25/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
O câncer de bexiga é fruto do crescimento de células malignas na parede do órgão.
O câncer de bexiga é fruto do crescimento de células malignas na parede do órgão. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se o surgimento de 7.590 casos em homens e de 3.050 em mulheres desse tipo de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2020-2022, o que corresponde a um risco estimado de 7,23 novos diagnósticos a cada 100 mil homens e 2,80 a cada 100 mil mulheres.
Entenda o que é a doença, quais são seus fatores de risco, sintomas e formas de tratamento. Quem explica o assunto é o Dr. Carlos Dzik, especialista em câncer urológico. Saiba mais!
O câncer de bexiga é um tumor maligno que nasce nas células de revestimento interno do órgão, o que chamamos de mucosa da bexiga.
Trata-se de um carcinoma que pode ser superficial se não atingir as camadas mais profundas desse tecido, ou profundo, se afetar as camadas mais profundas em direção à parte externa do órgão, que chamamos de camada muscular da bexiga.
Segundo o Dr. Carlos Dzik, “entre os principais fatores de risco estão a idade, a raça e certos hábitos de vida. Ou seja, homens brancos com idade mais avançada têm mais chances de desenvolver a doença. Em relação aos hábitos de vida, o tabagismo intenso pode aumentar muito a probabilidade de desenvolvimento da condição – de 50% a 70% dos casos estão associados ao hábito de fumar\".
Os sinais da presença de câncer de bexiga podem ser confundidos com outras doenças do sistema urinário. Embora, na maior parte das vezes, esses indícios não sejam indicativos de câncer, certos distúrbios nessa região devem ser investigados com rapidez. Os principais sintomas de câncer de bexiga são:
O diagnóstico precoce do câncer de bexiga, com sua detecção na fase inicial, aumenta as chances de sucesso do tratamento. A investigação pode ser realizada por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos em quem tem sintomas que possam sugerir a presença da doença ou como rastreamento para quem faz parte de grupos de risco.
O câncer de bexiga pode ter cura, sobretudo quando identificado em fase mais superficial e inicial.
Existem diversos tipos de câncer de bexiga. Veja quais são os principais:
Em caso de suspeita ou sintomas, procure atendimento médico para avaliação do quadro e auxílio no diagnóstico.
O fator mais preponderante para o desenvolvimento do câncer de bexiga é o consumo de tabaco. No passado, certas medicações anti-inflamatórias tinham a capacidade de causar câncer de bexiga.
Desde que esses fármacos foram retirados do mercado (como a fenacetina), esse agente do câncer de bexiga praticamente desapareceu.
Para evitar o desenvolvimento do câncer, faz-se necessário manter um hábito de vida saudável, evitando (ou suspendendo) o tabagismo, além de realizar exames com frequência.
A terceira idade é a faixa etária de maior incidência para o câncer de bexiga, tanto em homens quanto em mulheres, sobretudo acima da sexta década de vida. O diagnóstico é feito, como mencionado anteriormente, com base na suspeita gerada pelo aparecimento dos sintomas típicos da condição.
O Dr. Carlos Dzik explica: “A partir daí, em geral, realiza-se uma ultrassonografia na região da pelve e da bexiga. Quando há suspeita pelos achados observados no ultrassom, procede-se a uma biópsia do tumor, com a realização de uma cistoscopia e coleta de material para ser analisado no laboratório. Esse exame anatomopatológico define o diagnóstico de câncer\".
A prescrição terapêutica para o câncer de bexiga varia de acordo com o grau da doença. Pode haver indicação cirúrgica, que é de três tipos: ressecação transuretral (remoção por via uretral), cistectomia parcial (retirada de parte da bexiga) ou cistectomia radical (remoção completa da bexiga).
O Dr. Carlos Dzik diz ainda: “Além disso, a radioterapia também pode ser adotada em tumores, visando preservar a bexiga. Juntamente com a opção de cirurgia, realiza-se quimioterapia com ou sem o apoio da imunoterapia. Quando o tratamento de escolha é a radioterapia, costuma-se utilizar também quimioterapia em dose baixa, semanal, para maior eficácia no efeito da radioterapia”.
Nos tumores superficiais de bexiga, no caso das variantes mais graves, é indicada a utilização de medicamentos — como a terapia com BCG, por exemplo — dentro do órgão para evitar sua recorrência.
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