Resuma este artigo com IA:
A Inseminação Artificial (IA) é um tratamento médico de Reprodução Assistida de baixa complexidade, uma das opções para quem deseja ter filhos.
A procura por tratamentos de Reprodução Assistida (RA) tem crescido no Brasil. De acordo com o Relatório SisEmbrio da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 2022, em 2021 foram realizados 5.233 procedimentos de Inseminação Intrauterina (IIU) no país.
Esse dado mostra a importância da IA como um método facilitador. Ela é uma técnica que facilita o encontro do óvulo e do espermatozóide, permitindo que a fecundação ocorra no corpo da mulher.
Continue lendo para entender em detalhes como o processo de Inseminação Artificial funciona, as chances de sucesso, quem pode fazer e quanto custa.
A Inseminação Artificial (IA), também chamada de Inseminação Intrauterina (IIU), é uma técnica médica classificada como de baixa complexidade.
O objetivo da IA é garantir que uma alta concentração dos melhores espermatozoides cheguem ao útero no período mais fértil da mulher (ovulação), aumentando as chances de que um deles encontre e fecunde o óvulo.
A Inseminação Intrauterina é classicamente indicada em situações que dificultam o encontro dos gametas, incluindo:
O fator cervical também é levado em conta, quando o colo do útero apresenta anormalidades ou o muco cervical dificulta a passagem dos espermatozoides (ASRM).
O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução nº 2.320/2022, garante o acesso às técnicas de Reprodução Assistida para todas as pessoas capazes, o que inclui:
Nesses casos, o procedimento utiliza-se sêmen de doador anônimo, obtido em um Banco de Sêmen.
O tratamento de IA envolve um acompanhamento médico cuidadoso, dividido em três fases:
A mulher inicia o uso de medicamentos hormonais injetáveis (leves) para estimular os ovários a desenvolverem e liberarem mais de um óvulo (normalmente 1 a 3 óvulos maduros).
O médico acompanha o crescimento dos óvulos por meio de ultrassom. Quando atingem a maturidade, uma medicação específica é aplicada para induzir a ovulação, marcando o dia exato do procedimento.
No dia programado, o sêmen (do parceiro ou do doador) é coletado e processado em laboratório. Nesse processo, chamado de "capacitação," os espermatozoides mais fortes e móveis são separados e concentrados.
O médico, então, utiliza um cateter (um tubo fino) para depositar essa amostra concentrada diretamente dentro da cavidade uterina.
A partir dali, o espermatozóide deve seguir o caminho até a trompa para que a fecundação ocorra de maneira natural.
A Inseminação Artificial é um procedimento mínimo e geralmente indolor. A inserção do cateter no útero leva apenas alguns minutos e é comparável ao desconforto de um exame de Papanicolau.
Não é necessário o uso de anestesia. O maior incômodo, se ocorrer, é o das injeções hormonais diárias na fase de estimulação.
A diferença fundamental entre a Inseminação Artificial (IA) e a Fertilização in Vitro (FIV) é principalmente o local da fecundação. Observe na tabela abaixo:
Se houver o uso de sêmen de doador, as leis brasileiras (Resolução do CFM) estabelecem o anonimato obrigatório. Você não pode escolher ou saber a identidade do doador.
No entanto, as clínicas e Bancos de Sêmen permitem que você acesse informações detalhadas do doador para garantir a compatibilidade, como as características físicas (fenotípicas). É o caso da cor dos olhos, cabelo, pele, altura, e tipo sanguíneo.
Também é possível ter conhecimento sobre o histórico de saúde do doador, como doenças genéticas e histórico familiar.
A Inseminação Artificial é, geralmente, o tratamento de Reprodução Assistida mais acessível, pois tem baixa complexidade e não exige a estrutura laboratorial intensiva da Fertilização in Vitro (FIV).
No entanto, o valor final varia amplamente de acordo com vários fatores:
Por ser um procedimento médico individualizado, a recomendação é consultar uma clínica especializada para obter um orçamento detalhado e específico para o seu caso.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio). Anual. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/acessoainformacao/dadosabertos/informacoes-analiticas/sisembrio. Acesso em: 26 set. 2025.
AMERICAN SOCIETY FOR REPRODUCTIVE MEDICINE (ASRM). Intrauterine insemination (IUI) patient education fact sheet. Disponível em: https://www.reproductivefacts.org/news-and-publications/fact-sheets-and-infographics/intrauterine-insemination-iui/. Acesso em: 26 set. 2025.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA (SBRA). Como funciona a Inseminação Intrauterina?. Disponível em: https://sbra.com.br/como-funciona-a-inseminacao-intrauterina/. Acesso em: 26 set. 2025.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Resolução CFM nº 2.320/2022: Normas Éticas para a Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida (RA). Publicado: 2022. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/BR/2022/2320_2022.pdf. Acesso em: 26 set. 2025.
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