24/03/2025
Revisado em: 03/04/2025
Manchas na pele podem ser sinais de diversas condições dermatológicas, muitas vezes refletindo reações alérgicas, infecções ou doenças mais complexas.
Embora muitas dessas manchas sejam inofensivas, outras podem indicar problemas mais graves, como o câncer de pele.
A identificação precoce das causas dessas manchas é essencial para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações.
Neste texto, exploraremos as principais doenças com manchas na pele, os tipos mais comuns, os sintomas, o diagnóstico e a importância de cuidados preventivos.
Doenças com manchas na pele são condições dermatológicas caracterizadas pelo aparecimento de alterações na coloração, forma ou textura da pele.
Essas manchas podem ser causadas por diversos fatores, como reações alérgicas, infecções, distúrbios autoimunes, deficiências nutricionais e até exposição excessiva ao sol.
As manchas podem variar em cor, tamanho, forma e localização, sendo muitas vezes indicativas de doenças que necessitam de diagnóstico e tratamento adequado.
Existem diversos tipos de doenças com manchas na pele, porém, cada uma delas tem suas características específicas. Veja alguns exemplos:
Melasma: caracteriza-se por manchas escuras, geralmente no rosto, que são causadas por alterações hormonais, exposição ao sol ou uso de contraceptivos.
Lúpus: uma doença autoimune que pode gerar manchas vermelhas e em forma de borboleta, principalmente nas bochechas e no nariz.
Psoríase: causa manchas vermelhas e escamosas na pele, frequentemente em áreas como cotovelos, joelhos e couro cabeludo.
Vitiligo: uma condição em que ocorre a perda de pigmentação da pele, resultando em manchas brancas, frequentemente em áreas expostas ao sol.
Dermatite de contato: a reação alérgica a substâncias pode gerar manchas vermelhas e irritações na pele, com coceira intensa.
Câncer de pele: algumas formas de câncer, como o melanoma, podem aparecer inicialmente como manchas irregulares, de cor variada e com bordas irregulares.
Manchas de sol (lentigos solares): são manchas escuras que surgem devido à exposição excessiva aos raios UV ao longo dos anos.
O diagnóstico das doenças com manchas na pele é feito principalmente por meio de uma avaliação clínica, onde o médico observa o tipo de mancha, sua localização, histórico médico do paciente e fatores desencadeantes.
Em alguns casos, exames adicionais, como biópsias da pele, testes de alergia, ou exames de sangue, podem ser necessários para confirmar a condição.
O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. Para manchas persistentes ou suspeitas, é recomendada a consulta com um dermatologista.
Recentemente, as redes sociais foram tomadas pela fotografia de uma senhora de 92 anos que, ao longo da vida, utilizou filtro solar apenas no rosto, deixando o pescoço exposto.
No registro – que faz parte de um artigo científico do Jornal da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (em tradução livre) – é possível ver que a área sem proteção apresenta várias manchas de pele. Isso acendeu a conversa sobre cuidados dermatológicos que devem fazer parte da nossa rotina.
Agora, com as férias de verão, a verdade é que quando o sol aparece e o termômetro sobe, todo mundo quer se refrescar. Por isso, entidades médicas intensificam o alerta sobre o câncer de pele, pois em busca da “marquinha", muitas pessoas deixam de se proteger.
O câncer de pele é o tumor maligno de maior incidência sobre a população brasileira, o que corresponde a 30% de todas as neoplasias registradas no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, de 2014 a 2021, pelo menos 205 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença. Destas, cerca de 32 mil foram vítimas fatais.
O problema tem origem na multiplicação de células anormais na derme (camada intermediária da pele) e epiderme (superficial), e se divide em dois grandes grupos: melanomas e não melanomas.
Subtipo mais comum entre os tumores de pele, sendo os mais frequentes os carcinomas basocelulares e os carcinomas epidermoides. Geralmente, sua evolução é mais lenta e tende a não fazer metástase. Entretanto, pode necessitar de remoções cirúrgicas extensas caso não seja tratado a tempo.
Tem origem nas células que produzem a melanina e representa cerca de 3% dos casos de câncer de pele. É mais predominante em pessoas brancas e pode se manifestar em qualquer parte do corpo.
Costuma ser mais agressivo e tem a capacidade de se disseminar para outros órgãos do corpo (como pulmão, fígado e sistema nervoso central), por isso, especialmente nesses casos, o diagnóstico precoce é fundamental para a eficácia do tratamento e a possibilidade de erradicação da doença.
As manchas de câncer de pele podem ter aparência translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida.
Além disso, as pintas castanhas ou pretas (mesmo que antigas) podem mudar de cor ou textura.
Felizmente a maioria dos cânceres de pele são do tipo não melanoma e recebem diagnóstico quando ainda estão no início, sendo a cirurgia para retirada de lesão ou pinta o principal tratamento - com altas taxas de cura.
No entanto, o tratamento pode variar de acordo com o subtipo do câncer de pele. Por exemplo, no caso dos melanomas e carcinomas escamosos, que são a minoria, é necessário maior cuidado e essa avaliação deve ser feita por uma equipe de oncologia especializada.
Além de intervenção cirúrgica, pode ser indicado o estudo e retirada de alguns gânglios (linfonodos) próximos à lesão, para avaliar se alguma célula do câncer está comprometendo essas estruturas.
Nas doenças mais avançadas em que a cirurgia não é possível; quadros de metástase ou em tumores maiores que foram operados, mas tem maior risco de recidiva, a avaliação do oncologista determina se há necessidade de tratamento complementar, como quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia.
Organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a campanha Dezembro Laranja promove ações que informam sobre o câncer de pele, incluindo prevenção, sintomas e tratamento.
Segundo a Dra. Cecília, dermatologista da Rede Américas, para prevenir o quadro é preciso evitar exposição solar entre 10h e 16h e utilizar filtro solar com fator superior a 15. “Chapéus também são uma boa pedida!", conclui a especialista.
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