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Covulsão: o que é, sintomas, tratamentos e quando buscar ajuda médica

Entenda o que é convulsão e por que é importante saber identificar os sintomas para agir rápido.

Convulsão é o termo utilizado para descrever um tipo de crise epiléptica, caracterizada pela perda de consciência e abalos nos quatro membros. Você sabe por que ela acontece e o que fazer quando presenciamos uma crise?

convulsão

A Dra. Ana Carolina Zetehaku, médica neurologista, explica o que são as crises epilépticas, quais são as causas e o que fazer diante dessa emergência médica. Confira e saiba mais!

O que é convulsão?

Conforme a explicação da Dra. Ana Carolina, convulsão é um termo leigo utilizado para descrever um tipo de crise epiléptica. Inicialmente, é preciso entender o que são as crises epilépticas: 

“As crises epilépticas são um conjunto de sinais e sintomas transitórios que ocorrem em decorrência da atividade neuronal excessiva. Elas podem ter início focal ou generalizado, desconhecido ou não classificado em um primeiro momento. Além disso, podem ter sintomas motores e não motores, levar ou não a um comprometimento da consciência e até sua perda total”.

O termo convulsão se refere ao tipo de crise epiléptica chamada tônico-clônica. Nessa crise ocorre perda de consciência, um curto período de rigidez, seguida por movimentos involuntários nos quatro membros. 

Durante as crises de convulsão, o paciente pode apresentar hipersalivação (produção excessiva de saliva), mordedura de língua e descontrole da bexiga e do intestino.

“Cabe ao médico identificar se a convulsão corresponde a uma crise provocada por uma situação específica, como um quadro infeccioso, episódios de intoxicação ou distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, que justifiquem tal episódio. Nesses casos, trata-se a causa da crise; assim, há grandes chances de o paciente não ter novos episódios semelhantes\", conta a médica.

Nos casos em que não há justificativas para as crises, é necessário avaliar a possibilidade de um diagnóstico de epilepsia. É importante lembrar que a epilepsia é a doença neurológica identificada com maior predisposição do cérebro de gerar as crises epilépticas, entre elas, a convulsão.

“Portanto, é muito importante identificar a crise epiléptica, caracterizada por uma convulsão ou não, e também entender o motivo que a provocou\", explica a médica. 

Quais são os tipos de crises epilépticas existentes?

Existem diferentes tipos de crises. Segundo a Dra. Ana Carolina, “a crise de início generalizado começa em um ponto do cérebro e logo se propaga para ambos os hemisférios cerebrais”.  

Nesse caso, as crises são caracterizadas como:

  • Choques (mioclonias);
  • Ausências, com o comprometimento da consciência e sem sintomas motores;
  • Crises tônico-clônicas, embora outras características possam aparecer.  

Tratando-se de crises de início focal, dependendo do lugar em que acontece ativação neuronal em excesso, os sintomas podem ter outras características:

  • Motoras – movimentos involuntários repetitivos;
  • Sensitivas – formigamento, redução da sensibilidade;
  • Visuais – flashes de luz;
  • Psíquicas – déjà-vu (sensação de já ter visto uma cena ou vivido uma experiência);
  • Autonômicas – sudorese, taquicardia.

Os sintomas podem ser notáveis aos pacientes, porém também podem estar associados a diferentes graus de deficiência da consciência. Além disso, essas situações podem evoluir para o dano de ambos os lados do cérebro posteriormente, levando às crises tônico-clônicas mencionadas.

“A convulsão seria apenas um tipo de crise epiléptica entre tantas outras, e é por isso que, durante a investigação do evento, é imprescindível a compreensão dos diversos sintomas relatados pelo paciente ou mesmo por seu acompanhante\", destaca a médica.

O que é convulsão febril?

A convulsão febril é provocada por febre acima de 38 graus em crianças entre 6 meses e 5 anos. Geralmente, acontece entre 12 e 18 meses de vida. Normalmente, essas crises são generalizadas, ou seja, comprometem as duas partes do corpo.

 Cerca de 90% das convulsões desse tipo são simples, duram em torno de 15 minutos e não acontecem novamente num período de 24 horas. As convulsões febris acontecem através de infecções por vírus ou bactérias, e, em alguns casos, após a vacinação.

O que pode ocasionar a convulsão?

As convulsões são ocasionadas por muitos fatores diferentes, mas existem algumas causas principais que acarretam o acontecimento da crise. 

  • Infecções;
  • Distúrbios metabólicos como hipoglicemia/hiperglicemia;
  • Intoxicação por produtos químicos;
  • Uso de drogas;
  • Bebidas alcoólicas em excesso;
  • Reação a medicamentos e suspensão abrupta de medicações;
  • Epilepsia, que pode ser secundária a tumores, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou outras lesões estruturais cerebrais, ou ser idiopática, ou seja, sem causa definida.

Portanto, ao identificar qualquer fator que pode ocasionar as crises de convulsão, busque ajuda médica imediatamente.

Quais são os sinais e sintomas da convulsão?

Durante as crises de convulsão, ou seja, uma crise tônico-clônica, existem alguns sintomas mais comuns nesses casos. 

  • Perda da consciência;
  • Abalos motores;
  • Postura rígida dos quatro membros;
  • Muita salivação;
  • Desvio do olhar e da cabeça.

Atente-se aos sintomas da convulsão. É essencial que os primeiros socorros sejam feitos com agilidade, para que o quadro não se agrave.

O que fazer em caso de convulsão?

Se presenciar uma crise de convulsão, busque atendimento médico de emergência. No tempo em que aguarda socorro, preste atenção para a pessoa em crise não se machucar e mantenha a calma. 

Confira algumas recomendações:

  • Deitar a pessoa no chão, deixando-a de lado, para evitar queda e engasgos durante o evento;
  • Dar espaço para a pessoa, afastando objetos que estejam próximos e que possam causar lesões, como mesas ou cadeiras;
  • Afrouxar as roupas apertadas, especialmente na região do pescoço, como camisas e gravatas;
  • Não tentar introduzir o dedo ou outros objetos na boca do paciente.

Os primeiros socorros são essenciais para manter o paciente estável, mas não substituem o atendimento médico. Portanto, busque a assistência de emergência mais próxima.

Qual o tratamento para convulsão?

O tratamento ideal para convulsão pode ser indicado por um clínico geral ou neurologista. Primeiramente, será feita uma avaliação para saber os motivos da crise. Após a descoberta da causa, poderá ser sugerido o uso de medicamentos adequados para cada caso.  

É muito importante possuir um diagnóstico correto, pois a convulsão é uma condição em que o paciente pode se machucar e, se não for bem conduzida, ocasiona a morte. Por isso, é necessária a identificação precoce, para haver atenção e cuidados precisos.

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