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Entenda quais manifestações no corpo merecem atenção e como o diagnóstico dessa condição é realizado por especialistas.
Um cansaço que não passa, mesmo após uma boa noite de sono. Uma mancha roxa que surge na perna sem motivo aparente ou um sangramento na gengiva ao escovar os dentes. Essas situações, muitas vezes ignoradas na correria do dia a dia, podem ser os primeiros indícios de condições que exigem atenção, incluindo a leucemia.
A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue, especificamente os glóbulos brancos (leucócitos). Ela começa na medula óssea, local onde as células sanguíneas são produzidas. Entender seus sinais é o primeiro passo para um diagnóstico precoce e um tratamento adequado.
Os sintomas da leucemia são variados e, muitas vezes, parecidos com os de doenças mais comuns, como gripes ou viroses. A principal diferença está na sua persistência e na combinação de vários sinais ao mesmo tempo. Eles podem ser agrupados para facilitar a identificação.
Estes sintomas afetam o corpo como um todo e resultam diretamente da ação das células doentes e da falta de células saudáveis.
A diminuição do número de plaquetas, responsáveis pela coagulação, causa manifestações hemorrágicas bastante características.
O acúmulo de células leucêmicas pode causar pressão e desconforto em diferentes partes do corpo.
Para entender os sintomas, é preciso saber o que ocorre dentro do corpo. A medula óssea funciona como uma fábrica de células sanguíneas: glóbulos vermelhos (transportam oxigênio), glóbulos brancos (combatem infecções) e plaquetas (ajudam na coagulação).
Na leucemia, a medula passa a produzir glóbulos brancos anormais e em excesso. Essas células doentes, chamadas blastos, se multiplicam descontroladamente e ocupam o espaço das células saudáveis. Com isso, a produção normal é prejudicada, levando a três consequências principais:
A suspeita clínica levantada pelos sintomas deve ser sempre confirmada por exames laboratoriais. O diagnóstico não é feito apenas com um teste, mas sim por uma sequência de investigações conduzidas por um médico, geralmente um hematologista.
O primeiro e mais importante exame é o hemograma. Ele fornece uma contagem detalhada de todas as células do sangue e é uma ferramenta crucial para rastrear a leucemia. Este exame pode indicar a doença através de altos níveis de glóbulos brancos.
Em casos de leucemia, é comum observar alterações significativas, como um aumento extremo no número de leucócitos (leucocitose) ou uma queda acentuada em todas as linhagens celulares (pancitopenia).
Se o hemograma for suspeito, o médico solicitará exames mais aprofundados para confirmar o diagnóstico e, crucialmente, definir o tipo exato de leucemia. Isso é vital para escolher o tratamento correto.
Exames como o PCR e a citometria de fluxo também são usados para monitorar a doença residual mínima (DRM). A DRM indica a presença de pequenas quantidades de células de leucemia após o tratamento e auxilia no ajuste da terapia.
Um hemograma alterado é a principal bandeira vermelha. As alterações podem variar, mas geralmente seguem um padrão que chama a atenção do médico. A seguir, um resumo do que pode ser encontrado:
A leucemia é o tipo de câncer mais comum na infância, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os sinais em crianças são muito semelhantes aos dos adultos, como palidez, cansaço fácil, febre, manchas roxas e dores nas pernas. Muitas vezes, os pais percebem que a criança está menos ativa que o normal ou se queixa de dor ao andar.
Como esses sintomas podem ser confundidos com os de infecções ou dores de crescimento, é fundamental que a criança seja avaliada por um pediatra se os sinais forem persistentes ou se houver uma combinação de vários deles.
O termo "pré-leucemia" é popularmente usado para se referir às Síndromes Mielodisplásicas (SMD). Trata-se de um grupo de doenças em que a medula óssea não consegue produzir células sanguíneas maduras e saudáveis em quantidade suficiente.
As células podem morrer dentro da medula ou logo após chegarem à corrente sanguínea. Em alguns casos, com o tempo, a SMD pode evoluir para uma leucemia mieloide aguda (LMA). Por isso, o acompanhamento com um hematologista é indispensável.
É fundamental procurar um clínico geral ou um hematologista se você ou alguém próximo apresentar um conjunto de sintomas que não melhoram com o tempo. Fique atento especialmente se houver:
Lembre-se que apenas um profissional de saúde pode realizar a investigação correta. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento da leucemia.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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