04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Sensação de sufocamento pode revelar desde crises emocionais até emergências silenciosas no organismo
Sentir falta de ar é uma experiência incômoda e, em alguns casos, pode ser assustadora.
A dispneia, termo médico para essa sensação, vai muito além do simples “fôlego curto” após um exercício físico. É um sintoma que pode indicar desde condições passageiras até doenças graves, exigindo atenção e investigação médica.
O que é dispneia?
A dispneia é definida como a dificuldade em respirar ou a sensação de respiração desconfortável e trabalhosa. É importante ressaltar que a dispneia é um sintoma, e não uma doença em si. Ela representa a percepção subjetiva do indivíduo em relação ao seu padrão respiratório, podendo ser descrita de diversas formas: aperto no peito, sufocamento, respiração ofegante, dificuldade para inspirar ou expirar, ou a sensação de que não está recebendo ar suficiente.
É fundamental diferenciar a dispneia da respiração ofegante normal que ocorre após atividades físicas intensas. A dispneia é caracterizada pelo desconforto respiratório desproporcional ao esforço realizado ou que surge mesmo em repouso.
As causas da dispneia abrangem desde condições benignas até patologias graves. Mas as mais comuns são as doenças respiratórias, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumonia, bronquiolite, embolia pulmonar, pneumotórax, derrame pleural e câncer de pulmão.
Nessas condições, a dificuldade de respirar surge devido a obstrução das vias aéreas, inflamação pulmonar, redução da área de troca gasosa ou problemas na pleura (membrana que reveste os pulmões).
Problemas no coração, como insuficiência cardíaca, arritmias, pericardite e doenças cardíacas congênitas, também são causas frequentes de dispneia. A insuficiência cardíaca, em particular, causa acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar), dificultando a respiração.
Outras possíveis causas de dispneia são:
Em casos mais raros, doenças neurológicas que afetam os músculos respiratórios ou o centro respiratório no cérebro podem levar à dispneia.
Embora a dispneia possa ser um sintoma de condições leves e passageiras, em muitos casos, ela indica um problema de saúde subjacente que precisa de atenção médica. É importante ficar atento aos sinais de alerta e procurar ajuda profissional quando:
Quando a falta de ar surge de repente e é muito forte, especialmente se acompanhada de dor no peito, tontura, sudorese intensa ou cianose (lábios e pele azulados), pode ser um sinal de emergência médica como embolia pulmonar, infarto agudo do miocárdio ou pneumotórax.
Se a falta de ar se torna cada vez mais frequente e intensa ao longo do tempo, mesmo com pequenos esforços ou em repouso, é importante investigar a causa, pois pode indicar o agravamento de uma doença crônica ou o desenvolvimento de uma nova condição.
A presença de outros sintomas como tosse persistente, chiado no peito, febre, perda de peso inexplicada, inchaço nas pernas, palpitações, dor no peito ou expectoração com sangue, são sinais de alerta que exigem avaliação médica imediata.
Pessoas que já possuem doenças cardíacas ou pulmonares, como asma, DPOC ou insuficiência cardíaca, devem ter atenção redobrada à dispneia, pois pode indicar uma exacerbação da doença de base.
As doenças respiratórias são as causas mais comuns de dispneia. A dificuldade respiratória é, muitas vezes, o principal sintoma que leva pacientes com problemas pulmonares a buscar atendimento médico.
Na asma, por exemplo, a dispneia ocorre devido à inflamação e estreitamento dos brônquios, dificultando a passagem do ar. Na DPOC, a destruição dos alvéolos pulmonares e a obstrução das vias aéreas levam à dificuldade de expirar o ar e à sensação de falta de ar. Já a pneumonia causa inflamação e acúmulo de secreção nos pulmões, prejudicando a troca gasosa e gerando dispneia.
O tratamento da causa subjacente da dispneia é fundamental. Por exemplo, em casos de asma, o tratamento pode incluir broncodilatadores e corticosteroides inalatórios. Em pacientes com insuficiência cardíaca, o tratamento pode envolver medicamentos para fortalecer o coração e reduzir o acúmulo de líquidos. Em casos de anemia, a suplementação de ferro pode ser necessária.
Em situações de dispneia grave ou quando a oxigenação do sangue está comprometida, a oxigenoterapia pode ser indicada para fornecer oxigênio suplementar e aliviar a falta de ar. A administração de oxigênio pode ser feita por meio de cateter nasal, máscara facial ou outros dispositivos.
Programas de reabilitação pulmonar podem beneficiar pacientes com doenças respiratórias crônicas que apresentam dispneia persistente. Esses programas incluem exercícios respiratórios, treinamento físico, orientações sobre o manejo da doença e suporte psicossocial.
Em alguns casos, medicamentos específicos podem ser utilizados para aliviar os sintomas da dispneia, como broncodilatadores (para abrir as vias aéreas), mucolíticos (para fluidificar as secreções) e ansiolíticos (para reduzir a ansiedade associada à falta de ar).
A dispneia que surge em repouso, ou seja, sem que a pessoa esteja realizando nenhum esforço físico, é um sinal de alerta importante e que merece atenção médica imediata. As causas podem ser as mesmas que as gerais de dispneia, mas a presença da falta de ar mesmo sem esforço físico aumenta a probabilidade de condições mais sérias como:
Diante da dispneia em repouso, é crucial procurar atendimento médico de emergência para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível.
Embora nem sempre seja possível prevenir a dispneia, especialmente quando ela é causada por doenças crônicas, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco e a intensidade da falta de ar em algumas situações:
Além disso, consultas periódicas e exames de rotina permitem a detecção precoce de condições que possam levar à dispneia.
Procure ajuda médica sempre que a dispneia surgir ou se agravar, especialmente se apresentar os sinais de alerta mencionados anteriormente. Não hesite em buscar atendimento médico se você:
Dispneia é o termo usado para descrever a sensação subjetiva de dificuldade em respirar ou respiração desconfortável. Não é uma doença, mas sim um sintoma que pode indicar uma variedade de condições, desde problemas respiratórios e cardíacos até ansiedade e obesidade.
Dispneia se refere à dificuldade ou desconforto ao respirar. Já a apneia significa a interrupção da respiração por um período de tempo, geralmente superior a 10 segundos.
A apneia mais comum é a apneia obstrutiva do sono, caracterizada por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas durante o sono, levando a pausas na respiração e ronco alto.
Os sintomas mais comuns incluem:
Diferenciar a dispneia pulmonar da cardíaca pode ser um desafio, pois os sintomas podem se sobrepor. Mas alguns sinais podem ajudar a distinguir entre as duas condições:
Se você sentir falta de ar, procure um médico para investigar a causa e receber o tratamento correto.
POPULARES EM SINTOMAS
Os conteúdos mais buscados sobre Sintomas
Hipotireoidismo: sintomas e tratamento adequado
Uso de medicamentos e ajustes na alimentação são as melhores formas de tratar
Leia maisHipertireoidismo: sintomas e opções de tratamento
Entender os sinais e fazer o tratamento adequado pode fazer toda diferença na qualidade de vida
Leia maisFraqueza no corpo: causas e quando investigar
Sensação persistente de perda de força pode ser sinal de doenças neurológicas e exige atenção médica
Leia mais