. Outras condições que levam a um quadro de dores nas mamas são relacionados a seguir.
Essa inflamação afeta principalmente lactantes, mas também pode ocorrer em homens. Geralmente, se manifesta nas primeiras 12 semanas após o parto, e os sintomas incluem inchaço, coceira e calafrios. Caso ocorra, é necessário interromper a amamentação para tratar a condição adequadamente.
É um tipo raro de câncer de mama que afeta a região do mamilo. A dor nessa área, associada a alterações no mamilo, pode ser um sinal dessa doença.
Os cistos mamários são acúmulos de líquido causados pela obstrução de ductos lactíferos, comuns em mulheres jovens. Embora muitas vezes sejam benignos, podem causar dor e desconforto.
São concentrações de pus resultantes de infecções, que podem causar dor intensa, inchaço e vermelhidão na mama afetada.
Em caso de dor persistente por mais de 15 dias, consulte um ginecologista. O diagnóstico precoce previne o agravamento do quadro e suas consequências.
A região das mamas é bastante sensível. Isso se dá pelo grande número de terminações nervosas, que enviam sinais ao cérebro para que ele responda aos estímulos de dor, calor ou toque, por exemplo.
A sensação de agulhadas pode ser sinal de algum distúrbio nervoso ou até mesmo de câncer de mama.
Sim, porém apenas se a mastalgia estiver associada a outro sintoma, como feridas no bico do peito ou saída de fluido cristalino, sanguinolento ou acastanhado da região.
O autoexame consiste na palpação da mama e é dividido em três estágios: em frente ao espelho, de pé e deitada. Em todos eles, uma das mãos deve estar atrás da cabeça enquanto a outra examina o seio oposto.
Faça movimentos circulares, de dentro para fora, de cima para baixo, e pressione o mamilo para verificar se há a presença de secreção. Não se esqueça de analisar possíveis alterações de tamanho, forma ou cor. Repita o processo na outra mama.
Manter as consultas ginecológicas em dia já é um grande passo para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças ou, caso necessário, para dar início ao tratamento de possíveis patologias.
Sempre que notar alguma alteração ou dor sem motivo aparente, relate-a com detalhes ao médico. Vale lembrar que homens também podem ser vítimas de câncer de mama.
O Dr. Victor alerta que nos homens, o principal sintoma é a percepção de um nódulo endurecido atrás ou ao redor do mamilo. “Outro sinal que pode levantar a suspeita de um câncer de mama é o aparecimento de um \'caroço\' na axila, que pode indicar um gânglio linfático aumentado.”
O médico explica ainda que, em caso de suspeita de câncer de mama em homens, a investigação inicial pode ser feita por médicos como clínico geral e urologista, mas o tratamento – assim como nas mulheres – é feito por uma equipe composta pelo mastologista, oncologista clínico e radioterapeuta, entre outros especialistas.
O recado final é: seja homem ou mulher, não ignore os sinais que o corpo manda e busque atendimento profissional sempre que necessário.
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