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Como evitar febre em bebê e quando procurar um pediatra

Pequenas atitudes ajudam a manter a saúde do seu bebê em dia.

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A febre em bebês é um sinal comum de que o corpo está combatendo uma infecção ou inflamação. Contudo, adotar medidas preventivas pode reduzir significativamente a frequência e a intensidade dos episódios febris, contribuindo para a saúde e o bem-estar do pequeno. 

Saber como evitar febre em bebê envolve uma série de cuidados contínuos que visam fortalecer o sistema imunológico e minimizar a exposição a agentes infecciosos.

Estratégias essenciais para a prevenção da febre em bebê

Manter o bebê saudável e protegido exige atenção a detalhes que vão desde a higiene básica até o acompanhamento médico regular. 

Assim, confira as principais medidas preventivas.

Vacinação em dia

A imunização é a forma mais eficaz de prevenir diversas doenças infecciosas que podem causar febre, como sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, coqueluche e meningite, além da influenza.

É fundamental seguir rigorosamente o calendário de vacinação recomendado pelo Ministério da Saúde e pelo seu pediatra.

Higiene rigorosa

Lave as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente antes de tocar no bebê, após trocar fraldas e ao retornar de ambientes externos. Incentive que outras pessoas que interagem com o bebê também sigam essa prática. 

Além disso, mantenha limpos os brinquedos, chupetas e superfícies que o bebê possa tocar ou colocar na boca, utilizando produtos adequados e seguros.

Aleitamento materno exclusivo

O leite materno é uma fonte rica em anticorpos e nutrientes que fortalecem o sistema imunológico do bebê, oferecendo uma proteção natural contra infecções. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e complementado até os dois anos ou mais.

Evitar contato com pessoas doentes

Restrinja a exposição do bebê a indivíduos com sintomas de gripe, resfriado, tosse ou outras infecções. Se um membro da família estiver doente, redobre os cuidados de higiene e, se possível, mantenha certa distância para proteger o bebê. 

Vale dizer que ambientes muito aglomerados e fechados também devem ser evitados, especialmente em épocas de maior circulação de vírus respiratórios.

Manter o ambiente adequado

Certifique-se de que o ambiente onde o bebê permanece seja bem ventilado e com temperatura agradável. Evite roupas excessivas que possam superaquecer o bebê, pois o superaquecimento pode, de fato, elevar a temperatura corporal. 

Vista o bebê com camadas leves, que possam ser removidas conforme a necessidade do ambiente.

Boa hidratação

Embora mais focada no manejo de doenças, a hidratação adequada é fundamental para a saúde geral e o bom funcionamento do organismo, ajudando a manter as defesas ativas. 

Garanta que o bebê receba líquidos suficientes, seja através do leite materno ou fórmula, e após a introdução alimentar, com água pura.

Consultas pediátricas regulares

O acompanhamento periódico com o pediatra é vital para monitorar o desenvolvimento do bebê, verificar o cumprimento do calendário vacinal e identificar precocemente qualquer sinal de alerta. 

O profissional pode oferecer orientações personalizadas sobre prevenção e manejo da saúde infantil.

O que fazer se a febre ocorrer, apesar dos cuidados?

Mesmo com todas as precauções, a febre pode surgir, pois é uma resposta natural do corpo a infecções. Nesse caso, é fundamental agir com calma e seguir algumas orientações básicas para o conforto do bebê:

  • Não agasalhar demais: utilize roupas leves para ajudar a dissipar o calor corporal, facilitando a troca de calor com o ambiente.
  • Oferecer líquidos: mantenha o bebê bem hidratado. Ofereça leite materno ou fórmula com mais frequência. Se o bebê já iniciou a introdução alimentar, pode-se oferecer água ou soro de reidratação oral, sob orientação pediátrica.
  • Banhos mornos: um banho morno (nunca frio ou gelado) pode ajudar a baixar a temperatura e proporcionar conforto. A água deve estar na temperatura do corpo ou ligeiramente mais baixa, em torno de 36ºC, conforme sugerido por diversas fontes de saúde.
  • Compressas úmidas: colocar panos úmidos e mornos na testa, axilas e virilhas pode oferecer alívio e auxiliar na dissipação do calor. Nunca utilize álcool nas compressas, pois pode ser absorvido pela pele sensível do bebê.
  • Medicação: administre medicamentos antitérmicos, como paracetamol ou ibuprofeno (dependendo da idade e peso do bebê), apenas sob orientação médica e na dose correta prescrita pelo pediatra. A automedicação é perigosa e pode trazer riscos à saúde do bebê.

