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Aquele som de tosse que começa no meio da noite e um chiado sutil na respiração do seu filho podem gerar grande preocupação

A cena é familiar para muitos pais: seu filho, que até ontem estava bem, começa com uma tosse seca que aos poucos se torna mais carregada.
Logo surge um chiado no peito e a respiração parece mais difícil. Esses sinais podem indicar um quadro de bronquite, uma condição comum na infância, mas que exige atenção e cuidados adequados.
A bronquite é uma inflamação da mucosa que reveste os brônquios, que são os canais responsáveis por levar o ar até os pulmões. Quando esses tubos inflamam, produzem mais muco que o normal e se estreitam, dificultando a passagem do ar. O resultado é a tosse e a dificuldade respiratória características da doença.
Em crianças, a grande maioria dos casos é causada por infecções virais, as mesmas que causam resfriados e gripes, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o influenza. Por isso, é uma condição especialmente frequente durante o outono e o inverno.
Durante o outono, especificamente, a incidência de crises de bronquite em crianças pode ser mais elevada. Isso se deve a uma maior sensibilidade ao ácaro da poeira, que se concentra mais em ambientes internos nesse período.
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É importante saber que existem dois tipos principais de bronquite, com características bem distintas:
Existe também uma forma muito rara de bronquite em crianças, conhecida como bronquite plástica. Nela, formam-se obstruções sólidas (chamadas moldes de fibrina) dentro das vias aéreas.
Essa condição pode ser desencadeada por infecções, processos inflamatórios ou cirurgias complexas no coração e tórax, e pode levar a dificuldades respiratórias graves e até falência respiratória.
Os primeiros sinais da bronquite aguda podem ser facilmente confundidos com os de um resfriado comum. Contudo, a evolução do quadro traz sintomas mais específicos. Fique atento se a criança apresentar:
É interessante notar que a tosse noturna, um dos sintomas mais comuns, tende a ser mais frequente e intensa nas primeiras três horas e meia após a criança ir para a cama. Em contraste, o chiado no peito (sibilo) costuma atingir seu pico nas primeiras horas da manhã.
Como mencionado, as infecções virais são as principais vilãs. Vírus como o influenza (gripe), parainfluenza, adenovírus e, principalmente, o vírus sincicial respiratório (VSR), são responsáveis pela maioria dos quadros.
Esses agentes são facilmente transmitidos de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva ou secreções. Além dos vírus, outros fatores podem irritar os brônquios e desencadear a inflamação, como:
O diagnóstico da bronquite é clínico. O pediatra irá avaliar os sintomas da criança, seu histórico de saúde e realizar um exame físico, com foco na ausculta dos pulmões com um estetoscópio para identificar os ruídos característicos, como os sibilos.
Exames complementares, como radiografias de tórax ou exames de sangue, geralmente não são necessários, mas podem ser solicitados se houver suspeita de complicações, como uma pneumonia.
Os sintomas de diferentes doenças respiratórias podem ser muito parecidos, o que gera confusão. A avaliação médica é essencial para diferenciar os quadros, pois o tratamento varia para cada condição.
Como a maioria dos casos é viral, não há um remédio específico para curar a bronquite aguda. O tratamento foca em aliviar os sintomas e ajudar o corpo da criança a combater a infecção. Medidas simples podem fazer grande diferença no conforto do pequeno:
Nunca medique seu filho por conta própria. Medicamentos como xaropes para tosse, antibióticos (que não combatem vírus) ou broncodilatadores só devem ser usados sob prescrição médica.
A bronquite aguda costuma ser autolimitada, mas é preciso monitorar a criança de perto. Procure um pronto-socorro imediatamente se notar qualquer um dos seguintes sinais de alerta:
Reduzir o risco de bronquite envolve principalmente evitar as infecções virais que a causam. Algumas medidas preventivas são eficazes:
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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