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Entenda o papel deste hormônio no corpo da mulher, identifique os sinais de desequilíbrio e saiba quando a avaliação médica é essencial.

O dia a dia parece mais pesado. Aquele cansaço que não melhora com uma boa noite de sono se tornou constante, e a falta de interesse em atividades que antes traziam prazer, inclusive as íntimas, começa a preocupar. Se esse cenário soa familiar, a causa pode ir além do estresse e estar ligada a um desequilíbrio hormonal pouco discutido: a baixa testosterona feminina.
Um aspecto fundamental é o papel da testosterona na regulação elétrica cardíaca. Por exemplo, o intervalo QT cardíaco, que reflete o tempo de recuperação do coração, é naturalmente mais longo em mulheres do que em homens, uma diferença que só aparece após a puberdade.
Isso sugere um papel importante da testosterona na saúde cardiovascular feminina. Que deve ser acompanhada de perto por um médico especialista.
Embora seja frequentemente associada ao universo masculino, a testosterona também desempenha funções vitais no organismo feminino. Ela é produzida em equilíbrio por três fontes principais: os ovários, as glândulas adrenais e a conversão de hormônios precursores que ocorre em outros tecidos do corpo, como fígado, rins e músculos.
Este hormônio atua na regulação do humor, da energia e da função sexual. Quando seus níveis caem, o corpo pode emitir diversos sinais. É importante observar que os sintomas são variados e podem ser confundidos com outras condições de saúde.
Baixa testosterona feminina pode contribuir para manifestações inespecíficas, como aumento da fadiga, irritabilidade e distúrbios do sono, além de causar a redução do desejo sexual. Os mais comuns relatados em consultórios e pesquisas incluem:
A produção de testosterona em mulheres diminui naturalmente com o tempo. No entanto, algumas condições e fatores de estilo de vida podem acelerar ou intensificar essa queda. Compreender as causas é o primeiro passo para um diagnóstico correto.
O principal fator é o envelhecimento. A produção hormonal atinge seu pico por volta dos 20 anos e começa a declinar gradualmente. Além disso, outros processos naturais influenciam:
Certas doenças e tratamentos médicos também podem afetar os níveis hormonais. É fundamental que o médico investigue o histórico de saúde completo da paciente.
O diagnóstico nunca deve ser baseado apenas nos sintomas. A confirmação de níveis baixos de testosterona exige uma abordagem clínica cuidadosa, que combina a avaliação dos sinais com exames laboratoriais específicos.
O médico, geralmente um endocrinologista ou ginecologista, solicitará um exame de sangue para medir os níveis de testosterona total e livre. A interpretação dos resultados é complexa, pois os valores considerados "normais" podem variar conforme a idade e o histórico clínico da mulher.
Além disso, é necessário descartar outras condições que causam sintomas semelhantes, como:
Esta é uma das questões mais debatidas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a única indicação cientificamente comprovada para a reposição de testosterona em mulheres é o tratamento do Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH) na pós-menopausa, após outras causas terem sido excluídas.
O uso indiscriminado de testosterona para outros fins, como ganho de massa muscular ou melhora da fadiga, não possui respaldo científico e pode trazer riscos à saúde. Efeitos colaterais como acne, aumento de pelos, engrossamento da voz e alterações no colesterol podem ocorrer.
Por isso, qualquer forma de tratamento deve ser rigorosamente prescrita e acompanhada por um especialista. A automedicação é extremamente perigosa.
Embora não substituam a orientação médica, algumas mudanças no estilo de vida podem contribuir para o equilíbrio hormonal geral e o bem-estar. Adotar hábitos saudáveis é sempre benéfico para a saúde.
Medidas que podem ajudar incluem:
Sentir-se cansada ou com a libido em baixa não é algo que você precise aceitar como normal. O mais importante é não ignorar os sinais do seu corpo. Investigar a causa com um profissional qualificado é o caminho mais seguro para recuperar sua qualidade de vida e bem-estar.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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