04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Conjuntivite viral: como identificar e tratar corretamente
Olhos avermelhados e sensação de desconforto são alguns dos principais sintomas
A conjuntivite viral é uma inflamação ocular comum, mas contagiosa, que pode ser causada por diferentes tipos de vírus, sendo o adenovírus o responsável por até 90% dos casos.
Embora, em sua maioria, a infecção seja leve e desapareça sem a necessidade de tratamento específico, é importante estar atento aos sintomas e buscar o diagnóstico adequado.
A conjuntivite viral é uma inflamação da conjuntiva, a fina e transparente membrana que cobre a parte branca do olho e a parte interna das pálpebras. Geralmente causado pelo adenovírus, o quadro é contagioso, mas tende a desaparecer sem necessidade de tratamento específico. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com secreções oculares, mãos contaminadas ou objetos usados por uma pessoa infectada, como toalhas e itens de maquiagem.
Esse tipo de infecção pode ocorrer isoladamente ou como parte de um quadro viral mais amplo, como resfriados e outras infecções sistêmicas, incluindo sarampo, catapora, rubéola e caxumba. Em menor frequência, enterovírus e o vírus herpes simplex também podem ser os causadores dessa condição.
Os principais sintomas da conjuntivite viral incluem olhos avermelhados e sensação de desconforto intenso. Em alguns casos, o paciente também pode notar uma secreção esbranquiçada, que faz com que a parte interna da pálpebra fique grudada ao despertar, prejudicando a visão.
Além disso, é comum sentir coceira, irritação semelhante à presença de areia nos olhos, sensibilidade à luz, visão embaçada, inchaço das pálpebras e lacrimejamento excessivo.
Uma característica marcante da doença é que, geralmente, os sintomas começam em um olho e, após alguns dias, se espalham para o outro.
A conjuntivite viral é contagiosa, causada pelo adenovírus, podendo formar uma membrana esbranquiçada na pálpebra e afetar a visão. Já a conjuntivite bacteriana é provocada por bactérias, e se manifesta principalmente por uma secreção amarelada ou esverdeada, sem comprometer a visão.
Por fim, a conjuntivite alérgica não é contagiosa e ocorre devido ao contato com alérgenos, como poeira, sendo mais comum em pessoas com rinite, asma ou que usam lentes de contato sem a higiene adequada. Para se ter ideia, segundo a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), cerca de 20% da população sofre com esse tipo de inflamação. O problema é mais frequente em usuários de lentes de contato que não realizam a higiene adequada.
O diagnóstico da conjuntivite viral deve ser feito por um oftalmologista, que avalia os sintomas e pode recorrer a exames específicos para confirmação. Entre os principais métodos estão a observação das estruturas oculares com a lâmpada de fenda, a análise da secreção ocular por cultura e testes laboratoriais, como imunofluorescência e citologia conjuntival.
Vale destacar que é fundamental evitar a automedicação e buscar orientação profissional para um tratamento adequado.
O uso de medicamentos na conjuntivite viral não costuma ser eficaz, já que a infecção desaparece sozinha. O tratamento mais recomendado é manter a higiene ocular, lavar os olhos regularmente e evitar o contato com secreções. Para aliviar o desconforto, compressas frias e colírios lubrificantes ajudam a hidratar e acalmar a irritação.
A conjuntivite viral costuma durar, em média, 7 dias, período necessário para que o organismo combata o vírus. No entanto, o tempo de recuperação pode variar: pessoas com o sistema imunológico fortalecido podem se recuperar em apenas cinco dias, enquanto indivíduos mais vulneráveis, como crianças e idosos, podem levar até 12 dias para melhorar.
Caso os sintomas persistam por mais tempo ou se intensifiquem, é fundamental buscar orientação médica.
Para evitar o contágio e prevenir surtos de conjuntivite viral, é essencial adotar medidas de higiene e evitar o contato com secreções contaminadas. Por exemplo, recomenda-se não coçar os olhos, lavar as mãos frequentemente, usar toalhas de papel para secar o rosto e trocar as fronhas do travesseiro diariamente. Além disso, quem estiver com a infecção deve evitar locais com aglomeração para impedir a propagação do vírus.
Embora a conjuntivite viral geralmente se resolva sem complicações, em alguns casos pode deixar sequelas na visão. Se não for tratada corretamente, o vírus pode atingir a córnea e causar ceratite, uma inflamação que provoca visão embaçada devido ao acúmulo de células do sistema imunológico.
Em situações extremas, a inflamação pode se espalhar e causar danos graves às células oftalmológicas, resultando em perda de visão, embora esse quadro seja raro e mais comum em pacientes com lesões oculares prévias.
A conjuntivite viral geralmente dura cerca de 7 dias, mas pode variar. Pessoas com o sistema imunológico mais forte podem melhorar em cinco dias, enquanto crianças e idosos podem levar até 12 dias para se recuperar.
A conjuntivite viral deve ser diagnosticada por um oftalmologista, que analisará os sintomas e poderá realizar exames, como a observação das estruturas oculares com lâmpada de fenda, a análise da secreção ocular e testes laboratoriais para confirmar a infecção viral.
O tratamento mais eficaz envolve manter a higiene ocular, lavar os olhos com frequência e evitar o contato com as secreções. Para reduzir o desconforto, recomenda-se o uso de compressas frias e colírios lubrificantes, que ajudam a hidratar os olhos e aliviar a irritação.
A conjuntivite bacteriana é geralmente considerada mais grave, pois pode causar complicações, como úlceras na córnea, e precisa de tratamento com antibióticos. Já a conjuntivite viral, embora desconfortável, tende a melhorar sozinha em cerca de uma semana e raramente causa complicações sérias.
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