Vale ressaltar que a febre em bebês, especialmente nos primeiros meses de vida ou quando acompanhada de outros sintomas preocupantes (como dificuldade para respirar, sonolência excessiva, erupções cutâneas ou irritabilidade extrema), sempre requer avaliação médica. 

Não hesite em procurar o pediatra rapidamente.

Quando a febre do bebê é motivo para ir ao hospital?

A febre em bebês é um sinal de alerta que sempre exige atenção dos pais e cuidadores. Embora seja uma resposta natural do corpo a infecções, em certas situações, pode indicar um quadro mais grave que necessita de avaliação médica urgente em um pronto-socorro ou hospital. 

A decisão de buscar ajuda profissional deve considerar a idade do bebê, a altura da temperatura e, crucialmente, a presença de outros sintomas.

A idade do bebê e a temperatura corporal

A idade do lactente é um fator determinante na gravidade da febre e na necessidade de atendimento hospitalar. 

Quanto mais novo o bebê, maior a preocupação.

  • Bebês com menos de 3 meses: qualquer febre em um recém-nascido ou lactente com menos de 3 meses (temperatura retal igual ou superior a 38°C) é considerada uma emergência médica. O sistema imunológico deles ainda é imaturo, e uma infecção pode progredir rapidamente para um quadro grave. Nesses casos, o atendimento deve ser imediato, sem hesitação.
  • Bebês de 3 a 6 meses: se a temperatura atingir 38,5°C ou mais, é fundamental procurar o pediatra. Embora possa não ser uma emergência imediata como nos recém-nascidos, a avaliação profissional é crucial para descartar condições sérias, especialmente se a febre persistir ou o bebê apresentar outros sinais de mal-estar.
  • Bebês acima de 6 meses: febres de até 39°C podem, por vezes, ser manejadas em casa com orientações médicas e observação atenta. No entanto, temperaturas superiores a 39°C, ou qualquer febre acompanhada de sintomas preocupantes, justificam uma visita ao hospital.

Sinais de alerta que exigem ida ao hospital

A temperatura por si só nem sempre conta a história completa. O comportamento do bebê e a presença de sintomas adicionais são indicadores vitais de que a febre pode ser um sinal de algo mais grave. 

Preste atenção aos seguintes sinais, independentemente da temperatura:

  • Letargia ou irritabilidade extrema: o bebê está muito "molinho", sonolento em excesso, difícil de acordar, ou, ao contrário, chora de forma inconsolável e não se acalma.
  • Dificuldade respiratória: respiração muito rápida, ruidosa, com chiado, retração das costelas (quando a pele entre as costelas afunda ao respirar) ou batimento das asas do nariz.
  • Alterações na pele: erupções cutâneas, manchas roxas que não desaparecem ao serem pressionadas, pele muito pálida ou azulada.
  • Sinais de desidratação: boca seca, poucas ou nenhuma lágrima ao chorar, afundamento da moleira (fontanela), olhos encovados, diminuição significativa da quantidade de fraldas molhadas.
  • Vômitos persistentes ou diarreia intensa: especialmente se dificultarem a hidratação e a administração de medicamentos.
  • Convulsão febril: embora as convulsões febris sejam comuns em algumas crianças e geralmente inofensivas, a primeira ocorrência ou convulsões prolongadas requerem avaliação médica imediata.
  • Rigidez na nuca: o bebê não consegue dobrar o pescoço para a frente ou parece sentir dor ao fazê-lo.
  • Febre que não cede: a febre não diminui após a administração de medicamentos antitérmicos ou persiste por mais de 24 a 72 horas (dependendo da idade).
  • Sintomas associados a doenças graves: dor intensa em alguma parte do corpo (orelha, garganta), inchaço nas articulações ou qualquer outro sinal que cause grande preocupação aos pais.

