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Câncer de boca: quais os sintomas e quando procurar um médico especialista?

Uma alteração sutil na boca pode ser um sinal de alerta. Saiba identificar os principais sintomas e entenda a importância do diagnóstico precoce.

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Uma pequena ferida no canto do lábio ou uma afta que demora mais que o normal para passar podem ser facilmente ignoradas. No entanto, o câncer de boca, por ser frequentemente assintomático em seus estágios iniciais, costuma ser diagnosticado tardiamente, o que contribui para uma baixa taxa de sobrevida de cinco anos. 

Por isso, a vigilância é uma ferramenta poderosa para a sua saúde. Ignorar sinais persistentes na cavidade oral pode retardar o diagnóstico de condições sérias, como o câncer de boca.

Este tipo de câncer, também conhecido como câncer oral, é uma neoplasia maligna que pode afetar lábios, gengivas, bochechas, céu da boca (palato) e a língua. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que ele é mais comum em homens, com mais de 10 mil casos registrados em 2022. 

Conhecer os sintomas é o primeiro passo para um diagnóstico precoce, que aumenta significativamente as chances de um tratamento bem-sucedido.

A taxa de sucesso no tratamento do câncer de boca, especialmente do carcinoma de células escamosas, está diretamente ligada ao estágio em que o tumor é identificado. 

Se diagnosticado nos estágios iniciais (I e II), a chance de sobrevida em cinco anos pode superar 80%. Por outro lado, cerca de metade dos casos são descobertos tardiamente, já com sintomas como dor, sangramento ou presença de massas.

Oncologistas e dentistas bucal podem atendê-lo e dar o devido andamento com o tratamento adequado de acordo com o seu quadro clínico. A Rede Américas conta com vários especialistas renomados atendendo em vários hospitais brasileiros.

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Quais são os primeiros sinais de alerta do câncer de boca?

Os sintomas iniciais do câncer de boca podem ser sutis e facilmente confundidos com outras condições menos graves. Em seus estágios iniciais, a doença é frequentemente assintomática e pode até simular condições benignas. 

Por isso, a atenção à persistência desses sinais é crucial. A regra principal é: qualquer alteração na boca que não melhore em até duas semanas deve ser avaliada por um profissional de saúde.

Lesões e feridas que não cicatrizam

Este é o sintoma mais característico. Uma úlcera ou ferida na boca, nos lábios ou na garganta que não cicatriza espontaneamente em até 15 dias é um sinal de alerta importante. Essas lesões podem ser indolores no início e podem sangrar com facilidade.

Manchas brancas ou avermelhadas

O aparecimento de manchas ou placas brancas (leucoplasia) ou vermelhas (eritroplasia) nas gengivas, língua, céu da boca ou na parte interna das bochechas que não desaparecem com a raspagem merece investigação. 

Muitas dessas lesões, consideradas potencialmente pré-cancerígenas, são assintomáticas nos estágios iniciais. Por isso, exames dentários regulares são essenciais para a detecção precoce e para reduzir a mortalidade. Embora nem todas as manchas sejam malignas, elas devem ser monitoradas.

Nódulos, caroços e espessamentos

A percepção de um caroço (nódulo), inchaço ou uma área mais espessa e endurecida nos lábios, bochechas, gengivas ou outras partes da boca ou pescoço é um sinal que não deve ser ignorado. Frequentemente, esses nódulos são indolores na fase inicial.

Existem outros sintomas que merecem atenção?

Além dos sinais mais clássicos, a progressão do câncer de boca pode manifestar-se através de outras alterações funcionais e sensoriais. Estar atento a elas complementa o cuidado com a saúde oral.

Alterações na sensibilidade e função

  • A dificuldade e a dor para mastigar ou engolir (disfagia) são sintomas comuns.
  • Outros sinais incluem dificuldade para mover a mandíbula ou a língua.
  • Rouquidão ou alteração na voz que persiste por mais de duas semanas.
  • Sensação de dormência ou formigamento em qualquer parte da boca.
  • Dentes que ficam subitamente amolecidos ou com mobilidade sem causa aparente.
  • Inchaço na mandíbula que faz com que próteses dentárias (dentaduras) não se encaixem corretamente.

