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Derrame cerebral: quais são os sintomas e o que fazer em caso de suspeita?

O atendimento rápido é crucial para reduzir os riscos de sequelas e óbito.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame cerebral, como é popularmente conhecido, é uma das principais causas de óbito no mundo inteiro. 

Os números são chocantes: cerca de 70% dos pacientes não conseguem retomar sua rotina profissional e aproximadamente 50% passam a precisar de ajuda no dia a dia. 

derrame cerebral

Além disso, o Ministério da Saúde contabiliza mais de 90 mil mortes por ano, o que significa que uma pessoa falece a cada cinco minutos, decorrente do derrame cerebral. 

Com a ajuda da Dra. Letícia Costa Rebello, neurologista, vamos entender melhor o que é AVC e quais são seus sintomas e tratamentos.

O que é derrame cerebral?

O derrame cerebral é caracterizado pela interrupção de circulação sanguínea no cérebro, que pode ter origem no entupimento (isquêmico) ou rompimento (hemorrágico) dos vasos sanguíneos.

Quando se trata de derrame cerebral, o atendimento médico ágil é imprescindível, uma vez que, quanto mais rápido for tratado, maiores são as chances de recuperação e menor o risco de sequelas permanentes. 

O derrame cerebral pode acontecer de duas maneiras: AVC isquêmico e AVC hemorrágico. Confira como acontece cada um. 

AVC isquêmico

O derrame cerebral isquêmico ocorre por conta do bloqueio de artérias, o que impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais, que acabam morrendo. 

“Pode ter relação a doenças cardíacas, alterações dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro e outras disfunções que promovem o deslocamento de uma parte do trombo e acabam bloqueando a circulação cerebral”, relata a médica. 

O AVC isquêmico é o tipo mais comum, representando 85% de todos os casos de derrame.

AVC hemorrágico

O derrame cerebral do tipo hemorrágico é resultado do rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, que provoca hemorragia interna do tecido ou na superfície entre o cérebro e a meninge. 

Apesar de ser menos frequente do que o AVC isquêmico, o derrame hemorrágico causa mais mortes. As principais causas desse tipo derrame são pressão alta descontrolada, diabete não estabilizada e a ruptura de um aneurisma. 

O que causa o derrame cerebral?

Os principais aspectos para o derrame cerebral são os fatores de risco cardiovasculares, reconhecidos por:

  • Pressão alta;
  • Diabete;
  • Colesterol alto;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Arritmias cardíacas.

“Embora o AVC seja mais comum em pacientes idosos, é possível notar que, nos últimos anos, tem crescido o número de jovens também atingidos pelo quadro”, afirma a Dra. Letícia. 

Quais são os sintomas de derrame cerebral?

É fundamental conhecer quais são os sintomas de derrame cerebral, para saber como agir imediatamente caso presencie a situação.

  • Alterações da fala, caracterizadas pela dificuldade de se expressar ou de articular palavras;
  • Perda de força e de sensibilidade em um lado do corpo;
  • Boca torta, observável ao pedir para a pessoa sorrir;
  • Perda de visão em um ou nos dois olhos;
  • Dor de cabeça diferente da habitual, súbita e de forte intensidade (muitas vezes, descrita como a pior dor da vida).

É muito importante saber identificar os sintomas de derrame cerebral para agir imediatamente caso presencie a situação.

O que fazer em caso de suspeita de derrame?

Os sintomas de AVC são iguais, independentemente do tipo e do gênero do paciente. Em caso de suspeita, siga os seguintes passos:

  • Sorriso – peça para que a pessoa sorria e observe se o sorriso não está torto;
  • Abraço – a fraqueza causada pelo derrame impede que o paciente levante os dois braços;
  • Música/mensagem – a pessoa vítima de derrame não consegue falar ou cantar por conta da dificuldade neurológica representada pelo comprometimento da fala e coerência;
  • Urgência – chame o serviço de emergência se os testes acima forem positivos.

“O tempo é o maior inimigo de um paciente com AVC. Dessa forma, o tema da Campanha Mundial de AVC de 2022 foi #tempoprecioso, com o objetivo de chamar atenção para a necessidade de reduzir o tempo de tratamento e, assim, diminuir o impacto da doença”, alerta a médica. 

Existe tratamento para AVC?

Segundo a Dra. Letícia Rebello, “o AVC tem tratamento, e quanto mais rápido o paciente acometido for tratado, maiores são as chances de recuperação. Para isso, o tempo de atendimento é crucial para frear a evolução do AVC e aumentar as chances de uma vida sem sequelas”. 

O tratamento para derrame cerebral deve ocorrer prontamente após a identificação e será individualizado de acordo com cada caso. “Podemos utilizar medicamentos para a ‘dissolução’ do coágulo, cateterismo cerebral ou cirurgia”, finaliza a neurologista.

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