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Exposição solar elevada aumenta o risco de câncer de pele na infância

Ainda que seja mais comum em adultos, o câncer de pele em crianças é uma realidade que merece atenção. A idade é um fator que influencia a incidência do câncer de pele, com indivíduos mais velhos apresentando maior suscetibilidade à doença.
Assim como monitoramos os primeiros passos ou as primeiras palavras, a pele dos pequenos também precisa de nossa vigilância constante. Casos de câncer de pele em crianças são raros, representando entre 1% e 3% de todos os cânceres pediátricos.
Contudo, quando ocorrem, tendem a ser mais agressivos, destacando a importância da detecção precoce. Cuide da saúde da pele do seu pequeno. Notou alguma alteração na pele da criança? Marque uma avaliação com nossos especialistas
As crianças se expõem mais ao sol do que os adultos, devido às atividades recreativas, escolares e esportivas.
Os raios solares têm um efeito cumulativo, então eles permanecem agindo nocivamente na pele com o passar do tempo. Por isso, um histórico de proteção solar é importante para prevenir a doença.
Na infância o tipo mais preocupante é o melanoma, que apesar de raro, é o mais grave. Mas a criança também pode ser acometida pelo não melanoma. Carcinomas basocelulares e espinocelulares, típicos de adultos, são extremamente incomuns nesse público, exceto em síndromes genéticas específicas.
O aparecimento do melanoma em crianças é raro, mas pode acontecer. Alguns fatores aumentam o risco de acometimento, como as síndromes genéticas, histórico familiar de melanoma ou presença de mutações genéticas associadas à doença.
Esse tipo de tumor pode se apresentar como uma lesão que não cicatriza, um nódulo ou até como algum achado que parece uma verruga comum. Por isso que a identificação de feridas ou bolhas que não desaparecem precisam ser investigadas pelo médico.
Existem também tumores que se assemelham ao melanoma, como o melanoma spitzóide, que são geralmente benignos, mas exigem avaliação especializada.
Quais os fatores de risco para o câncer de pele infantil?
A compreensão dos fatores de risco é essencial para a prevenção e o monitoramento. Veja os principais:
A exposição cumulativa também é prejudicial. É importante evitar o uso de solários, pois um estudo na Frontiers in Public Health indicou que seu uso aumenta em mais de 75% a incidência de melanoma maligno diagnosticado antes dos 30-40 anos.
Segundo estudo publicado na Molecular Cancer, o melanoma em criança representa uma porcentagem maior (12%) das malignidades de pele que receberam transplante de órgão sólido, comparado a 5% em adultos transplantados.
Em um estudo publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia, com 68 pacientes pediátricos que fizeram transplante cardíaco e sobreviveram por cinco anos, apenas um caso de carcinoma espinocelular foi registrado.
Atenção aos detalhes na pele da criança pode fazer toda a diferença. Boa parte dos tumores infantis podem ser tratados e terem uma alta taxa de cura se forem detectados precocemente.
Procure por qualquer alteração que não pareça normal na pele da criança ou que se modifique com o tempo.
Estes são os sinais que devem ligar o alerta:
Esses sinais são indicativos de que é importante buscar atenção com um dermatologista pediátrico para que seja feita uma avaliação mais detalhada.
Muitas crianças têm pintas, e a maioria delas é inofensiva. No entanto, algumas características podem indicar a necessidade de avaliação médica.
Em adultos, usamos a regra do ABCDE (Assimetria, Bordas irregulares, Cores variadas, Diâmetro e Evolução). Para crianças, a regra ABCDE pode não ser tão aplicável para o melanoma spitzóide, que é mais comum na infância.
Nestes casos, a "regra do patinho feio" é útil: se uma pinta parece diferente de todas as outras no corpo da criança, ela deve ser investigada. Além disso, qualquer lesão que cresça rapidamente ou que se altere em pouco tempo requer atenção imediata.
Em 2023, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou o registro de quase oito mil novos casos de câncer infantojuvenil até o ano de 2025.
Os sintomas dele se parecem com doenças comuns da infância. Então, crianças com câncer de pele também podem apresentar sintomas como febre por mais de sete dias sem causa aparente.
Distúrbios visuais, linfonodos aumentados e manchas arroxeadas na pele também podem estar presentes. Além da dor óssea, com aumento progressivo e com duração de mais de um mês.
A criança também pode apresentar palidez, reflexo branco na pupila do olho quando exposta à luz (leucocoria) e estrabismo. A dor de cabeça persistente e que só aumenta também chama atenção.
Ela costuma ser noturna, que desperta a criança ou aparece ao levantar da cama de manhã. Geralmente está acompanhada de vômito ou de sinais neurológicos.
O diagnóstico começa com um exame físico detalhado por um dermatologista pediátrico. Em caso de suspeita, o médico pode realizar uma dermatoscopia, que usa um aparelho para visualizar a lesão em detalhes.
Se a suspeita persistir, uma biópsia (remoção de uma pequena parte da lesão para análise laboratorial) é necessária para confirmar ou descartar o diagnóstico. É fundamental que a criança seja avaliada por um profissional experiente em câncer de pele pediátrico.
O câncer de pele em crianças é tratável, ainda mais quando é diagnosticado precocemente. O tratamento varia conforme o tipo, estágio e localização da lesão. A cirurgia é o método mais comum e geralmente curativo para a maioria dos cânceres de pele.
Em casos mais avançados de melanoma em crianças, podem ser necessárias terapias adicionais, como quimioterapia, radioterapia ou terapias-alvo. O plano de tratamento é sempre individualizado e definido por uma equipe multidisciplinar de especialistas.
A prevenção é a melhor estratégia contra o câncer de pele infantil. A maior parte dos danos solares ocorre na infância e adolescência. Assim, é fundamental adotar hábitos de proteção desde os primeiros anos de vida.
O objetivo é proteger a pele delicada das crianças da radiação ultravioleta (UV), que é a principal causa evitável de câncer de pele.
Reaplique a cada duas horas, ou mais frequentemente se a criança estiver nadando ou suando. Para bebês com menos de seis meses, o uso de protetor solar deve ser discutido com o pediatra; a prioridade é a proteção física.
O acompanhamento dermatológico regular é vital para a saúde da pele da criança. Consultas periódicas permitem que um especialista examine as pintas e lesões, identifique qualquer mudança suspeita e ofereça orientações personalizadas de prevenção.
Para aquelas com fatores de risco elevados, a frequência das consultas pode ser maior. Lembre-se, a detecção precoce é um dos pilares para o sucesso do tratamento e a manutenção da qualidade de vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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