21/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
Leia mais para saber o que é essa condição, quais são os sintomas e a melhor forma de tratamento
Você sabia que corrimento vaginal é a causa mais frequente de consulta ao ginecologista? No entanto, muitas pacientes se queixam dessa condição, quando na verdade possuem apenas a secreção vaginal normal, produzida naturalmente em todas as mulheres.
Para entender melhor sobre esse assunto, acompanhe nosso artigo que esclarecerá todas suas dúvidas sobre corrimento vaginal.
O corrimento vaginal verdadeiro se caracteriza por alterações nas características da secreção vaginal natural. A secreção vaginal é uma substância produzida pelas glândulas da vulva, da vagina e do colo do útero, com a função de proteger e lubrificar essas regiões.
No entanto, o corrimento patológico ocorre quando há uma alteração nessa secreção, como um aumento na quantidade, mudança de cor, consistência ou odor.
Essas alterações podem ocorrer devido à proliferação anormal de micro-organismos que pertencem à flora vaginal ou que foram adquiridos por meio de relações sexuais, como os micro-organismos responsáveis pelas vulvovaginites.
É importante diferenciar o corrimento patológico da secreção vaginal fisiológica, que é considerada normal e saudável.
A secreção vaginal fisiológica pode variar em quantidade e aparência conforme a fase do ciclo menstrual e as etapas da vida da mulher, como a adolescência, a gravidez e a menopausa. Após a menopausa, por exemplo, a secreção tende a diminuir devido à queda nos níveis hormonais.
A secreção vaginal fisiológica é geralmente inodora, transparente ou branca, com uma consistência mucosa e homogênea.
Durante o ciclo menstrual, ela pode tornar-se um pouco mais espessa ou mais líquida, dependendo do momento do ciclo. Essa secreção é um reflexo da saúde vaginal e serve para manter o equilíbrio da flora vaginal, evitando infecções.
Os principais corrimentos nas mulheres são a candidíase vulvovaginal e a vaginose bacteriana. Vamos entender um pouco sobre elas.
É a causa de 40% a 50% das vulvovaginites e é desencadeada por um desequilíbrio não explicado da flora vaginal, resultando em diminuição acentuada dos lactobacilos presentes na vagina de todas as mulheres e aumento excessivo das bactérias anaeróbicas também comuns à vagina. Merece destaque como organismo causador a bactéria Gardnerella vaginalis.
Esta anomalia se apresenta como um corrimento vaginal homogêneo, branco-acinzentado, algumas vezes bolhoso e com odor fétido, especialmente após relação sexual ou no período menstrual.
O tratamento é feito com antibiótico via vaginal em forma de pomadas ou via oral com comprimidos e não é necessário tratar o parceiro.
A candidíase vulvovaginal é caracterizada pela infecção da vulva e da vagina pelas várias espécies de Cândida, um tipo de fungo. Merece destaque a Candida albicans, fungo que habita a vagina de um terço das mulheres. Esta é a segunda maior causa de corrimento vaginal.
A principal queixa é de coceira na vulva e na vagina, associada a um corrimento branco, denso e inodoro, com aspecto de “leite coalhado” ou papel picado. A mulher pode apresentar vermelhidão e ardor dos órgãos genitais externos, dor ao urinar e durante as relações sexuais.
O tratamento é feito com antifúngicos, geralmente local, com o uso de cremes vaginais específicos, ou pode ser feito via oral, com comprimidos. O parceiro não precisa ser tratado a não ser que tenha sintomas ou que a mulher tenha apresentado quatro ou mais episódios no ano.
O diagnóstico dos corrimentos se dá através da história da paciente e exame ginecológico em consulta médica pela ginecologista. Em casos de dúvidas, podem ser necessários exames complementares como cultura da secreção vaginal, entre outros.
Na dúvida, procure sempre seu ginecologista. Ele poderá tirar suas dúvidas e tratá-la sempre que for necessário.
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