07/05/2025
Revisado em: 07/05/2025
Condição comprime nervos, causando dor irradiada para pernas, formigamento e, em casos graves, fraqueza muscular
Difícil encontrar quem nunca tenha sentido dor nas costas. Mas quando essa dor se torna persistente, intensa, ou começa a descer pela perna, pode ser sinal de algo mais específico, como uma hérnia de disco lombar.
Continue lendo para saber mais sobre o quadro, desde os cuidados para evitar crises até dicas práticas para melhorar a qualidade de vida.
A hérnia de disco lombar ocorre quando um dos discos intervertebrais – que são estruturas gelatinosas localizadas entre as vértebras da coluna – sofre uma ruptura ou deslocamento, podendo comprimir nervos próximos e causar dores intensas.
Para entender melhor o quadro, pense na coluna vertebral como uma pilha de blocos (as vértebras). Entre cada um desses blocos, existe uma espécie de "almofada" ou "amortecedor", que é o disco intervertebral. Ele é feito de um anel externo mais fibroso e resistente (chamado ânulo fibroso) e um centro gelatinoso e macio (o núcleo pulposo). E a função desses discos é absorver o impacto dos nossos movimentos, permitir a flexibilidade da coluna e manter o espaço entre as vértebras para que os nervos possam sair da medula espinhal.
A hérnia de disco acontece quando esse anel externo (o ânulo fibroso) se rompe ou enfraquece, e parte do conteúdo gelatinoso do centro (o núcleo pulposo) "escapa" ou se projeta para fora do seu lugar habitual. Quando isso ocorre na parte inferior das costas, entre as vértebras lombares (geralmente L4-L5 ou L5-S1), chamamos de hérnia de disco lombar.
O problema maior é que essa parte do disco que saiu do lugar pode pressionar ou irritar as raízes nervosas que passam ali pertinho, na coluna lombar. E são justamente esses nervos que controlam as sensações e os movimentos das pernas e pés.
A dor na região lombar é o sintoma mais comum e pode variar do desconforto leve a uma dor aguda, especialmente ao realizar movimentos bruscos. Mas, muitas vezes, a dor não fica apenas nas costas; ela pode se espalhar para as nádegas, coxas e até para as pernas, em um fenômeno conhecido como ciática.
Sensações de formigamento, fraqueza ou perda de sensibilidade nas pernas são indicativos de que os nervos estão sendo comprimidos. E, em casos mais severos, a mobilidade pode ficar comprometida, dificultando atividades simples do dia a dia.
Embora sejam mais raros, há sintomas que indicam uma compressão nervosa mais grave, conhecida como Síndrome da Cauda Equina, que é uma emergência médica. Se você apresentar qualquer um dos sinais de alerta abaixo, procure um pronto-socorro imediatamente.
A principal causa da hérnia de disco lombar é o processo natural de envelhecimento e desgaste dos discos intervertebrais, chamado de degeneração discal. Com o passar dos anos, os discos perdem água, ficam menos flexíveis e mais suscetíveis a fissuras ou rupturas no anel fibroso.
No entanto, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento ou acelerar esse processo:
O diagnóstico da hérnia de disco lombar começa com uma avaliação clínica detalhada. O médico irá perguntar sobre os sintomas, histórico de traumas e hábitos diários. Durante o exame físico, ele pode realizar testes de mobilidade e sensibilidade para verificar se há compressão dos nervos.
Além disso, exames de imagem são essenciais. A ressonância magnética é o exame mais utilizado, pois permite visualizar com clareza a estrutura dos discos e identificar o deslocamento.
Opções de tratamento: do conservador à cirurgia
Inicialmente, o médico pode recomendar um tratamento conservador, que inclui repouso, evitar atividades que sobrecarreguem a coluna, analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor e reduzir a inflamação e também fisioterapia para fortalecer os músculos da região lombar e melhorar a postura, aliviando a pressão sobre os discos.
Quando os sintomas persistem e não há melhora com o tratamento conservador, pode ser necessário recorrer a intervenções mais avançadas, como injeções de medicamentos ou até mesmo a cirurgia. As técnicas cirúrgicas evoluíram bastante, e procedimentos minimamente invasivos podem retirar a parte do disco que está pressionando os nervos.
A fisioterapia é fundamental na recuperação e na prevenção de novas crises de hérnia de disco lombar. O fisioterapeuta vai orientar exercícios que fortalecem os músculos da região lombar, melhoram a flexibilidade e corrigem a postura. A ideia é criar um “escudo” natural que suporte a coluna, reduzindo a pressão sobre os discos.
Podem fazer parte do tratamento técnicas de alongamento, exercícios de fortalecimento, hidroterapia e, em alguns casos, terapias manuais. A continuidade e a regularidade dos exercícios são fundamentais para manter a saúde da coluna e prevenir recorrências.
A prática de exercícios é importante para quem tem hérnia de disco lombar, mas precisa ser feita com cuidado e orientação profissional (médico ou fisioterapeuta). Costumam ser indicados, após a liberação profissional:
Exercícios que geralmente são contraindicados ou que exigem cuidado e acompanhamento de um profissional:
Lembrando que é sempre importante consultar um profissional de saúde ou fisioterapeuta antes de iniciar qualquer programa de exercícios, para garantir que as atividades escolhidas sejam seguras e adequadas ao seu caso.
Prevenir crises de hérnia de disco lombar passa por adotar hábitos saudáveis e cuidar da postura no dia a dia. Aqui vão algumas dicas práticas:
Pratique exercícios regularmente, especialmente exercícios para fortalecer a lombar, que ajudam a prevenir o desgaste dos discos.
Mantenha um peso saudável: o excesso de peso aumenta a pressão sobre a coluna, contribuindo para o aparecimento da hérnia.
Mantenha a postura ao sentar (use apoio lombar se necessário, evite ficar curvado), ao ficar em pé (distribua o peso igualmente, contraia levemente o abdômen) e ao dormir (prefira dormir de lado com um travesseiro entre os joelhos ou de barriga para cima com um travesseiro sob os joelhos).
Levante peso corretamente: sempre dobre os joelhos, mantenha as costas retas e traga o objeto para perto do corpo antes de levantar. Evite girar o tronco enquanto carrega peso. Peça ajuda se o objeto for muito pesado.
Faça pausas durante atividades prolongadas: se você passa muito tempo sentado, faça pausas para alongar e movimentar o corpo.
Ela pode causar dores intensas na região lombar, irradiação de dor para as pernas (ciática), formigamento e fraqueza nos membros inferiores.
Procure um médico especialista para avaliar seu caso. O tratamento pode variar entre medicamentos, fisioterapia e, em casos mais graves, cirurgia.
Os sintomas mais comuns incluem dor nas costas, que pode se estender para as pernas, e sensações de formigamento ou dormência.
Embora a recuperação completa dependa de vários fatores, tratamentos adequados e mudanças de hábitos podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. A consulta com um médico é fundamental.
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