15/08/2025
Revisado em: 15/08/2025
Estudo diz que de 26% dos brasileiros têm diagnóstico de ansiedade
Você sente dores no corpo mesmo quando não fez nenhum esforço físico? Aquela pressão na cabeça, os músculos tensionados ou o estômago travado podem ter uma explicação que vai além do físico. Muita gente não sabe, mas isso é ansiedade que causa dor no corpo.
Esse sintoma é mais comum do que se imagina. Em um cenário de rotina acelerada e constante sobrecarga emocional, não é raro que o estresse comece a se manifestar de forma silenciosa, por meio de incômodos físicos recorrentes.
A ansiedade é um transtorno comum que afeta milhares de pessoas. Em pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada pela CNN, o Brasil é líder no mundo com mais pessoas ansiosas. Por isso, é importante que o paciente tenha autoconsciência e busque ajuda para uma vivência melhor.
A ansiedade é uma resposta natural do organismo a situações de perigo ou estresse. Quando esse estado se prolonga, o corpo entra em alerta constante e pode levar ao desgaste físico.
Durante uma crise, o cérebro ativa o sistema nervoso simpático, liberando substâncias como adrenalina e cortisol. Esses hormônios aceleram os batimentos cardíacos, tensionam os músculos e reduzem temporariamente funções consideradas “menos urgentes”.
Esse processo é útil em situações de curto prazo, como em momentos de risco. No entanto, quando se torna crônico, passa a provocar uma série de sintomas da ansiedade, que incluem dores reais.
Entre os sintomas físicos mais comuns relacionados à dor de ansiedade, destacam-se:
A contração involuntária de músculos, principalmente nos ombros, pescoço e costas, é um dos efeitos diretos da resposta ao estresse. Quando constante, essa tensão pode levar a quadros de dor crônica.
É uma das dores de cabeça mais comuns em quem sofre de ansiedade. Costuma ser descrita como uma pressão constante ao redor da cabeça.
Azia, má digestão, diarreia e dor abdominal podem surgir com frequência, uma vez que o sistema digestivo é altamente sensível ao estresse.
A hiperventilação durante crises de ansiedade pode reduzir o fluxo de oxigênio para as extremidades do corpo, gerando sensação de dormência ou formigamento, principalmente nas mãos e nos pés.
Embora frequentemente confundidos com sinais de problemas cardíacos, esses sintomas podem estar relacionados a episódios mais pesados de ansiedade.
Em alguns casos, a intensidade das dores físicas leva o paciente a procurar diversos especialistas.
Quando nenhuma causa orgânica é identificada, o encaminhamento para avaliação psicológica ou psiquiátrica se torna necessária.
Além dos efeitos físicos, a ansiedade se manifesta por meio de alterações emocionais. Entre os sintomas mais relatados estão:
Esses sintomas, muitas vezes ignorados no início, tendem a se intensificar quando não há intervenção adequada.
A associação entre sintomas físicos e emocionais reforça o caráter multifatorial dos transtornos de ansiedade.
O primeiro passo para reduzir as dores provocadas pela ansiedade é buscar um diagnóstico preciso. É nessa hora que profissionais da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, entram em ação.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, tem se mostrado uma das abordagens mais eficazes no tratamento dos transtornos ansiosos. Esse tipo de abordagem ajuda a pessoa a identificar pensamentos negativos automáticos, questioná-los de forma lógica e substituí-los por interpretações mais saudáveis.
Em casos moderados a graves, o uso de medicamentos pode ser indicado. Os mais utilizados incluem antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e ansiolíticos em situações específicas, sempre com prescrição e acompanhamento médico.
Além do tratamento psicológico e medicamentos, mudanças no estilo de vida são fundamentais, como:
Essas práticas contribuem para a redução da tensão muscular e das dores relacionadas à ansiedade. Técnicas de respiração, meditação e mindfulness também são indicadas para aumentar o controle sobre os sintomas físicos.
É importante destacar que ignorar os sinais físicos da ansiedade pode agravar o quadro clínico. Quando as dores se tornam recorrentes, é comum que o paciente desenvolva um ciclo de preocupação constante, o que, por sua vez, intensifica os sintomas.
Por isso, compreender que a ansiedade causa dor no corpo é um passo importante para quebrar esse ciclo e buscar alternativas eficazes de tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Biblioteca Virtual em Saúde/Ministério da Saúde. Transtorno do pânico. Recuperado em 1 de agosto de 2025, de https://bvsms.saude.gov.br/transtorno-do-panico
Ministério da Saúde. Linhas de Cuidado – Transtorno de Ansiedade no Adulto: Rastreamento e diagnóstico na atenção primária. Recuperado em 1 de agosto de 2025, de https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/ansiedade/unidade-de-atencao-primaria/rastreamento-diagnostico/
World Health Organization (OMS). Anxiety disorders – fact sheet. Recuperado em 1 de agosto de 2025, de https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/anxiety-disorders
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