Revisado em: 07/10/2025
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O hCG confirma a gravidez e é essencial nas primeiras semanas
Durante a gestação, o corpo da mulher passa por uma série de transformações hormonais que garantem o desenvolvimento saudável do bebê. Entre essas mudanças, uma das mais importantes é a produção do hormônio hCG (Gonadotrofina Coriônica Humana), o famoso “hormônio da gravidez”.
É ele quem confirma a gestação nos exames de sangue e urina e também desempenha um papel essencial, sobretudo, nas primeiras semanas. O hCG na gravidez começa a ser produzido logo após a implantação do embrião no útero, e seus níveis aumentam rapidamente. Depois tendem a diminuir de forma natural.
Por ser tão específico desse período, o hCG é considerado um dos marcadores mais confiáveis para confirmar uma gestação e acompanhar sua evolução.
O hCG é um hormônio indicativo de gravidez. Ele é um marcador responsável por dar origem a placenta, estrutura que surge somente no período gestacional. Sendo formado por duas subunidades, a cadeia α e a tão falada cadeia β.
A produção desse hormônio se inicia a partir do momento em que o embrião é implantado no útero e atinge o seu nível máximo perto das dez semanas de gestação. Sendo assim, no sangue, ele é observado cerca de sete dias após a concepção.
Depois do pico, o quantitativo tende a cair exponencialmente ao longo da gestação até desaparecer completamente depois de um mês do nascimento do bebê.
Ele é de extrema importância para a manutenção da gravidez, já que mantém o corpo lúteo (por cerca de 10 semanas), favorecendo a implantação do embrião no útero e promove o estímulo à produção da progesterona nos ovários.
O exame laboratorial de sangue para detectar o hCG em mulheres com suspeita de gravidez é o BhCG (beta hCG). Ele pode ser dividido em dois grupos: qualitativo e quantitativo.
No BhCG quantitativo vai mostrar exatamente a concentração do hormônio no sangue, sendo utilizado também para checar a evolução da gravidez. Já o BhCG qualitativo indica apenas se o resultado é positivo ou negativo, ou seja, ele apenas mostra se a mulher está grávida ou não.
Para realizá-los não existe nenhum tipo de contraindicação ou preparo específico, não sendo necessário fazer jejum. Ele é considerado seguro tanto para a mãe quanto para o feto.
O resultado vem com os quantitativos em mlU/ml. Veja a seguir o que eles podem significar:
Sendo assim, para que a mulher se considere grávida os níveis BhCG precisam estar acima de 25 mIU/ml. O seu valor pode identificar o tempo de gestação, mas o exame que realmente confirma a idade gestacional é o ultrassom.
O hCG pode ser detectado tanto no sangue, quanto na urina. Essa última forma é utilizada nos testes de farmácia, que conseguem identificar o hormônio a partir de 6 dias depois da concepção, quando o óvulo fecundado pelo espermatozóide já estiver implantado no útero.
O ideal é fazer o teste no período da manhã, quando a concentração hormonal é maior. Nesses casos, mesmo a mulher estando grávida, o teste pode ser negativo, pois a idade gestacional pode ser muito baixa, e consequentemente, os níveis de hCG também, que atinge o pico perto das dez semanas de gestação, como já dito anteriormente.
Então, se os sintomas da gravidez persistirem, o ideal é fazer um teste de sangue para fazer a dosagem hormonal. Isso porque, no início da gestação os níveis de BhCG duplicam a cada 48 horas.
Baixos níveis de BhCG no sangue no primeiro trimestre pode ser indicativo de aborto, principalmente entre 22 e 24 semanas. Pode levar também ao crescimento intra-uterino restrito e ao parto prematuro.
Na gestação ectópica, quando o embrião é implantado nas tubas uterinas ao invés de ser no útero, os valores do BhCG costumam ser mais baixos quando comparados ao quantitativo observado numa gestação normal.
Valores muito altos deste hormônio podem indicar que a doença trofoblástica gestacional está em curso, quando há uma exacerbação das manifestações comuns da gestação.
O Gonadotrofina Coriônica humana é indicativa de gestação, mas não só isso, o hormônio também pode ser encontrado em homens com tumores testiculares e pode ser indicativo de tumores de ovário.
Outros tipos de cânceres como o de bexiga, rim, próstata, fígado, mama e colorretal também podem produzir o hCG.
O hCG na gravidez é muito mais do que um simples marcador positivo nos exames. Ele é um hormônio fundamental para o início e a manutenção da gestação, garantindo que o corpo da mulher produza os hormônios necessários para o desenvolvimento do embrião e da placenta.
Embora seus níveis variem naturalmente ao longo das semanas, tanto valores muito baixos quanto muito altos devem ser avaliados por um médico, já que podem indicar situações que exigem acompanhamento mais atento, como gestação ectópica ou alterações placentárias.
A interpretação dos resultados deve sempre ser feita por um profissional de saúde, levando em conta sintomas, tempo de gestação e histórico clínico da paciente.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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