22/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
Saber quais são os maiores motivadores para doença te ajuda a se prevenir
Você sabia que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo? De acordo com o Ministério da Saúde, ocorrem mais de 5 milhões de falecimentos por conta da doença por ano.
Essa condição, popularmente conhecida como “derrame”, pode acontecer de forma súbita e ter consequências graves para a saúde. No entanto, a boa notícia é que muitas das causas do AVC podem ser evitadas com hábitos saudáveis e acompanhamento médico adequado.
Neste artigo, vamos explorar os principais fatores que levam ao desenvolvimento do AVC, explicando como eles afetam o organismo e o que você pode fazer para reduzir os riscos. Entender as causas é o primeiro passo para a prevenção. Continue a leitura e descubra como proteger sua saúde!
Quando o suprimento de sangue para parte do cérebro é interrompido ou reduzido, o tecido cerebral não obtém oxigênio nem nutrientes. Esse processo é popularmente conhecido como “derrame”, mas na medicina, a nomenclatura correta é Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A condição citada acima é o AVC isquêmico, ou seja, ocorre quando os vasos sanguíneos do cérebro se estreitam ou bloqueiam, causando um fluxo sanguíneo severamente reduzido (isquemia).
Mas há também o AVC hemorrágico, isto é, quando ocorre sangramento em uma parte do cérebro em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Embora menos comum, costuma ser mais grave. Essas doenças podem causar danos graves aos pacientes, além da chance de incapacidade ou mesmo óbito.
De acordo com a Associação Brasil AVC (ABAVC), o derrame cerebral pode ocorrer a qualquer hora, durante qualquer atividade e até mesmo durante o sono.
Para ajudar a prevenir esse quadro tão delicado, é muito importante compreender quais são as principais condições determinantes para o aumento das probabilidades de desenvolvimento dessa enfermidade.
Os sintomas do AVC surgem de maneira súbita e variam de acordo com a área cerebral afetada. Entre os sinais mais comuns, destacam-se:
A rápida identificação dos sinais do AVC é essencial para o início precoce da abordagem terapêutica. A sigla SAMU pode auxiliar na triagem inicial:
O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas é fundamental para garantir um atendimento ágil e reduzir o risco de sequelas neurológicas permanentes.
Como vimos anteriormente, o AVC ocorre devido a uma interrupção no fluxo sanguíneo cerebral, podendo ser causado por obstrução ou ruptura de um vaso sanguíneo. Entre as principais causas, destacam-se:
A hipertensão arterial é a principal causa de AVC. Quando a pressão arterial está constantemente elevada (140/90 mmHg ou mais), as paredes dos vasos sanguíneos sofrem estresse contínuo, tornando-se mais frágeis e propensas a rupturas ou ao acúmulo de placas de gordura.
Esse quadro pode levar a uma obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro, aumentando o risco de AVC isquêmico (bloqueio da circulação) ou hemorrágico (ruptura de um vaso).
O cigarro contém substâncias tóxicas, como nicotina e monóxido de carbono, que prejudicam diretamente o sistema cardiovascular. A nicotina aumenta a pressão arterial e os batimentos cardíacos, sobrecarregando o coração.
Além disso, o monóxido de carbono reduz a quantidade de oxigênio no sangue, e o tabagismo promove o acúmulo de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), favorecendo a formação de coágulos que podem bloquear o fluxo sanguíneo cerebral e causar um AVC.
Pessoas com diabetes possuem um risco aumentado de desenvolver AVC devido aos níveis elevados de glicose no sangue.
O excesso de açúcar danifica as paredes dos vasos sanguíneos ao longo do tempo, tornando-os mais suscetíveis à obstrução por placas de gordura.
Além disso, o diabetes está frequentemente associado a outros fatores de risco, como hipertensão e colesterol alto, que agravam ainda mais o risco de eventos cerebrovasculares.
Problemas no coração podem contribuir diretamente para o desenvolvimento de AVC. A fibrilação atrial, por exemplo, é um tipo de arritmia cardíaca que pode levar à formação de coágulos no coração, os quais podem se desprender e atingir o cérebro, causando um AVC isquêmico.
Outras condições, como insuficiência cardíaca, doenças dasc valvas cardíacas e histórico de infarto, também aumentam a possibilidade de complicações vasculares.
O sobrepeso e a obesidade contribuem para o desenvolvimento de várias condições que aumentam o risco de AVC, como hipertensão, diabetes tipo 2 e dislipidemia.
Além disso, o sedentarismo dificulta a circulação sanguínea e favorece o acúmulo de gordura no organismo.
O colesterol elevado pode levar à formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), reduzindo o fluxo sanguíneo e aumentando a chance de obstrução dos vasos cerebrais.
Quando uma dessas placas se rompe, pode desencadear a formação de um coágulo, bloqueando o suprimento de sangue ao cérebro e resultando em um AVC.
Embora o AVC possa ocorrer em qualquer idade, a incidência aumenta significativamente após os 55 anos. Isso ocorre porque, com o envelhecimento, os vasos sanguíneos tendem a perder elasticidade, tornando-se mais propensos ao acúmulo de placas de gordura e a rupturas.
Além disso, doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, tornam-se mais comuns com o avanço da idade, elevando ainda mais o risco de um acidente vascular cerebral.
Na presença de sintomas, não perca tempo! Procure imediatamente um hospital com serviço de neurologia.
“Existem tratamentos que podem desobstruir as artérias ocluídas (no caso do AVC isquêmico), porém, essas abordagens só podem ser feitas poucas horas após a instalação dos sintomas. Por isso é tão fundamental procurar uma unidade hospitalar que tenha esse tipo de tratamento o mais rápido possível”, ressalta a Dra. Renata Simm, neurologista da Rede América.
De acordo com a Organização Mundial do AVC, 90% dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs) podem ser prevenidos por meio do controle de fatores de risco que foram citados anteriormente no artigo. Veja como se precaver:
De acordo com a Dra. Renata, as grandes novidades no campo do acidente vascular cerebral são referentes ao uso de trombectomia mecânica, procedimento endovascular por cateterismo, em casos selecionados.
“Essa não é uma opção para todos, mas os pacientes que têm indicação apresentam ótimos resultados, principalmente quando comparados com os casos que usaram trombolítico endovenoso. Além disso, o tempo máximo para a indicação do tratamento está sendo ampliado, porém, com resultados menos satisfatórios. Ou seja, continua sendo fundamental chegar rápido ao hospital”, explica a médica.
A Joint Commission International (JCI) certifica programas de cuidados clínicos para determinadas patologias, considerando sua importância e a necessidade de implantação de protocolos baseados nas diretrizes de melhores práticas de atendimento.
O Programa de Cuidados Clínicos para Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) da Rede América é certificado pela JCI desde 2014, o que evidencia o padrão de atendimento de excelência da neurologia, uma das especialidades estratégicas da instituição.
“Por meio desse projeto, nossa equipe multidisciplinar consegue garantir maior qualidade no atendimento, mais rapidez e eficácia nas decisões médicas e um tratamento integrado do paciente, objetivando a redução de sequelas neurológicas definitivas”, finaliza a Dra. Renata.
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