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Câncer no sangue tem cura? Entenda a condição e quando buscar ajuda médica

O câncer no sangue tem tratamento e, em muitos casos, pode ser controlado ou até curado, dependendo do tipo, estágio e resposta do organismo.

 

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Quem recebe o diagnóstico de câncer no sangue geralmente tem muitas dúvidas, medos e passa a investigar se o câncer no sangue tem cura. A incerteza assusta e é natural que a mente vá longe, imaginando o que está por vir.

Mas antes de pensar no desfecho, é preciso entender o caminho, porque há sim tratamento, possibilidades e, em muitos casos, boas respostas terapêuticas.

Esse tipo de câncer não forma tumores sólidos como se imagina. Ele afeta diretamente a produção e o funcionamento das células sanguíneas, impactando o sistema imune e o transporte de oxigênio.

E como os sinais são discretos no começo, muita gente demora para associar alguns sintomas como cansaço, palidez ou infecções recorrentes à origem real do problema.

Buscar informação de qualidade é um primeiro passo para enfrentar o medo. Saber o que observar, como a doença evolui e quais tratamentos existem ajuda a resgatar o controle. E, mais importante: mostra que não se está sozinho. Há caminhos possíveis mesmo diante de um diagnóstico difícil. Vamos entender melhor?

O que é o câncer no sangue e como ele se manifesta?

O câncer no sangue é um conjunto de doenças que afeta as células formadas na medula óssea, onde se produzem os glóbulos vermelhos, brancos e as plaquetas.

Quando há um desequilíbrio nessa produção, essas células deixam de funcionar corretamente ou se multiplicam de forma descontrolada, interferindo em funções vitais como a imunidade, oxigenação e coagulação do sangue.

Os sintomas variam muito, mas alguns sinais costumam se repetir:

  • cansaço persistente,
  • tontura,
  • palidez,
  • manchas roxas pelo corpo sem motivo aparente,
  • febres sem causa definida,
  • fraturas espontâneas,
  • sonolência frequente,
  • perda de peso sem explicação,
  • e infecções que não melhoram.

Em alguns casos, o aumento dos gânglios (conhecidas como ínguas), suor noturno excessivo e perda de peso também chamam atenção.

Muita gente só descobre após um exame de sangue de rotina. Por isso, não ignore mudanças que se acumulam no corpo, mesmo que pareçam pequenas.

Quais são os tipos mais comuns e como eles diferem?

Entre os cânceres no sangue, os mais conhecidos são:

  • Leucemias: afetam principalmente as células mais maduras do sangue. Geralmente, a evolução é mais lenta e não apresenta sintomas nas fases iniciais.
  • Linfomas: atingem o sistema linfático, principalmente os gânglios. Eles se dividem em linfoma de Hodgkin e não Hodgkin.
  • Mieloma múltiplo: compromete os plasmócitos, um tipo de célula responsável por produzir anticorpos. É mais comum em idosos.

Cada tipo tem características específicas, formas diferentes de avançar e respostas variadas ao tratamento. Por isso, o diagnóstico exato é tão importante: ele é o ponto de partida para definir o que fazer a seguir.

Quais fatores influenciam nas chances de cura?

Quando se fala em câncer no sangue, a resposta ao tratamento depende de múltiplos fatores. A idade da pessoa, o tipo específico de câncer, a fase em que foi diagnosticado e até o estado geral de saúde interferem nas chances de cura ou controle da doença.

Leucemias em crianças, por exemplo, tendem a ter prognóstico melhor do que em adultos mais velhos. Já os linfomas, quando descobertos precocemente, muitas vezes respondem muito bem às terapias disponíveis.

Outro ponto importante é a presença de alterações genéticas específicas no câncer. Alguns subtipos têm maior sensibilidade a certos medicamentos, o que pode aumentar a eficácia do tratamento.

Que tratamentos costumam ser indicados?

O tratamento do câncer no sangue pode envolver diversas frentes, dependendo do tipo e do estágio da doença.

Entre as opções mais comuns estão:

  • Quimioterapia: ainda é uma das principais linhas de cuidado, atuando diretamente nas células doentes.
  • Imunoterapia: estimula o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas.
  • Transplante de medula óssea: indicado em casos selecionados, para restaurar a produção saudável de células sanguíneas.
  • Terapias-alvo: medicamentos que agem sobre mutações específicas encontradas nas células doentes.

O plano de tratamento é sempre individualizado. E ao longo do processo pode haver ajustes conforme a resposta e a tolerância do corpo do paciente.

“É importante que o tratamento seja personalizado para atender não só a doença, mas as necessidades individuais de cada paciente”, finaliza a hematologista Dra. Mayara Rêgo.

Existe cura definitiva ou controle da doença?

Essa é uma pergunta difícil e a resposta varia conforme o diagnóstico e a evolução de cada caso. Em muitos tipos de câncer no sangue, sim, existe cura. Em outros, o objetivo é manter a doença sob controle, com qualidade de vida e acompanhamento a longo prazo.

Algumas leucemias e linfomas, quando tratados no momento certo, chegam à remissão completa.

Já em outras situações, mesmo sem a cura definitiva, é possível conviver com a doença de forma estável, como se fosse uma condição crônica, com períodos de controle intercalados a possíveis recaídas.

O mais importante é que há sempre algo a ser feito e que a evolução da medicina tem ampliado muito as possibilidades de tratamento, com foco não só na sobrevida, mas na vida que se leva durante e depois do diagnóstico.

 

Bibliografia

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA. Tenho câncer no sangue: e agora? Sintomas e tratamentos. São Paulo: SBCO, 2021. Disponível em: https://sbco.org.br/tenho-cancer-no-sangue-e-agora-sintomas-e-tratamentos/. Acesso em: 25 jul. 2025.

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Leucemia: o "câncer no sangue" tem cura! Goiânia: HC-UFG/Ebserh, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-centro-oeste/hc-ufg/comunicacao/noticias/leucemia-o-201ccancer-no-sangue201d-tem-cura. Acesso em: 25 jul. 2025.

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