04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Descubra as principais causas da dor de cabeça e quando o sintoma pode indicar condições mais graves de saúde
A dor de cabeça é um sintoma bastante comum: praticamente todo mundo já teve ou vai ter esse incômodo em algum momento. Os dados corroboram essa afirmação: de acordo com a SBC (Sociedade Brasileira de Cefaleia), 95% das pessoas têm dor de cabeça ao menos uma vez na vida.
Embora possa ser transitória e tenha inúmeras causas passageiras, a dor de cabeça também pode ser um sintoma ou sinal de algo mais grave. Continue a leitura para saber mais sobre os tipos de dor de cabeça mais comuns, quais as causas e os tratamentos possíveis e quando é hora de buscar auxílio médico imediato.
Existem dois tipos de dor de cabeça: as cefaleias primárias, quando a dor é a doença em si e que pode ou não ser crônica; e as cefaleias secundárias, quando a dor é um sintoma de outra doença ou problema de saúde.
A dor de cabeça comum se enquadra no primeiro tipo e é um problema que pode ter várias causas: desde hábitos diários até condições médicas mais complexas. Estresse, má postura, tensão muscular e desidratação são causas comuns para o problema. Outras causas comuns incluem:
Portanto, se a causa dela não for resolvida ou tratada, é possível que os episódios de dor se tornem constantes e até crônicos.
No caso das cefaleias secundárias, a dor de cabeça é um sintoma de condições de saúde mais complexas (agudas ou não), como hipertensão arterial, hipotireoidismo, tumor no cérebro, meningite, aneurisma e até AVC (acidente vascular cerebral).
A grande maioria das crises de dor de cabeça não representa um risco à saúde e costuma evoluir de forma benigna em poucas horas ou dias. No entanto, se o episódio vier acompanhado de outros sinais de alerta, é importante buscar ajuda imediatamente.
Dor de cabeça que surge de forma súbita e intensa precisa ser avaliada por um médico, especialmente se vier acompanhada de febre, vômitos, rigidez na nuca, alterações de visão ou dificuldade para falar, já que podem ser indicativos de condições mais graves, como meningite e AVC (acidente vascular cerebral).
A enxaqueca e a dor de cabeça comum são tipos de cefaleia primária, mas são condições diferentes. Normalmente, a dor de cabeça comum (também chamada de tensional) não provoca vômitos ou náuseas e costuma ser descrita como dor “em capacete”, apertando a cabeça, mas sem ser debilitante. A dor tem curta duração e não se estende por dias.
Já a enxaqueca provoca dor constante de intensidade moderada a intensa e pode ser debilitante. Ela também costuma vir acompanhada de sensibilidade à luz, a cheiros e sons, além de provocar náuseas e vômitos. A dor costuma ser descrita como pulsátil, geralmente acomete um dos lados da cabeça e pode durar horas ou até dias.
Episódios de dor de cabeça são comuns e praticamente todo mundo experimentou ou vai experimentar esse problema uma vez na vida.
No entanto, quando esses episódios se tornam frequentes, é importante buscar ajuda especializada para avaliar se existe algum problema de saúde por trás dessa dor.
Nesse caso, o médico pode solicitar alguns exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames de sangue. Isso ajuda a descartar infecções, distúrbios neurológicos, desequilíbrios hormonais ou problemas cardiovasculares, entre outras possíveis causas para as crises, e irá ajudar a fechar um diagnóstico para o problema.
Uma vez que o diagnóstico seja feito, o tratamento normalmente é realizado com medicamentos específicos para o problema e que ajudam tanto a reduzir a frequência das crises como diminuir a intensidade delas quando vierem.
Nesse sentido, fica um alerta: o uso de analgésicos deve ser feito com parcimônia, pois esse tipo de medicamento pode piorar o quadro quando usados de forma frequente.
Além do tratamento medicamentoso, mudanças no estilo de vida e na rotina diária também são importantes para aliviar a dor de cabeça e fazem parte do tratamento de quem convive com a forma crônica do problema. As principais recomendações são:
Quando procurar um neurologista para dores de cabeça?
A recomendação é de que se busque ajuda especializada de um neurologista se e quando a dor estiver impactando a vida social e a produção no trabalho, na escola ou faculdade.
Em termos práticos, se as crises de dor aparecem ao menos uma vez por semana; ou, se você tem mais de 15 dias de dor em um espaço de 30 dias durante três meses, já há indicação de tratamento específico para a condição.
Fique atento também ao uso de analgésicos: se as crises andam exigindo o uso contínuo desse tipo de medicamento, também é um sinal de que o problema está fora de controle.
Para quem sofre com dores de cabeça constantes, é fundamental adotar hábitos saudáveis e ficar atento a sintomas que possam indicar uma condição mais grave.
Nesse sentido, é importante se consultar com um neurologista para realizar exames, chegar a um diagnóstico adequado e iniciar o tratamento para evitar mais prejuízos no dia a dia.
A dor de cabeça que aparece todos os dias pode indicar tensão muscular provocada por estresse e/ou má postura; mas também pode ser uma indicação de condição de saúde mais séria. Se a dor for persistente, é importante buscar orientação médica.
Fatores como desidratação, distúrbios do sono, alimentação inadequada, má postura, estresse e doenças (como câncer e hipertensão arterial) podem estar relacionados ao problema.
A dor de cabeça é preocupante quando aparece de forma súbita e intensa e vem acompanhada de sintomas como: tontura, vômitos, perda de consciência, dificuldades para falar ou alterações visuais. Nesses casos, é necessário buscar ajuda médica imediatamente.
Não. A dor de cabeça que dura vários dias pode ser um sinal de enxaqueca, cefaleia tensional crônica ou outras condições mais complexas. É importante procurar um médico para avaliação clínica e receber tratamento adequado.
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