Além disso, se o bebê tiver alguma condição de saúde crônica, estiver realizando tratamento com medicamentos que afetam o sistema imunológico, ou se a febre surgir após uma cirurgia recente, vacinação ou contato com alguma doença infecciosa grave, a vigilância deve ser redobrada e o contato médico é imprescindível.

Confie sempre no seu instinto parental. Se você estiver genuinamente preocupado com a condição do seu bebê, não hesite em procurar atendimento médico de emergência. 

É sempre melhor pecar pela cautela quando se trata da saúde de uma criança pequena.

Perguntas frequentes

Quantos graus de febre é perigoso em bebês?

A temperatura que indica perigo na febre de um bebê varia significativamente com a idade e os sintomas associados. É crucial entender que a febre em bebês, especialmente nos muito jovens, requer atenção médica imediata.

  • Em bebês menores de 3 meses: Qualquer temperatura retal igual ou superior a 38°C é considerada uma emergência médica. Nesses casos, o contato imediato com o pediatra ou a busca por atendimento de emergência é indispensável, pois pode sinalizar uma infecção grave.
  • Em bebês de 3 a 6 meses: Uma temperatura de 38,5°C ou mais, ou febre de qualquer intensidade que persista por mais de 24 horas, ou que esteja acompanhada de outros sintomas preocupantes, deve ser avaliada por um profissional de saúde.
  • Em bebês acima de 6 meses: Geralmente, febres até 39°C podem ser manejadas em casa com as orientações do pediatra. Contudo, se a febre ultrapassar 39,5-40°C, não ceder com medicação antitérmica, ou se o bebê apresentar sinais de alerta (como letargia, dificuldade para respirar, manchas na pele, choro persistente, desidratação ou convulsões febris), a consulta médica é urgente.

Vale reforçar que a prostração ou irritabilidade excessiva do bebê, independentemente do nível da febre, são sinais importantes para buscar auxílio profissional. Fique atento a qualquer mudança no comportamento habitual da criança.

Como baixar a febre do bebê após a vacina?

A febre após a vacinação é uma reação comum e esperada do sistema imunológico, indicando que o corpo do bebê está desenvolvendo proteção. Geralmente, é um quadro leve e passageiro. Para aliviar o desconforto e ajudar a baixar a febre, algumas medidas podem ser tomadas:

  • Hidratação Adequada: Ofereça líquidos com frequência ao bebê. Para os que são amamentados, o leite materno continua sendo a melhor opção. Para os que usam fórmula ou já ingerem água, mantenha a oferta constante em pequenas quantidades.
  • Roupas Leves e Ambiente Arejado: Evite agasalhar demais o bebê. Opte por roupas leves e mantenha o ambiente ventilado. Isso facilita a dissipação do calor corporal, contribuindo para a redução da temperatura.
  • Banhos Mornos: Um banho com água morna (ligeiramente abaixo da temperatura corporal do bebê, cerca de 36-37°C) pode proporcionar conforto e ajudar a baixar a temperatura. É importante evitar banhos com água fria ou gelada, pois podem causar tremores e, paradoxalmente, elevar a temperatura interna.
  • Compressas Morna: Aplique panos úmidos com água morna na testa, axilas e virilhas do bebê. Jamais utilize álcool para as compressas, pois ele pode ser absorvido pela pele sensível do bebê, causando intoxicação.
  • Medicação Antitérmica: O uso de medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno (este último, para bebês acima de 6 meses) deve ser feito estritamente sob orientação e prescrição do pediatra. A dose e o intervalo entre as doses são cruciais para a segurança e eficácia. Não administre medicamentos preventivamente antes da vacina, a menos que seja especificamente recomendado pelo médico.

É fundamental observar atentamente o comportamento do bebê após a vacinação. Se a febre for muito alta, persistir por mais de 24-48 horas ou se surgirem outros sintomas preocupantes (como choro inconsolável, recusa alimentar, manchas na pele ou dificuldade respiratória), procure o pediatra imediatamente. Ele poderá avaliar a situação e indicar o melhor tratamento.

 

Veja também:

  • Febre em bebês: quais são as causas e quando procurar um médico
  • Febre: o que pode causar e quando procurar ajuda médica

 

 

Bibliografia

SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE. Febre. SNS 24, 2024. Disponível em: https://www.sns24.gov.pt/pt/tema/sintomas/febre/. Acesso em: 25 jul. 2025.

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