21/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
É importante ficar atento aos sinais do nosso coração
Um dos sintomas prevalentes de infarto ou ataque cardíaco é a dor no peito. Esse sinal pode vir acompanhado de outros: falta de ar; náusea; sensação de desmaio; suor frio e pele pegajosa. Mas a dor no peito pode também indicar outros problemas de saúde.
Conheça alguns motivos e quais as características que podem revelar algumas doenças do coração. A Dra. Cláudia Bernoche, coordenadora do Pronto-socorro da Rede América, aborda o tema.
O ataque cardíaco, ou infarto agudo do miocárdio, ocorre devido à obstrução das artérias que levam sangue ao coração.
O principal fator é a aterosclerose, caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias, que podem obstruir o fluxo sanguíneo ou se romper, formando coágulos que interrompem a circulação. Isso pode levar à isquemia do músculo cardíaco, aumentando o risco de arritmias e até de parada cardíaca.
O principal sintoma da condição é a dor no peito – que pode irradiar para o braço esquerdo ou ambos os braços, para as costas, o pescoço e a arcada dentária. Sintomas adicionais podem estar presentes, como suor, náusea, pele pegajosa, falta de ar e perda de consciência.
Para alguns pacientes, como os idosos e diabéticos, podem ocorrer os chamados equivalentes anginosos (sintomas de isquemia miocárdica), que se equivalem em gravidade à dor no peito. São eles: falta de ar, palpitação e perda de consciência.
De acordo com a médica, as razões mais comuns desse excesso de gases são determinadas de forma individual – pessoa a pessoa –, que varia de acordo com o trânsito intestinal e o tipo de alimentação.
“Em casos de dor persistente, um médico deverá ser consultado, lembrando que as características descritas anteriormente nem sempre estão presentes\", complementa..
No contexto, podem vir a ser um fator confundidor, como é o caso dos pacientes com múltiplos fatores de risco.
A dor no peito ao respirar pode ter causas menos graves, como dores musculares na região torácica, contraturas ou infecções na parede torácica, como o herpes-zóster.
No entanto, também pode indicar condições mais sérias, como embolia pulmonar ou complicações pulmonares da Covid-19.
A dor no peito pode ser assustadora, afinal, logo pensamos que pode ser sinal de infarto. Porém, em muitos casos, a dor pode indicar síndrome de pânico. Veja as principais diferenças entre essas duas condições:
Porém, independente se for infarto ou síndrome do pânico, é aconselhável buscar ajuda profissional o quanto antes para iniciar o acompanhamento do quadro.
Segundo a Dra. Cláudia Bernoche é preciso reconhecer que a parada cardíaca está acontecendo. O passo a passo para isso pode ser aprendido pelo algoritmo do atendimento do Suporte Básico da Vida para o leigo. Veja abaixo:
1. Chame ativamente a vítima, inclusive com estímulos para se certificar de que ela está consciente ou não.
2. A vítima não responde? Peça ajuda!
Pode ser verbalmente, solicitando que alguém acione o SAMU (192) ou pelo telefone celular. O atendente oferece instruções para quem está atendendo a vítima: basta seguir o passo a passo pelo viva voz.
3. Se a vítima não responder em até 10 segundos, será necessário determinar se ela respira e se tem pulso.
4. A vítima não atende ao chamado, não respira e não tem pulso?
Estamos diante de uma parada cardiorrespiratória!
5. Como prosseguir?
Realize massagem cardíaca.
6. Quanto tempo?
Cinco ciclos de 30 compressões e duas ventilações ou dois minutos, alternando para a relação 30 por 2 se tiver como monitorizar esse intervalo.
Ao término desse ciclo de cinco revezamentos de compressão e ventilação ou no fim de dois minutos, devemos checar se a vítima voltou a apresentar circulação.
Como? Verificando o pulso pela manobra descrita – colocar dois dedos na lateral do pescoço ou se a vítima acordar efetivamente.
7. Sente o pulso?
A circulação da vítima retornou e ela precisa ser encaminhada para um hospital ou aguardar o SAMU.
8. Pulso ausente?
Retomar a massagem e as ventilações por mais dois minutos ou cinco ciclos de 30 por 2.
Vale ressaltar que essas manobras não podem ser realizadas para treino ou por brincadeira em uma pessoa consciente pelos riscos de machucar o tórax ou desencadear arritmias.
9. Qual a intenção dessas manobras?
Aguardar a chegada do SAMU para que seja utilizado o aparelho chamado Desfibrilador Externo Automático (DEA), também pode ser visto em aeroportos, supermercados, shoppings e locais com alta circulação de pessoas.
Esse é um dispositivo que acopla duas pás adesivas, por meio das quais é oferecido um choque, quando indicado, para garantir que o coração volte a funcionar, recuperando o ritmo cardíaco.
10. Como faço para instalar?
Ligue o aparelho no botão verde escrito ON ou LIGAR. Esse dispositivo aciona imediatamente uma gravação, que vai orientar com clareza quem estiver realizando o resgate.
É importante que você ligue imediatamente para um serviço de emergência médica ou para o SAMU (192). Durante a espera, acalme a pessoa e mantenha-a em um local ventilado, além de deixar as roupas da vítima afrouxadas.
Vale ressaltar que você não deve dar comida nem líquidos e, em hipótese alguma, medique a pessoa – somente em caso de orientação médica prévia.
Caso suspeite de que você está tendo um ataque, chame o atendimento médico emergencial. Não dirija, evite acidentes!
Já sentiu dores no peito e não sabe o que é? Marque agora uma consulta com a equipe de cardiologistas da Rede América!
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