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Entender como o coração e os vasos sanguíneos funcionam é o primeiro passo para protegê-los e ter uma vida mais longa e saudável.

Muitas vezes, a saúde do coração é lembrada apenas em momentos de susto: uma pontada no peito, uma falta de ar inesperada ou a notícia de que um amigo ou familiar sofreu um infarto. As doenças do sistema cardiovascular são construídas silenciosamente, todos os dias, por meio de nossos hábitos e escolhas.
Devido a vários fatores, é importante entender quais são essas complicações, saber como preveni-las para proteger o motor da nossa vida.
Para entender as doenças do sistema cardiovascular, primeiro é preciso conhecer o sistema que elas afetam. Pense no sistema cardiovascular como a incrível e complexa rede de transporte do nosso corpo, responsável por garantir que cada uma de nossas trilhões de células receba oxigênio e nutrientes para se manter viva.
O coração é o motor dessa estrutura, uma bomba muscular potente e incansável. Ele é dividido em quatro câmaras: os dois átrios, que recebem o sangue que volta do corpo e dos pulmões, e os dois ventrículos, que o bombeiam com força para fora.
Os vasos sanguíneos funcionam como as vias desse sistema. Dessa forma, as artérias são os vasos mais fortes e elásticos, que funcionam como as "vias de ida", levando o sangue rico em oxigênio do coração para o restante do corpo.
As veias, por sua vez, são as "vias de volta", trazendo o sangue já utilizado de volta ao coração. Conectando as duas, existem os capilares, vasos microscópicos onde ocorre a mágica: a entrega de oxigênio e nutrientes às células e a coleta de resíduos.
Essa circulação funciona em um circuito duplo e constante. Na circulação pulmonar, o coração envia o sangue sem oxigênio para os pulmões, onde ele é reabastecido. Na circulação sistêmica, o coração bombeia esse sangue agora oxigenado para todo o organismo.
Manter a integridade e a eficiência deste fluxo é vital. Quando um de seus componentes é comprometido, surgem as doenças do sistema cardiovascular.
O primeiro passo para a prevenção dessas doenças é conhecê-las. A mais comum é a Hipertensão Arterial, ou pressão alta, uma condição crônica definida pela força constantemente elevada do sangue contra as paredes das artérias.
Essa sobrecarga contínua em todo o sistema a torna perigosa porque, na maioria dos casos, ela não apresenta sintomas claros em suas fases iniciais, sendo conhecida como a "inimiga silenciosa"
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, estima-se que cerca de 20 milhões de brasileiros convivam com a condição. Esse número expressivo mostra como as alterações do ritmo cardíaco são comuns.
Por isso, é fundamental estar atento a sinais como palpitações frequentes, tonturas ou desmaios. A atitude mais segura é sempre procurar uma avaliação médica para entender a origem do sintoma e cuidar da saúde elétrica do coração.
Enquanto o infarto é uma emergência que afeta o coração, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando o problema de circulação atinge o cérebro e seus sinais também costumam ser súbitos.
Existe uma forma prática e reconhecida internacionalmente para ajudar a identificar os sinais rapidamente, que no Brasil foi adaptada como o “teste SAMU”. A sigla utiliza o nome do nosso Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para facilitar a memorização dos passos.
Originalmente, esse teste surgiu como o protocolo FAST (Face, Arms, Speech, Time), criado por instituições como a American Stroke Association, com foco na identificação rápida dos sinais de AVC isquêmico. A versão brasileira mantém os mesmos princípios, mas adapta a sigla para a realidade local.
Funciona da seguinte forma:
A avaliação cardiológica não deve esperar por um sintoma. Como muitas doenças do sistema cardiovascular se desenvolvem silenciosamente, a prevenção ativa é a estratégia mais inteligente.
A recomendação é que homens a partir dos 40 anos e mulheres a partir dos 45 anos, mesmo sem sintomas, iniciem um acompanhamento regular. Se houver fatores de risco, como histórico familiar de doença cardíaca precoce, essa conversa deve começar ainda mais cedo.
A consulta preventiva é uma conversa aprofundada sobre seu estilo de vida e histórico de saúde, seguida de um exame físico.
Para compor o quadro de risco, o médico solicita exames como o eletrocardiograma (ECG), para ver a atividade elétrica do coração; dosagens de colesterol e glicemia no sangue; e, se necessário, testes como o teste ergométrico (teste de esforço) ou o ecocardiograma (ultrassom do coração).
As doenças cardiovasculares, em sua maioria, não são uma sentença, mas sim o resultado de uma história construída ao longo de anos. Cada escolha de hoje, o prato que você monta, a caminhada que você faz, a decisão de não fumar, a consulta que você não adia, é um investimento direto na qualidade e na duração da sua vida futura.
A prevenção é a construção diária de uma saúde mais forte, para que o motor da sua vida continue funcionando com força e precisão em cada etapa da jornada.
Referências Bibliográficas:
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Cardiovascular diseases. Geneva: WHO, 2023. Disponível em: <https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cardiovascular-diseases-(cvds>. Acesso em: 29 jul. 2025.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Doenças Cardiovasculares: Principal Causa de Morte no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/setembro/doencas-cardiovasculares-sao-a-principal-causa-de-morte-no-brasil. Acesso em: 29 jul. 2025.
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