19/08/2025
Revisado em: 19/08/2025
Esse tipo de câncer costuma aparecer depois dos 50 anos, porém, é preciso estar atenta antes disso
Com quantos anos pode ter câncer de mama? Essa é uma dúvida comum entre pessoas que convivem com a doença ou receberam o diagnóstico. Embora os casos sejam mais frequentes após os 50 anos, o câncer de mama pode se manifestar em idades mais jovens. Em mulheres com menos de 40 anos, embora mais raro, o diagnóstico costuma ser mais desafiador e, em alguns casos, mais agressivo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais incidente entre as mulheres no Brasil, excluindo os casos de pele não melanoma. Ainda segundo o órgão, a estimativa é de mais de 70 mil novos diagnósticos por ano no país até 2025. Esse cenário reforça a importância da informação acessível e do rastreamento precoce, independentemente da idade.
O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento desordenado de células na região mamária. Essas células passam a se multiplicar de forma anormal, formando um tumor que, se não tratado a tempo, pode se espalhar para outras partes do corpo, processo conhecido como metástase.
A doença pode se manifestar em diferentes tipos e graus de agressividade. Alguns tumores crescem lentamente, enquanto outros avançam de maneira rápida. O tipo mais comum é o carcinoma ductal invasivo, que tem início nos ductos mamários e pode invadir tecidos próximos.
Vale ressaltar que homens também podem desenvolver câncer de mama, embora o número de casos seja muito menor.
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver esse tipo de câncer. A idade é um dos principais, mas outras condições também podem contribuir para a manifestação precoce da doença.
Entre os fatores de risco mais conhecidos estão:
Mulheres com mutações genéticas herdadas apresentam risco consideravelmente maior e, por isso, devem ser acompanhadas por um especialista desde cedo.
Na fase inicial, o câncer de mama pode não causar nenhum sintoma evidente. Com o tempo, alguns sinais podem surgir, como:
Ao perceber qualquer um desses sinais, é fundamental procurar atendimento médico. A avaliação precoce pode fazer toda a diferença no desfecho do tratamento.
Apesar de ser mais frequente em mulheres com 50 anos ou mais, o câncer de mama também pode aparecer antes dos 40 anos. Casos em mulheres de 20 a 30 anos não são comuns, mas existem e, por isso, não devem ser ignorados.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda atenção aos casos suspeitos em qualquer idade. Mulheres com alto risco genético ou histórico familiar importante devem iniciar o acompanhamento médico mais cedo.
Outro ponto importante é que o diagnóstico em pacientes jovens costuma ser mais desafiador. Isso porque o tecido mamário tende a ser mais denso nessa fase da vida, o que pode dificultar a detecção de lesões por meio da mamografia.
Portanto, a resposta para a pergunta "com quantos anos pode ter câncer de mama" é: em qualquer idade. Ainda que o risco aumenta com o passar dos anos, a possibilidade de surgimento da doença antes dos 40 não pode ser descartada.
Não há uma forma única de prevenir o câncer de mama, mas é possível reduzir os riscos com hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular. O rastreamento também é uma ferramenta importante para o diagnóstico precoce.
Algumas medidas de prevenção incluem:
Além disso, mulheres de 50 a 69 anos devem realizar mamografias a cada dois anos, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Para aquelas com alto risco, o rastreamento pode começar mais cedo, com orientação médica.
O autoexame, embora não substitua os exames clínicos, pode ajudar no reconhecimento das alterações do corpo e incentivar a busca por atendimento precoce.
O câncer de mama pode surgir em diferentes idades, inclusive antes dos 40 anos. Saber reconhecer os sinais, conhecer os fatores de risco e adotar medidas preventivas são passos fundamentais para o cuidado com a saúde.
Diante de qualquer dúvida ou sintoma, buscar orientação médica é o melhor caminho. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento e pode salvar vidas.
REFERÊNCIAS:
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Fatores de risco — Instituto Nacional de Câncer (INCA). Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/fatores-de-risco . Acesso em: 05 ago. 2025.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Posicionamento Oficial do Instituto Nacional de Câncer (INCA) sobre faixa etária recomendada para mamografia de rastreio. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/canais-de-atendimento/imprensa/releases/2025/posicionamento-oficial-do-instituto-nacional-de-cancer-inca-sobre-faixa-etaria-recomendada-para-mamografia-de-rastreio. Acesso em: 05 ago. 2025.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Incidência — Instituto Nacional de Câncer (INCA). Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/dados-e-numeros/incidencia . Acesso em: 05 ago. 2025.
MEDSCAPE. Plantões noturnos aumentam risco de câncer de mama, especialmente para enfermeiras. Medscape Notícias Médicas, 18 jan. 2018. Disponível em: https://portugues.medscape.com/verartigo/6501948 . Acesso em: 05 ago. 2025.
SCIENCE ARTICLES (SCIELO). Evolução do número de casos de câncer de mama exige ações coordenadas. Sociedade Brasileira de Mastologia, ano não informado. Disponível em: https://sbmastologia.com.br/para-a-populacao/evolucao-do-numero-de-casos-de-cancer-de-mama-exige-acoes-coordenadas/ . Acesso em: 05 ago. 2025.
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