Sinais gerais e sistêmicos

Em estágios mais avançados, outros sintomas podem surgir, como mau hálito persistente (halitose), perda de peso súbita e sem motivo aparente, e dor que se irradia da boca para o ouvido.

O que pode ser confundido com câncer de boca?

É importante saber que diversas condições benignas apresentam sintomas semelhantes aos do câncer de boca. A principal diferença é a persistência. Problemas comuns geralmente se resolvem em uma ou duas semanas. Entre eles, estão:

  • Aftas: são pequenas úlceras dolorosas, geralmente esbranquiçadas ou amareladas com uma borda vermelha, que saram sozinhas.
  • Herpes labial: infecção viral que causa pequenas bolhas nos lábios e ao redor da boca, que cicatrizam após alguns dias.
  • Lesões por trauma: mordidas acidentais na bochecha ou língua, ou irritação causada por uma prótese mal ajustada, podem gerar feridas que cicatrizam rapidamente após a remoção da causa.

Mesmo que você suspeite de uma condição benigna, se a lesão não desaparecer no tempo esperado, a avaliação profissional é indispensável.

Quais são os principais fatores de risco?

Conhecer os fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer de boca ajuda na prevenção e no monitoramento. Os principais são:

  • Tabagismo: o uso de cigarros, charutos, cachimbos ou tabaco mascado é o principal fator de risco.
  • Consumo de álcool: o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, especialmente quando associado ao tabagismo, aumenta exponencialmente o risco.
  • Infecção por HPV: alguns subtipos do papilomavírus humano (HPV), transmitidos principalmente por sexo oral, estão associados a cânceres na orofaringe.
  • Exposição solar: a exposição excessiva ao sol sem proteção é um fator de risco para o câncer nos lábios.

Como fazer o autoexame da boca?

O autoexame é uma prática simples e rápida que pode ajudar na detecção precoce de qualquer anormalidade. Realize-o uma vez por mês, em um local bem iluminado e em frente a um espelho.

  1. Lábios: observe as partes interna e externa, procurando por mudanças de cor ou textura.
  2. Gengivas: afaste os lábios e bochechas para examinar completamente as gengivas superiores e inferiores.
  3. Bochechas: com o dedo indicador, puxe a bochecha para fora para visualizar a parte interna. Apalpe para sentir qualquer caroço.
  4. Céu da boca: incline a cabeça para trás e abra bem a boca para examinar o palato.
  5. Língua e assoalho da boca: coloque a língua para fora e observe a parte de cima. Depois, encoste a ponta da língua no céu da boca para ver a parte de baixo e o assoalho bucal. Mova a língua para os lados e apalpe toda a sua extensão.
  6. Pescoço: apalpe ambos os lados do pescoço em busca de caroços ou inchaços.

Quando devo procurar um médico ou dentista?

A recomendação é clara. Procure um dentista ou um médico estomatologista se você notar qualquer um dos seguintes sinais, especialmente se eles persistirem por mais de duas semanas:

  • Uma ferida, mancha ou inchaço que não desaparece.
  • Dor persistente na boca.
  • Um caroço ou espessamento na bochecha ou pescoço.
  • Dificuldade para mastigar, engolir ou mover a mandíbula.
  • Dormência na língua ou em outra área da boca.
  • Rouquidão que não melhora.

Lembre-se: o diagnóstico precoce é o fator mais importante para o sucesso do tratamento do câncer de boca. 

Para indivíduos de alto risco, como fumantes e pessoas que consomem álcool regularmente, o rastreamento visual e a palpação da boca e pescoço feitos por um profissional são cruciais para a detecção precoce. Não hesite em buscar ajuda profissional ao notar qualquer alteração. Cuidar da sua boca é cuidar da sua saúde geral.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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