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Quadro pode ter causas multifatoriais e deve ser acompanhado durante o período gestacional
A gravidez é um período cheio de transformações no corpo feminino. Algumas dessas mudanças são visíveis: a barriga crescendo, os seios mais sensíveis e a pele que parece ganhar um novo brilho.
Outras acontecem de forma silenciosa, como é o caso da imunidade. Muitas mulheres percebem que ficam mais vulneráveis a gripes, resfriados ou infecções mais leves durante a gestação e isso não é coincidência. Mas por que isso acontece? O que significa ter baixa imunidade na gravidez?
Para entender melhor o que acontece nesse período tão importante, é importante lembrar que o corpo da mulher precisa encontrar um equilíbrio delicado: ele precisa proteger a mãe de vírus e bactérias sem rejeitar o bebê, que tem uma carga genética diferente. Esse ajuste natural pode dar a sensação de que o sistema imunológico está “mais fraco” ou até dar a entender que a gravidez não vai bem.
As mulheres grávidas são consideradas como uma população especial devido à suscetibilidade a algumas doenças infecciosas devido à própria condição imunológica desse período. Mas essa situação não é um atestado de fraqueza imunológica feminina.
De acordo com o estudo publicado na PubMed (2011), uma das características do nosso sistema imunológico é nos proteger de patógenos, ou seja, de qualquer tipo de organismo, sejam eles vírus ou qualquer agente (bactérias, fungos, parasitas e até priões) que possam vir a causar alguma doença.
Durante a gravidez, a mulher tem o organismo modulado. Algumas defesas ficam reduzidas, enquanto outras são reforçadas. O objetivo é impedir que o corpo feminino identifique o feto como um “invasor” e ao mesmo tempo mantenha a proteção contra doenças.
É por essa complexa dinâmica que as mulheres grávidas podem sentir uma maior predisposição a infecções comuns, como resfriados e viroses, mas também continuam com suas defesas ativas contra ameaças mais sérias. É uma adaptação natural da própria biologia feminina.
Nem sempre é fácil diferenciar os sintomas normais da gestação daqueles que indicam baixa imunidade na gravidez. Mas alguns sinais merecem a atenção da mulher nesse período.
Vale lembrar que sentir algum desses sintomas não significa automaticamente um problema grave de saúde. Mas se eles forem persistentes, é importante conversar com o seu obstetra para que o quadro seja investigado.
Durante a gravidez, as infecções que normalmente seriam simples podem evoluir de forma mais intensa. Por exemplo: um resfriado mal cuidado pode aumentar o risco de bronquiolite ou pneumonia.
Outros estudos (2018) mostram que a baixa imunidade está associada a complicações gestacionais, como maior risco de parto prematuro ou baixo peso do bebê ao nascer. Algumas doenças infecciosas, como a gripe, podem trazer riscos adicionais tanto para a mãe quanto para o bebê.
Esses dados não devem gerar pânico, mas servir de alerta para a importância do acompanhamento médico e do autocuidado.
A nutrição é um dos pilares mais importantes para manter a imunidade equilibrada. Pesquisas da Universidade de Harvard reforçam que vitaminas e minerais, como a “vitamina B6, vitamina C, vitamina E, magnésio e zinco — desempenham papéis na manutenção da função imunológica”.
Alimentos para estimular o sistema imunológico:
Incluir frutas cítricas, vegetais verdes escuros, ovos, peixes ricos em ômega 3 e leguminosas na dieta é uma maneira prática de fortalecer o organismo. Em alguns casos, o médico pode indicar a suplementação, mas ela deve ser sempre feita sob prescrição, já que o excesso de nutrientes pode ser prejudicial.
Dormir mal ou viver em estado constante de estresse pode enfraquecer ainda mais as defesas naturais do organismo. Um estudo publicado na revista PubMed Central (2024) aponta que noites mal dormidas reduzem a produção de células de defesa, tornando o corpo mais vulnerável a infecções.
O estresse crônico termina desregulando ou inibindo as funções imunológicas, aumentando os níveis de cortisol. Os pesquisadores sugerem que o manejo do estresse com a implementação de técnicas de gerenciamento pode impactar significativamente o bem-estar dos indivíduos.
Por isso que investir em uma rotina de sono adequada e buscar práticas de relaxamento, como ioga ou meditação, podem ser tão importantes quanto a alimentação em si.
Outro ponto importante para gestantes é a vacinação. O Ministério da Saúde recomenda vacinas específicas durante a gravidez para proteger tanto a mãe quanto o bebê.
São indicadas as vacinas para as gestantes:
Quando a imunidade está mais baixa, as vacinas atuam como uma camada extra de proteção, reduzindo as chances de complicações graves.
Mulheres que estão planejando a gravidez também devem prestar atenção ao sistema imunológico. A imunidade desequilibrada pode dificultar a concepção ou aumentar o risco de complicações no início da gestação.
A recomendação é fazer um check-up antes de engravidar, atualizar as vacinas e ajustar a alimentação. Esses passos fazem diferença no processo.
Se você sentir infecções recorrentes, febre persistente ou sintomas que não melhoram, procure seu obstetra. Em alguns casos, pode ser necessário investigar com exames de sangue para avaliar a função imunológica e descartar outras condições que possam estar interferindo.
O acompanhamento regular é importante e recomendado, já que o médico pode indicar desde ajustes no estilo de vida até tratamentos específicos para fortalecer o organismo.
Ter baixa imunidade na gravidez não significa estar desprotegida. Significa que o corpo está passando por uma adaptação natural para garantir que o bebê se desenvolva com segurança. O que você pode fazer é cuidar dos fatores que estão ao seu alcance: manter uma boa alimentação, dormir bem, reduzir o estresse, tomar bastante água e seguir as orientações médicas.
Pensar nesses cuidados não é apenas uma forma de proteger sua saúde, mas também de criar o melhor ambiente possível para o desenvolvimento do bebê. Cada escolha que você faz agora influencia no bem-estar do pequeno que está a caminho.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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