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Uma dúvida comum na gestação. Saiba diferenciar um desconforto passageiro de um sinal de alerta para a sua saúde e a do bebê.

Uma mudança inesperada na rotina intestinal durante a gravidez pode gerar muitas dúvidas e ansiedade. É compreensível que qualquer sintoma diferente acenda um alerta. Embora episódios de diarreia sejam relativamente frequentes entre gestantes, é crucial entender a diferença entre um evento isolado e uma condição que exige atenção médica.
É preciso considerar que a diarreia, em qualquer fase da vida, pode ser uma condição que atrapalha a absorção de nutrientes importantes. Episódios repetidos podem, inclusive, levar a problemas de saúde mais sérios.
Diversos fatores podem levar a um quadro de diarreia na gestação. O corpo passa por transformações intensas e o sistema digestivo muitas vezes reflete essas mudanças.
Ginecologistas obstetras podem acompanhar a gravidez em mulheres de acordo com o tipo. A Rede Américas possui especialistas renomados atendendo em vários hospitais brasileiros.
As flutuações hormonais, especialmente de progesterona e prostaglandinas, podem alterar a motilidade intestinal. Em algumas mulheres, isso causa constipação, mas em outras, pode acelerar o trânsito intestinal, resultando em fezes mais líquidas e frequentes.
Durante a gravidez, muitas mulheres ajustam a dieta para garantir a nutrição do bebê, introduzindo mais fibras, frutas e laticínios. Essas mudanças, embora saudáveis, podem sobrecarregar o sistema digestivo temporariamente. Além disso, as vitaminas pré-natais, especialmente as ricas em ferro, podem ter a diarreia como efeito colateral em algumas gestantes.
O sistema imunológico da gestante fica naturalmente mais suprimido para não rejeitar o feto. Essa condição, contudo, a torna mais suscetível a infecções virais ou bacterianas. A contaminação por alimentos ou água, conhecida como intoxicação alimentar, é uma causa comum de diarreia aguda e requer cuidado redobrado com a higiene e o preparo das refeições.
Essa é a principal preocupação das futuras mães. Um episódio de diarreia leve e de curta duração geralmente não representa um risco direto para o bebê. O feto está bem protegido no útero e continua recebendo nutrientes através da placenta. No entanto, casos graves de diarreia são perigosos, pois podem causar desidratação, que é a perda de líquidos e sais importantes, e até mesmo desnutrição, afetando significativamente a qualidade de vida.
O maior perigo da diarreia aguda, especialmente se for aquosa e persistir por vários dias, é a desidratação e a perda de eletrólitos. Essa condição exige atenção imediata, pois a desidratação grave pode levar a complicações sérias.
A perda excessiva de líquidos e eletrólitos (sais minerais como sódio e potássio) pode diminuir o volume sanguíneo, afetando o fluxo de sangue para a placenta. Em casos graves e prolongados, a desidratação pode levar a contrações e, em situações extremas, ao trabalho de parto prematuro.
Leia também: O que pode ser dor no estômago durante o terceiro semestre de gravidez
A automedicação é contraindicada na gravidez. O foco do tratamento caseiro, sempre após contato com o médico, é manter o corpo hidratado e nutrido de maneira leve, permitindo que o sistema digestivo se recupere.
Beba líquidos em abundância e em pequenos goles ao longo do dia. As melhores opções são:
Opte por refeições pequenas e frequentes. Uma dieta branda ajuda a "acalmar" o intestino. Alimentos recomendados incluem:
Para não agravar o quadro, é prudente evitar certos alimentos e bebidas até que o intestino se normalize:
Apesar de comum, a diarreia não deve ser subestimada. Entre em contato com seu obstetra ou procure atendimento médico imediatamente se apresentar qualquer um dos seguintes sinais. A procura por um serviço de saúde devido à diarreia já sinaliza um quadro mais sério, visto que as unidades hospitalares geralmente registram os casos mais graves.
Esses sintomas podem indicar uma infecção mais séria ou outra complicação que necessita de avaliação e tratamento adequados para garantir a sua segurança e a do seu bebê.
Sim, é possível. No terceiro trimestre, o corpo começa a liberar prostaglandinas, hormônios que ajudam a amadurecer o colo do útero para o parto. Essas mesmas substâncias podem estimular o intestino, causando fezes mais moles ou diarreia.
Para algumas mulheres, esse pode ser um dos primeiros sinais de que o trabalho de parto está se aproximando. Contudo, nem toda diarreia no final da gestação significa que o bebê vai nascer. Observe a presença de outros sinais, como contrações regulares e a perda do tampão mucoso, e mantenha seu médico informado.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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