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A melhora dos sintomas nem sempre significa cura. Entenda quais exames confirmam a erradicação da bactéria e por que o acompanhamento é vital.

Você finalmente toma o último comprimido do tratamento contra a Helicobacter pylori. Os dias de queimação no estômago e desconforto parecem ter ficado para trás, e um sentimento de alívio toma conta. Mas, junto com ele, surge uma dúvida fundamental: será que a bactéria realmente foi eliminada?
Essa incerteza é comum e justificada. A ausência de sintomas é um excelente sinal, mas não um atestado de cura. Apenas exames de controle podem fornecer a resposta definitiva e garantir que o problema foi resolvido de vez. Para garantir que o tratamento funcionou, é fundamental que os pacientes realizem os testes diagnósticos adequados, pois eles são essenciais para avaliar a eficácia da erradicação.
O tratamento para a H. pylori geralmente combina antibióticos e um inibidor de produção de ácido gástrico, como o omeprazol. Essa abordagem dupla ataca a bactéria e, ao mesmo tempo, reduz a acidez do estômago, o que alivia a inflamação e a dor. Assim, é esperado que você se sinta melhor antes mesmo de a bactéria ser completamente eliminada.
No entanto, algumas bactérias podem sobreviver ao tratamento, especialmente se houver resistência a algum dos antibióticos utilizados. Se não forem detectadas, elas podem se multiplicar novamente, causando o retorno dos problemas no futuro. Por isso, a confirmação laboratorial é um passo indispensável no processo.
Um especialista em nutrologia pode acompanhá-lo no tratamento. Agende a sua consulta.
Após o término do tratamento, o médico gastroenterologista indicará o melhor método para confirmar a erradicação da bactéria. Para confirmar a eliminação da bactéria, são utilizados métodos que podem ser tanto não invasivos, como o teste respiratório e o de antígeno nas fezes, quanto invasivos, como os exames via endoscopia.
Os exames de controle devem ser realizados, em geral, pelo menos quatro semanas após o fim do uso dos antibióticos. Os métodos mais confiáveis são:
Considerado a melhor opção para confirmar a eliminação da bactéria H. pylori após o tratamento, o Teste Respiratório da Ureia (UBT) é simples e não invasivo. O paciente ingere uma solução contendo ureia com um tipo especial de carbono (carbono-13, que é seguro e não radioativo). Se a H. pylori ainda estiver presente no estômago, ela metaboliza a ureia e libera gás carbônico marcado, que é detectado no ar que o paciente sopra em um aparelho específico.
Outra opção não invasiva e com alta precisão é a pesquisa de antígenos (proteínas) da H. pylori em uma amostra de fezes. Este teste é amplamente recomendado para confirmar se a bactéria H. pylori foi eliminada, oferecendo uma alternativa não invasiva ao UBT. Se o resultado for negativo, indica que não há mais vestígios da bactéria ativa no sistema digestivo.
É um método prático e amplamente utilizado para o acompanhamento pós-tratamento.
A endoscopia é um exame mais invasivo, mas pode ser necessária em situações específicas, como quando os sintomas persistem ou para reavaliar lesões gástricas, como úlceras ou gastrite intensa. Durante o procedimento, o médico retira pequenos fragmentos (biópsias) do tecido do estômago para análise em laboratório, que pode confirmar a presença ou ausência da bactéria.
Embora seja útil no diagnóstico inicial, o exame de sangue (sorologia) não serve para confirmar se a H. pylori foi eliminada. Os exames de sangue (sorologia) não são recomendados para esse fim, pois os anticorpos da infecção podem permanecer no organismo por meses, ou até mesmo por mais tempo, mesmo após a bactéria ser eliminada. Por isso, um resultado positivo no exame de sangue indica apenas contato prévio com a bactéria, mas não confirma uma infecção ativa ou a falha do tratamento.
É fundamental respeitar o tempo recomendado pelo seu médico. Realizar os testes de controle muito cedo pode levar a um resultado falso-negativo, pois os resquícios dos medicamentos (antibióticos e inibidores de ácido) podem interferir na detecção da bactéria.
Geralmente, o período de espera é de:
Siga sempre a orientação profissional para garantir a precisão do resultado.
Receber um resultado positivo após o tratamento pode ser frustrante, mas não significa que não há solução. A principal causa para a falha do tratamento é, muitas vezes, a resistência da bactéria a um dos antibióticos utilizados no esquema inicial. Pesquisas indicam que a realização de testes moleculares, como o PCR, para verificar a resistência da bactéria à claritromicina antes de iniciar o tratamento, pode aumentar a taxa de sucesso da erradicação para 80,7%, superando os 69,5% da terapia padrão.
Nesse caso, o médico irá prescrever um novo ciclo de tratamento, conhecido como terapia de segunda linha, utilizando uma combinação diferente de medicamentos. O acompanhamento médico é crucial para ajustar a estratégia e alcançar a erradicação completa da bactéria.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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