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Bronquite: quando levar ao hospital e como identificar os sintomas do quadro

Aprenda a diferenciar uma tosse comum dos sinais de gravidade que exigem atendimento médico de emergência em crianças e adultos.

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A tosse começa seca e irritante, mas em poucos dias ganha força, trazendo consigo um chiado no peito e um cansaço que parece não ter fim. 

Esse cenário é familiar para muitos pais e cuidadores durante um quadro de bronquite. Na maioria das vezes, a condição se resolve em casa com repouso e hidratação, mas como saber quando a situação se agrava e exige uma ida ao pronto-socorro?

O que é a bronquite e por que ela causa preocupação?

A bronquite é uma inflamação dos brônquios, os tubos que levam o ar para os pulmões. Quando inflamados, eles produzem mais muco e se estreitam, dificultando a passagem do ar. Isso causa os sintomas clássicos de tosse, chiado e, em alguns casos, falta de ar.

A principal preocupação é que a inflamação e o acúmulo de secreção possam comprometer a capacidade respiratória ou levar a infecções mais graves, como a pneumonia. As crises ou exacerbações de bronquite são eventos sérios, e a duração da internação hospitalar devido a esses agravamentos é um fator de preocupação médica. 

A bronquite crônica, por exemplo, pode evoluir para complicações graves, como enfisema obstrutivo, hipertensão pulmonar e doenças cardíacas pulmonares, que são condições que ameaçam a vida e exigem atendimento médico imediato.

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Diferença rápida: bronquite aguda, crônica e bronquiolite

É útil entender as distinções para contextualizar o quadro. A bronquite aguda é a mais comum, geralmente causada por um vírus após um resfriado ou gripe, e dura algumas semanas.

bronquite crônica é uma condição de longa duração, mais comum em fumantes e parte de uma doença chamada DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Um tipo específico, a bronquite crônica não obstrutiva em adultos, é estudada por afetar a saúde respiratória de longo prazo, tanto em fumantes quanto em pessoas que nunca fumaram. 

Já a bronquiolite é uma infecção viral que afeta os bronquíolos (as menores vias aéreas) e é muito comum em bebês e crianças menores de dois anos, podendo causar quadros respiratórios graves.

Bronquite: quando levar ao hospital e os sinais de alerta

Independentemente do tipo, certos sintomas indicam que o quadro respiratório está se agravando e precisa de avaliação médica urgente. Fique atento especialmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

Crianças e jovens com menos de 20 anos são o grupo mais vulnerável à hospitalização em casos de bronquite aguda

A exposição de curto prazo a poluentes atmosféricos, como o material particulado (PM2.5) e o dióxido de enxofre (SO2), pode ser um gatilho para a necessidade de atendimento imediato. Procure a emergência se observar um ou mais dos seguintes sinais:

  • Dificuldade para respirar: este é o sinal mais importante. Observe se a respiração está muito rápida, se há afundamento da pele entre as costelas ou na base do pescoço (tiragem), ou se a pessoa precisa fazer muita força para puxar o ar.
  • Chiado intenso e audível: um chiado leve pode ser comum, mas se ele se torna alto, contínuo e pode ser ouvido sem estetoscópio, é um sinal de alerta.
  • Cianose (cor azulada): a coloração azulada ou acinzentada nos lábios, na língua ou nas pontas dos dedos indica que o oxigênio no sangue está baixo. Esta é uma emergência médica.
  • Febre alta e persistente: temperatura acima de 38,5ºC que não baixa com antitérmicos ou que dura mais de três dias pode sinalizar uma infecção bacteriana secundária.
  • Prostração ou sonolência excessiva: se a criança ou o adulto está muito abatido, não reage a estímulos, está muito sonolento ou irritado, é um sinal de que o corpo está sob estresse intenso.
  • Recusa alimentar ou de líquidos: em bebês e crianças pequenas, a recusa em mamar ou beber líquidos pode levar rapidamente à desidratação.
  • Fala entrecortada: quando a falta de ar é tão intensa que a pessoa não consegue completar uma frase sem parar para respirar.

A bronquite pode se transformar em pneumonia?

Essa é uma das complicações possíveis. A inflamação e o excesso de muco nos brônquios criam um ambiente propício para a proliferação de bactérias, que podem infectar os alvéolos pulmonares, caracterizando a pneumonia.

O risco é maior quando o sistema imunológico está enfraquecido ou quando a bronquite aguda não é devidamente acompanhada. Fique atento a uma piora súbita do quadro após alguns dias de melhora, ao retorno da febre alta e à intensificação da dor no peito ou da falta de ar.

Como agir em casa antes de decidir ir ao hospital?

Enquanto os sinais de alerta não estão presentes, algumas medidas de suporte podem ajudar a aliviar o desconforto da bronquite aguda. O foco é manter o paciente confortável e ajudar o corpo a se recuperar.

  1. Hidratação: ofereça bastante líquido (água, chás, sucos naturais). A hidratação ajuda a fluidificar o muco, facilitando sua eliminação.
  2. Repouso: descansar é fundamental para que o sistema imunológico possa combater a infecção de forma eficaz.
  3. Umidificação do ar: o uso de umidificadores ou a inalação de vapor de água (como no banho morno) pode ajudar a aliviar a irritação das vias aéreas e a tosse seca.

É fundamental não administrar medicamentos, como xaropes para tosse, antibióticos ou broncodilatadores, sem prescrição médica. A maioria das bronquites é viral, e antibióticos não terão efeito, além de poderem causar efeitos colaterais.

Quando uma consulta médica agendada é suficiente?

Se não houver sinais de gravidade, mas os sintomas persistirem, uma consulta com um pediatra ou clínico geral é indicada. Marque uma consulta se:

  • A tosse durar mais de três semanas.
  • Os episódios de bronquite forem recorrentes.
  • Houver tosse com sangue.
  • O quadro estiver associado a perda de peso inexplicada ou cansaço constante.
  • Para crianças que apresentem múltiplos episódios de tosse "molhada" (com catarro) que durem um mês ou mais, é essencial buscar acompanhamento médico. Essa forma grave de bronquite na infância está ligada ao desenvolvimento de asma e pneumonia na vida adulta.

Na dúvida, a recomendação é sempre pecar pelo excesso de zelo. A avaliação de um profissional de saúde é a única forma de garantir um diagnóstico correto e o tratamento adequado, especialmente para os grupos de maior risco, como bebês, idosos e portadores de doenças crônicas.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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