28/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
É importante saber reconhecer os principais sintomas de cada doença para buscar pelo atendimento especializado
A diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo é importante de ser compreendida, pois ambas as condições envolvem alterações na função da tireoide, uma glândula localizada na parte anterior e inferior do pescoço, que tem um papel fundamental no controle do metabolismo e na produção de hormônios essenciais para o corpo.
Embora ambos os distúrbios estejam relacionados ao mau funcionamento dessa glândula, eles têm causas, sintomas e tratamentos distintos.
Continue a leitura para entender as principais características que os diferenciam e o quanto é essencial buscar o atendimento especializado adequado, garantindo um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
A tireoide produz os hormônios tireoidianos, que são responsáveis por várias atividades do corpo, principalmente aquelas relacionadas com a taxa de metabolismo de diversos órgãos e sistemas.
O aumento da secreção dos hormônios tireoidianos é o hipertireoidismo, enquanto sua secreção diminuída é o hipotireoidismo. As manifestações clínicas de cada patologia são bem diferentes.
O Dr. Alexandre Bezerra, endocrinologista da Rede América, explica como identificar o hipertireoidismo e o hipotireoidismo, por meio dos principais sintomas.
E caso se perceba o surgimento de um ou mais sinais, é fundamental procurar atendimento médico para a realização de exames e a obtenção de um diagnóstico preciso.
As principais causas de hipotireoidismo incluem doenças autoimunes - como a tireoidite de Hashimoto -, deficiências nutricionais (como a falta de iodo), tratamentos médicos (como a remoção da tireoide ou uso de iodo radioativo), medicamentos e problemas hormonais relacionados à hipófise ou hipotálamo.
A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que o sistema imunológico do corpo ataca a glândula tireoide, causando inflamação e comprometendo sua capacidade de produzir hormônios de forma adequada. É a principal causa de hipotireoidismo em muitos países.
A doença pode ocorrer porque o sistema imunológico produz anticorpos contra a tireoide, o que leva à destruição gradual das células tireoidianas. Isso resulta em uma produção insuficiente de hormônios tireoidianos, o que pode levar aos sintomas do hipotireoidismo.
De acordo com o Dr. Alexandre Bezerra, um dos sintomas mais importantes do hipotireoidismo é o aumento de peso, que costuma ser revertido após o tratamento adequado.
O que leva à obesidade é uma associação de efeitos, como fatores hereditários, ingestão calórica, sedentarismo e controle hipofisário de hormônios que promovem fome e saciedade. Mas uma alimentação balanceada contribui para a manutenção de um peso saudável.
As principais causas de hipertireoidismo incluem:
Cada uma dessas condições pode afetar a tireoide de maneira diferente, mas todas levam ao aumento da produção de hormônios tireoidianos e ao desenvolvimento dos sintomas do hipertireoidismo.
A Doença de Graves é uma condição autoimune que é a principal causa de hipertireoidismo. Nela, o sistema imunológico produz anticorpos (principalmente os anticorpos contra o receptor de TSH) que estimulam a glândula tireoide a produzir hormônios em excesso, resultando em um aumento da atividade metabólica do corpo.
Essa doença pode ser controlada com tratamento adequado, embora possa causar complicações se não for tratada, como problemas cardíacos e, em casos raros, uma crise tireotóxica (emergência médica). Com o tratamento, a maioria das pessoas pode levar uma vida normal.
O diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo é feito principalmente através de exames de sangue, que medem os níveis de hormônios produzidos pela glândula tireoide. Além disso, o médico também pode considerar os sintomas clínicos do paciente.
Aqui estão os principais testes usados para diagnosticar essas condições:
Para o hipertireoidismo, o tratamento inicial é a indicação de medicamentos que reduzem a produção hormonal da glândula. Quando ocorrem quadros mais avançados, pode ser indicado o uso de iodo radioativo ou cirurgia de retirada da tireoide.
Já em relação ao hipotireoidismo, o principal tratamento é a reposição hormonal. A levotiroxina (T4 sintética) é o medicamento mais comum utilizado para repor os hormônios tireoidianos que a glândula não está produzindo em quantidade suficiente.
Além desses tratamentos, a monitorização contínua dos níveis hormonais é essencial para ajustar o tratamento conforme a resposta do paciente. Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas com hipertireoidismo pode controlar a condição e levar uma vida normal.
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