14/08/2025
Revisado em: 15/08/2025
A obesidade é uma condição séria, mas que pode ser controlada com mudanças sustentáveis. Entenda o que realmente funciona e quando buscar ajuda especializada.
Acordar sem disposição, sentir a roupa apertando mais a cada mês e evitar fotos por vergonha do próprio corpo. Essas cenas são muito comuns para quem convive com a obesidade - doença crônica que afeta 34% dos brasileiros segundo dados da Fiocruz.
A obesidade é uma condição que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, sendo considerada uma doença crônica multifatorial. Ela vai muito além da estética: está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, problemas respiratórios, articulares e até alguns tipos de câncer.
Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira está acima do peso. Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão hábitos alimentares desequilibrados, sedentarismo, estresse, distúrbios hormonais, genética e aspectos emocionais. Mas afinal, como combater a obesidade de maneira eficaz e realista?
Neste artigo, explicamos as principais estratégias recomendadas por especialistas, o papel de cada abordagem e quando é hora de procurar apoio profissional.
A obesidade é definida como o acúmulo excessivo de gordura corporal em proporções que prejudicam a saúde. O diagnóstico é feito principalmente com base no Índice de Massa Corporal (IMC), calculado pela divisão do peso pela altura ao quadrado (kg/m²).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os valores de IMC são:
Além do IMC, outros fatores são analisados, como a circunferência abdominal, exames laboratoriais e histórico clínico.
Não existe fórmula mágica. Combater a obesidade envolve mudanças consistentes no estilo de vida, com foco em alimentação balanceada, prática de atividades físicas, acompanhamento psicológico e, em alguns casos, apoio medicamentoso ou cirúrgico.
O mais importante é entender que o processo é individual e gradual.
A base do tratamento da obesidade está na mudança dos hábitos alimentares. Isso não significa seguir dietas restritivas ou da moda, mas aprender a fazer escolhas saudáveis e equilibradas no dia a dia.
Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, gordura saturada e sódio, é um passo fundamental.
Por outro lado, é importante aumentar o consumo de frutas, verduras, legumes, proteínas magras e cereais integrais. Comer de forma consciente, prestando atenção aos sinais de fome e saciedade, também ajuda a evitar excessos.
O acompanhamento com um nutricionista é essencial para montar um plano alimentar individualizado, respeitando as preferências e a rotina da pessoa.
O sedentarismo é um dos principais aliados da obesidade. A prática regular de exercícios físicos não só auxilia na perda de peso, como também melhora a saúde cardiovascular, regula a glicose e reduz o estresse.
A recomendação da OMS é de pelo menos 150 minutos semanais de atividade aeróbica moderada, como caminhada, natação ou dança. O importante é começar, mesmo que aos poucos.
Exercícios de força, como musculação, também ajudam no ganho de massa magra e no aumento do gasto calórico basal.
Quem está muito acima do peso ou tem limitações físicas deve começar com orientação profissional, para evitar lesões e adaptar os treinos.
A obesidade muitas vezes está ligada a questões emocionais como ansiedade, compulsão alimentar, baixa autoestima e depressão. Por isso, o suporte psicológico é uma ferramenta indispensável no tratamento.
O acompanhamento com psicólogos ou terapeutas especializados em comportamento alimentar ajuda a identificar gatilhos emocionais, desenvolver estratégias de enfrentamento e melhorar a relação com o corpo e com a comida.
Em alguns casos, o tratamento clínico isolado não é suficiente. Quando a obesidade atinge graus mais elevados ou há riscos associados à saúde, o uso de medicamentos ou a cirurgia bariátrica pode ser avaliado.
Os medicamentos para obesidade agem no controle do apetite, na absorção de gordura ou na regulação da glicose. Eles só devem ser prescritos por médicos, após avaliação criteriosa.
Já a cirurgia bariátrica é uma opção indicada para pessoas com IMC acima de 40, ou acima de 35 com doenças associadas, como diabetes tipo 2 ou apneia do sono. O procedimento é considerado seguro, mas exige mudanças permanentes no estilo de vida e acompanhamento multidisciplinar.
Dormir mal e viver sob estresse constante também contribuem para o ganho de peso. A privação de sono altera a produção de hormônios como a grelina (que estimula o apetite) e a leptina (que sinaliza saciedade), favorecendo o consumo excessivo de alimentos calóricos.
O estresse, por sua vez, aumenta os níveis de cortisol, o que também pode levar ao acúmulo de gordura abdominal. Práticas como meditação, terapia, pausas ao longo do dia e uma boa rotina de sono ajudam a equilibrar esses fatores e a melhorar os resultados do tratamento.
Saber como combater a obesidade é o primeiro passo para retomar o controle da própria saúde. Mais do que emagrecer, o objetivo deve ser melhorar a qualidade de vida, reduzir riscos e ganhar autonomia sobre as escolhas do dia a dia.
A boa notícia é que mudanças pequenas, feitas de forma constante, geram grandes resultados ao longo do tempo. Buscar orientação profissional e não se comparar com outras pessoas são atitudes importantes nesse processo.
Com apoio adequado, é possível alcançar um peso mais saudável e manter o bem-estar por toda a vida.
Bibliografia
FIOCRUZ BRASÍLIA. Quase metade dos adultos brasileiros viverão com obesidade em 20 anos. Fiocruz Brasília, 2024. Disponível em: https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/quase-metade-dos-adultos-brasileiros-viverao-com-obesidade-em-20-anos/. Acesso em: 25 jul. 2025.
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